Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo II

PreviousPage 321 of 382Next

O que eu aprendo com essa história dos dois irmãos gêmeos, é o quanto precisamos conhecer a nós mesmo.

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo"

Essa história nos ensina que devemos ensinar nossos filhos, desda sua infância quem é ele no mundo externo.

Esse menino olha para o espelho mais não consegue identificar que está se olhando para o espelho, que está projetando a sua própria imagem, da qual na sua consciência ele entende que no espelho seria seu irmão, que não queria brincar com ele.  Isso nos mostra o quanto precisamos conhecer a nossa imagem pessoal, que nessa história não é o caso desses gêmeos.  Nossa imagem pessoal diz muito sobre quem somos...

 

A criança nasce desprovida de juízo moral, portanto vem adquirir através do relacionamento entre o que passa a ser determinado por outro no ambiente em que vive e a descoberta a respeito de si mesma como pessoa.

Na psicanálise, a questão da autoimagem está profundamente ligada ao conceito de “Estádio do Espelho”, desenvolvido por Jacques Lacan. Esse conceito propõe que, por volta dos seis meses de idade, a criança começa a reconhecer sua própria imagem no espelho, um momento fundamental na formação do “eu” (ou ego). No entanto, esse “eu” é sempre alienado, ou seja, ele se constrói através de uma imagem externa que nunca corresponde exatamente ao que o sujeito sente ser internamente. Esse processo cria uma tensão entre o sujeito e sua imagem idealizada, que permanece ao longo da vida.
No caso dos gêmeos idênticos, essa dinâmica se torna ainda mais complexa. Como ambos compartilham características físicas extremamente similares, pode haver uma confusão na identificação da própria imagem, especialmente em um momento de vulnerabilidade ou distração. Se um dos irmãos se olha no espelho e, em vez de se reconhecer, pensa que está vendo o outro irmão, isso poderia ser explicado por uma perturbação momentânea no processo de identificação.
Alguns fatores psicanalíticos que poderiam contribuir para essa confusão incluem:
1.Alienação do eu: O sujeito nunca se vê totalmente como “um”, mas sempre como dividido. Nos gêmeos, essa divisão pode ser potencializada pela existência física de outro que é quase idêntico a si próprio, dificultando a distinção interna.
2.Identificação projetiva: O gêmeo que olha no espelho pode estar projetando a identidade do irmão sobre si mesmo. Na psicanálise, a identificação com o outro é um mecanismo de defesa que permite ao sujeito lidar com conflitos internos, principalmente quando há um vínculo simbiótico entre os irmãos.
3.Diferença subjetiva: Apesar da semelhança física, os dois gêmeos podem ter subjetividades diferentes. A confusão pode surgir da tentativa de conciliar a imagem especular (a forma física) com uma subjetividade que não se encaixa totalmente com a do “eu”, resultando em uma sensação de estranhamento.
Em suma, a confusão ao se olhar no espelho e acreditar ser o irmão gêmeo pode ser vista como uma manifestação do processo psicanalítico de formação do “eu”, acentuado pela peculiaridade de compartilhar uma aparência idêntica com outro. Isso revela a fragilidade e complexidade da construção da identidade, especialmente em contextos de intensa semelhança física.

Os irmãos não se reconhecem como indivíduos únicos

Como a criança ainda não tem percepção da sua personalidade, do seu eu. Ao olhar no espelho e ver o seu reflexo (igual de seu irmão) acredita ser o mesmo. Desta forma, a mãe pode perceber que um dos filhos ainda era emocionalmente apegado.

A teoria psicanalítica apresenta esta unidade aborda a constituição do "eu" a partir do estado de desamparo que o ser humano vivencia ao nascer. Nesse momento de vulnerabilidade, o indivíduo depende totalmente de outro ser humano, já inserido no mundo, para suprir suas necessidades. Esse outro, além de fornecer o suporte necessário, apresenta o recém-nascido em um mundo já existente, permitindo que ele comece a formar sua identidade e a compreender-se.

O ser humano busca se relacionar com o outroi, como se fosse a si mesmo, por se identificar nele

Nesse caso é visível ,podemos ser iguais na aparência, mas  nos pensamos diferente!

Essa foi o eu da criança! Mostrou que ele tem outra personalidade!

A psicanálise mostra o nosso verdadeiro eu!

PreviousPage 321 of 382Next