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Desafio - Módulo II

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Desde o inicio a necessidade do outro se mistura com o reconhecimento de si mesmo , neste caso o imaginario se tornou ainda mais evidente uma vez que o gêmeo se reconhece no irmão e necessita de sua participação nas suas descobertas .

Os irmãos gêmeos sempre estão juntos e no momento de separação, mesmo que seja momentâneo, o outro projetou a imagem do irmão no espelho, de acordo com o Lacan, onde o eu é compreendido como instância do imaginário, durante o estádio do espelho. A mãe neste caso não deveria se referir ao irmão que não estava, como se realmente fosse ele no espelho.

Na perspectiva psicanalítica, a experiência dos irmãos gêmeos pode ser vista através da lente da constituição do eu, especialmente no que diz respeito ao estádio do espelho. Embora os gêmeos compartilhem um laço muito próximo e, muitas vezes, uma percepção de identidade mútua, a formação do eu ainda é um processo singular para cada um deles.

 

Apesar de serem geneticamente idênticos e frequentemente confundidos, os gêmeos desenvolvem identidades distintas à medida que interagem com seus cuidadores, entre si e com o ambiente. Cada um deles pode internalizar diferentes aspectos do outro, mas também experimenta momentos de separação e diferenciação que são essenciais para a constituição de um eu único. Assim, mesmo no caso de irmãos gêmeos, a formação da identidade é um processo complexo e dinâmico, que envolve tanto a identificação quanto a diferenciação, refletindo a natureza multifacetada da constituição do eu na teoria psicanalítica.

No contexto psicanalítico, a situação dos irmãos gêmeos univitelinos pode ser interpretada de várias maneiras, especialmente em relação à dinâmica de identidade, separação e o vínculo emocional entre eles.

1. **Identidade e Dualidade**: Os gêmeos muitas vezes representam uma extensão um do outro. A solidão do irmão que ficou em casa pode simbolizar a perda da conexão que normalmente tem com o outro. O espelho, nesse sentido, pode ser visto como uma representação do eu e do outro, refletindo a busca por uma identidade separada, mas ao mesmo tempo interdependente.

2. **Aangústia de Separação**: O irmão que ficou em casa pode estar vivenciando uma angústia profunda pela separação. A sensação de depressão pode ser um reflexo de um medo de abandono ou de não ser “suficiente” sem a presença do outro.

3. **Desejo de Conexão**: O apelo ao reflexo no espelho sugere um desejo intenso de conexão e brincadeira, como uma maneira de lidar com a solidão. Ele deseja que a imagem se torne real, simbolizando a necessidade de um parceiro de brincadeira e de afeto.

4. **Projeção**: O irmão que ficou em casa pode estar projetando suas frustrações e desejos na figura do irmão que está na creche, expressando uma necessidade de validação e compreensão. A reclamação para a mãe também pode ser uma busca por atenção e apoio emocional.

5. **Função da Mãe**: A mãe, nesse contexto, representa uma figura de suporte que pode ajudar a mediar essa angústia. O desejo do filho de que o irmão brinque com ele reflete uma busca por restaurar o equilíbrio da relação entre os dois, sugerindo que o ambiente familiar precisa ser sensível às necessidades emocionais de ambos.

Esses elementos mostram a complexidade da relação entre os gêmeos e como a psique lida com questões de identidade, ligação emocional e o impacto da separação nas interações sociais.

Os dois irmãos tem um elo de ligação muito forte, dês do ventre materno, mais cada um demostra individualidade, para melhorar o relacionamento entre os dois e necessário que os pais intervenham criando um interação entre eles, sendo duas pessoas com a mesma aparência, mais perfis diferentes cada um intende e interage de forma diferente.

A situação dos gêmeos ilustra a complexidade da formação da identidade e do eu, especialmente no que toca o contexto do estádio do espelho de Lacan.

O irmão doente, ao se ver no espelho, não consegue distinguir a sua imagem da do irmão, refletindo uma confusão entre o eu e o outro, o que gera angústia e um desejo de conexão intersubjetiva e também material com este outro, que é neste caso, o irmão saudável.

Tenho, portanto, a intervenção da mãe como parte crucial deste processo de formação, pois ela é a figura que pode ajudar a legitimar a individualidade do sujeito, permitindo que o filho doente reconheça sua própria identidade como separada da do irmão, fazendo com que essa confusão imaginativa cesse e esse sujeito (filho doente) não assuma mais os papéis figurativos deste outro com o qual se relaciona.

O estádio do espelho está  explicitado nessa história, pois a sua mente ainda em formação não consegue distinguir entre o real e o imaginário

O garoto ao se olhar no espelho e perceber seu reflexo, o liga instantaneamente ao seu irmão gêmeo, e pensa que ali, do outro lado é o irmão e não ele mesmo.

Está nítido a falta de reconhecimento de si mesmo.

 

O irmão gêmeo ao olhar para o espelho não reconhece sua imagem, na ótica de sua visão viu refletido a imagem do irmão, isso mostra que o mesmo ainda não tem conscientização do seu eu,não sabe diferenciar um do outro,está ainda perdido em sua identidade,se sentiu ignorado,precisa da orientação da mãe para encontrar sua identidade,reconhecer o seu eu no espelho.

Ele achou interessante o que o irmão estava fazendo, porém, ficou observando.

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