Desafio - Módulo II
Citação de Eduardo Diniz Louzeiro em junho 23, 2025, 1:34 amA imagem aborda o conceito do "estádio do espelho" na psicanálise, que é uma fase importante no desenvolvimento do eu, onde a criança se identifica com outra pessoa (geralmente a mãe) e começa a se reconhecer como um ser distinto. O exemplo dos irmãos gêmeos é usado para ilustrar essa dinâmica, sugerindo que, ao se verem um no outro, eles podem entender melhor suas identidades individuais.
A imagem aborda o conceito do "estádio do espelho" na psicanálise, que é uma fase importante no desenvolvimento do eu, onde a criança se identifica com outra pessoa (geralmente a mãe) e começa a se reconhecer como um ser distinto. O exemplo dos irmãos gêmeos é usado para ilustrar essa dinâmica, sugerindo que, ao se verem um no outro, eles podem entender melhor suas identidades individuais.
Citação de Sener Stella Barbieri Camargo em junho 23, 2025, 5:31 pmLevando em conta o grau de intimidade e pertencimento de um irmão de outro, mesmo que o outro irmão esteja ausente, a percepção da não presença do irmão, se torna difícil para o irmão que quer brincar, entender, principalmente pela idade. Seria como uma extensão um do outro, como se não pudesse dissociar um do outro, assim como a nossa imagem no espelho não se dissocia de nós.
Levando em conta o grau de intimidade e pertencimento de um irmão de outro, mesmo que o outro irmão esteja ausente, a percepção da não presença do irmão, se torna difícil para o irmão que quer brincar, entender, principalmente pela idade. Seria como uma extensão um do outro, como se não pudesse dissociar um do outro, assim como a nossa imagem no espelho não se dissocia de nós.
Citação de Lucélia Da Mata em junho 23, 2025, 5:52 pmPodemos ver ali que a criança ainda não tinha conhecimento de sua própria imagem, ao tentar interagir com a imagem vista no espelho a criança revela sua inocência e logo em seguida ao ver a imagem da mãe ele percebe que o garotinho visto no espelho é ele mesmo, correndo para os braços da mãe ao ter a percepção de sua imagem refletida e consciência de sua própria identidade. Nesse momento ele percebe sua identidade o "eu" separado do outro, e se identifica com ela, pois antes de ver sua imagem no espelho a criança tinha uma vivência com seu corpo de forma fragmentada.
Podemos ver ali que a criança ainda não tinha conhecimento de sua própria imagem, ao tentar interagir com a imagem vista no espelho a criança revela sua inocência e logo em seguida ao ver a imagem da mãe ele percebe que o garotinho visto no espelho é ele mesmo, correndo para os braços da mãe ao ter a percepção de sua imagem refletida e consciência de sua própria identidade. Nesse momento ele percebe sua identidade o "eu" separado do outro, e se identifica com ela, pois antes de ver sua imagem no espelho a criança tinha uma vivência com seu corpo de forma fragmentada.
Citação de Lucélia Da Mata em junho 23, 2025, 6:04 pmNesse momento que a criança percebe sua imagem no espelho, ela passapor três momentos principais que é: o reconhecimento, a identificação e a unificação. Esse reconhecimento marca a formação da identidade onde ela passa a se perceber como um ser distinto capaz de se relacionar com o mundo ao seu redor de forma mais organizada.
Nesse momento que a criança percebe sua imagem no espelho, ela passapor três momentos principais que é: o reconhecimento, a identificação e a unificação. Esse reconhecimento marca a formação da identidade onde ela passa a se perceber como um ser distinto capaz de se relacionar com o mundo ao seu redor de forma mais organizada.
Citação de Telma regina Ribeiro em junho 24, 2025, 2:20 pmnesta situação do espelho, esse irmão não entendeu que são duas pessoas independente uma da outra apesar de ser iguais ele ainda está formando sua identidade de forma completa e ainda ve o irmão como parte dele mesmo .
nesta situação do espelho, esse irmão não entendeu que são duas pessoas independente uma da outra apesar de ser iguais ele ainda está formando sua identidade de forma completa e ainda ve o irmão como parte dele mesmo .
Citação de Norma de Souza Lopes em junho 24, 2025, 8:10 pmA luz de Freud, Lacan e Dolto o menino resfriado, ao se ver no espelho, não reconhece imediatamente a imagem como "sua", mas como outro — seu irmão. Isso mostra a confusão entre o eu e o outro, típica da fase de constituição do eu. Ao suplicar para a imagem no espelho, ele a entende como uma presença capaz de agir por ele, demonstrando um deslocamento do desejo e uma projeção do eu nessa imagem — algo muito coerente com o que Lacan chama de “formação imaginária do eu”. Esse é o estádio do Espelho de Lacan.
A súplica para o espelho revela que o menino ainda está construindo sua imagem corporal inconsciente. Ele se dirige à imagem como se fosse outro, porque sua percepção de si ainda está em processo de diferenciação — o que é intensificado pelo fato de ele ter um irmão idêntico, com quem compartilha traços físicos e, até aquele momento, a mesma história. Aqui vemos a imagem inconciente do corpo de Dolto.
Já o desamparo e formação do eu aparece quando o menino não chama pela mãe, mas busca ajuda em si mesmo (ou na imagem de si). Isso indica um movimento em direção à autonomia, mas também revela o desamparo psíquico descrito por Freud, onde o ego ainda não está plenamente estruturado para lidar com a realidade sozinho, e precisa se apoiar em imagens e representações.
O fato de serem gêmeos idênticos acentua a dificuldade de diferenciação entre o eu e o outro. Embora o espelho costume ajudar a construir o eu (ao refletir uma imagem unificada), no caso dos gêmeos isso pode ser mais confuso, pois existe de fato um outro real com aparência idêntica.
Ou seja, a cena mostra de forma poética e simbólica como a construção da identidade é um processo mediado por imagens, linguagem e pelo outro — e como a existência de um irmão gêmeo pode intensificar o enlaçamento entre o eu e o outro. A súplica à imagem do espelho é uma expressão concreta da busca por si mesmo.
A luz de Freud, Lacan e Dolto o menino resfriado, ao se ver no espelho, não reconhece imediatamente a imagem como "sua", mas como outro — seu irmão. Isso mostra a confusão entre o eu e o outro, típica da fase de constituição do eu. Ao suplicar para a imagem no espelho, ele a entende como uma presença capaz de agir por ele, demonstrando um deslocamento do desejo e uma projeção do eu nessa imagem — algo muito coerente com o que Lacan chama de “formação imaginária do eu”. Esse é o estádio do Espelho de Lacan.
A súplica para o espelho revela que o menino ainda está construindo sua imagem corporal inconsciente. Ele se dirige à imagem como se fosse outro, porque sua percepção de si ainda está em processo de diferenciação — o que é intensificado pelo fato de ele ter um irmão idêntico, com quem compartilha traços físicos e, até aquele momento, a mesma história. Aqui vemos a imagem inconciente do corpo de Dolto.
Já o desamparo e formação do eu aparece quando o menino não chama pela mãe, mas busca ajuda em si mesmo (ou na imagem de si). Isso indica um movimento em direção à autonomia, mas também revela o desamparo psíquico descrito por Freud, onde o ego ainda não está plenamente estruturado para lidar com a realidade sozinho, e precisa se apoiar em imagens e representações.
O fato de serem gêmeos idênticos acentua a dificuldade de diferenciação entre o eu e o outro. Embora o espelho costume ajudar a construir o eu (ao refletir uma imagem unificada), no caso dos gêmeos isso pode ser mais confuso, pois existe de fato um outro real com aparência idêntica.
Ou seja, a cena mostra de forma poética e simbólica como a construção da identidade é um processo mediado por imagens, linguagem e pelo outro — e como a existência de um irmão gêmeo pode intensificar o enlaçamento entre o eu e o outro. A súplica à imagem do espelho é uma expressão concreta da busca por si mesmo.
Citação de Livia Moura em junho 24, 2025, 9:58 pmPara Lacan, o Estádio do Espelho é uma fase (entre os 6 e 18 meses) em que o bebê se reconhece pela primeira vez como um "eu" separado ao ver sua imagem no espelho. Essa identificação imaginária com a imagem unificada do corpo é fundamental para a constituição do "eu" (moi), embora esse "eu" seja, em parte, uma ilusão — uma forma idealizada de si.
No caso de gêmeos univitelinos, a presença de um outro que se parece exatamente comigo pode confundir a construção da imagem corporal unificada e separada, dificultando o processo de diferenciação. O gêmeo pode funcionar como uma "imagem especular viva", o que pode atrapalhar a constituição do eu como uma instância separada e coesa.
Para Lacan, o Estádio do Espelho é uma fase (entre os 6 e 18 meses) em que o bebê se reconhece pela primeira vez como um "eu" separado ao ver sua imagem no espelho. Essa identificação imaginária com a imagem unificada do corpo é fundamental para a constituição do "eu" (moi), embora esse "eu" seja, em parte, uma ilusão — uma forma idealizada de si.
No caso de gêmeos univitelinos, a presença de um outro que se parece exatamente comigo pode confundir a construção da imagem corporal unificada e separada, dificultando o processo de diferenciação. O gêmeo pode funcionar como uma "imagem especular viva", o que pode atrapalhar a constituição do eu como uma instância separada e coesa.
Citação de Josenilton Santana de Oliveira em junho 24, 2025, 11:43 pmDe acordo a teoria psicanalítico que estudamos, entende-se que a cena do menino ao insistir para brincar com ele e o choro é exatamente a busca do reconhecimento e confirmação do eu, pois, a imagem no espelho e a falta de resposta do irmão podem ter desencadeado uma sensação de insegurança e fragmentação, levando a uma crise de identidade, podemos afirmar então que a ilustração do menino chorando na frente do espelho, ilustra a importância da relação com os outros na formação da identidade e do eu.
De acordo a teoria psicanalítico que estudamos, entende-se que a cena do menino ao insistir para brincar com ele e o choro é exatamente a busca do reconhecimento e confirmação do eu, pois, a imagem no espelho e a falta de resposta do irmão podem ter desencadeado uma sensação de insegurança e fragmentação, levando a uma crise de identidade, podemos afirmar então que a ilustração do menino chorando na frente do espelho, ilustra a importância da relação com os outros na formação da identidade e do eu.
Citação de Norma de Souza Lopes em junho 25, 2025, 10:09 amNo caso dos irmão gêmeos desse caso ambos serem chamados pelo mesmo nome como se fossem uma única criança, embora sendo fisicamente distintos, no discurso familiar, faz com que els sejam compreendidos como um só, ou seja, o outro “não existe” simbolicamente. os efeitos disso são que um dos gêmeos desenvolve sintomas psíquicos graves, muitas vezes psicóticos , por não ser reconhecido como um sujeito distinto. Afinal ele não tem lugar no desejo do Outro, não é nomeado, não é simbolizado. O outro, aquele que é identificado com o nome dado, desenvolve-se de forma mais adaptada, pois está inserido na cadeia simbólica. Nesta cena o conceitos aplicados são:
Conceito Aplicação no caso dos gêmeos Função do Nome-próprio Um deles tem acesso ao significante de sua existência (nome); o outro não. Estádio do Espelho O gêmeo não nomeado tem dificuldade de se constituir como imagem autônoma, pois seu reflexo é o outro. Foraclusão (Lacan) O gêmeo sem nome vive a foraclusão do Nome-do-Pai: sua existência simbólica é negada. Alienação e Separação Falta a separação entre os dois gêmeos no discurso parental; ambos estão “colados” na imagem um do outro. Se formos associar ao caso de Cristian/Renato, assim como no caso dos gêmeos: podemos compreender que ele também perdeu seu primeiro significante identitário (Renato), que nunca foi simbolizado na nova estrutura familiar. Ele ficou despossuído de uma marca própria, o que dificultou o que dificultou sua inscrição no simbólico. Tal como o gêmeo sem nome, ele tenta se reinscrever pela repetição da letra "R", buscando o significante perdido. A intervenção da psicanalista Joane, ao nomear Renato simbolicamente, equivale ao gesto d e dar um nome ao gêmeo esquecido, reinscrevendo-o no campo do Outro.
No caso dos irmão gêmeos desse caso ambos serem chamados pelo mesmo nome como se fossem uma única criança, embora sendo fisicamente distintos, no discurso familiar, faz com que els sejam compreendidos como um só, ou seja, o outro “não existe” simbolicamente. os efeitos disso são que um dos gêmeos desenvolve sintomas psíquicos graves, muitas vezes psicóticos , por não ser reconhecido como um sujeito distinto. Afinal ele não tem lugar no desejo do Outro, não é nomeado, não é simbolizado. O outro, aquele que é identificado com o nome dado, desenvolve-se de forma mais adaptada, pois está inserido na cadeia simbólica. Nesta cena o conceitos aplicados são:
Conceito | Aplicação no caso dos gêmeos |
---|---|
Função do Nome-próprio | Um deles tem acesso ao significante de sua existência (nome); o outro não. |
Estádio do Espelho | O gêmeo não nomeado tem dificuldade de se constituir como imagem autônoma, pois seu reflexo é o outro. |
Foraclusão (Lacan) | O gêmeo sem nome vive a foraclusão do Nome-do-Pai: sua existência simbólica é negada. |
Alienação e Separação | Falta a separação entre os dois gêmeos no discurso parental; ambos estão “colados” na imagem um do outro. |
Citação de Norma de Souza Lopes em junho 25, 2025, 11:12 amAo ser apresentada aos caso e ao artigo do módulo vivi por dentro os conceitos envolvidos. eu os vivi por dentro. Os dois casos clínicos e o artigo sobre Black Mirror escancaram algo que, para mim, atravessa tanto a clínica quanto a escola: a força da imagem como fundadora — e também aprisionadora — do sujeito. O caso de Cristian, por exemplo, tocou-me profundamente. A letra "R", que retorna insistentemente em seus desenhos, é mais do que sintoma: é um chamado. Um chamado ao nome perdido, ao lugar negado no campo do Outro. Ele encena, com o corpo e com a resistência à escrita, a ausência de uma inscrição simbólica que o nomeia. Senti, ali, o que Lacan diria sobre o foracluído que retorna no real. A escuta da Joane, a analista, e sua convoação do significante do paciente com delicadeza e astúcia, reinstaura a possibilidade de subjetivação. E, ao mesmo tempo, me fez pensar (afinal sou professora): quantas crianças nas escolas estão tentando escrever suas letras perdidas, resistindo não por birra, mas por não saberem se têm o direito de existir como são?
O caso dos gêmeos me remete à violência de não se ter nome. A sobreposição de identidades, sem separação nem borda, evidencia o risco de se crescer como sombra do outro — e não como sujeito. Em sala de aula, já vi essa cena muitas vezes, quando irmãos são confundidos, quando histórias familiares são apagadas, quando não se reconhece a singularidade que se apresenta. E a clínica mostra isso de forma crua: sem nome, sem traço unário, não há sujeito. Há apenas repetição. Por fim, o artigo sobre Urso Branco foi como um espelho sujo no qual somos obrigados a nos ver. A identificação especular com a vítima (que depois se revela algoz) é um golpe certeiro no conforto moral de mim como espectadora. O texto articula psicanálise, filosofia da história e crítica cultural com rigor e potência. Mas mais do que isso, ele nos convoca: será que, ao pedir justiça, não estamos apenas perpetuando o gozo da punição? Onde está o sujeito nesse ciclo de castigo e espetáculo?
Para mim, o elo entre os três materiais é a urgência de furar a imagem, de romper com o espelho, de escutar o que não foi dito, o que ficou fora da cena. Seja na escola, na clínica ou na cultura, a pergunta que fica é: como criar brechas para que um sujeito possa advir — singular, desejante, falante?
Sigo com essa pergunta como quem carrega um traço. Um traço que, mais do que marca, é direção.
Ao ser apresentada aos caso e ao artigo do módulo vivi por dentro os conceitos envolvidos. eu os vivi por dentro. Os dois casos clínicos e o artigo sobre Black Mirror escancaram algo que, para mim, atravessa tanto a clínica quanto a escola: a força da imagem como fundadora — e também aprisionadora — do sujeito. O caso de Cristian, por exemplo, tocou-me profundamente. A letra "R", que retorna insistentemente em seus desenhos, é mais do que sintoma: é um chamado. Um chamado ao nome perdido, ao lugar negado no campo do Outro. Ele encena, com o corpo e com a resistência à escrita, a ausência de uma inscrição simbólica que o nomeia. Senti, ali, o que Lacan diria sobre o foracluído que retorna no real. A escuta da Joane, a analista, e sua convoação do significante do paciente com delicadeza e astúcia, reinstaura a possibilidade de subjetivação. E, ao mesmo tempo, me fez pensar (afinal sou professora): quantas crianças nas escolas estão tentando escrever suas letras perdidas, resistindo não por birra, mas por não saberem se têm o direito de existir como são?
O caso dos gêmeos me remete à violência de não se ter nome. A sobreposição de identidades, sem separação nem borda, evidencia o risco de se crescer como sombra do outro — e não como sujeito. Em sala de aula, já vi essa cena muitas vezes, quando irmãos são confundidos, quando histórias familiares são apagadas, quando não se reconhece a singularidade que se apresenta. E a clínica mostra isso de forma crua: sem nome, sem traço unário, não há sujeito. Há apenas repetição. Por fim, o artigo sobre Urso Branco foi como um espelho sujo no qual somos obrigados a nos ver. A identificação especular com a vítima (que depois se revela algoz) é um golpe certeiro no conforto moral de mim como espectadora. O texto articula psicanálise, filosofia da história e crítica cultural com rigor e potência. Mas mais do que isso, ele nos convoca: será que, ao pedir justiça, não estamos apenas perpetuando o gozo da punição? Onde está o sujeito nesse ciclo de castigo e espetáculo?
Para mim, o elo entre os três materiais é a urgência de furar a imagem, de romper com o espelho, de escutar o que não foi dito, o que ficou fora da cena. Seja na escola, na clínica ou na cultura, a pergunta que fica é: como criar brechas para que um sujeito possa advir — singular, desejante, falante?
Sigo com essa pergunta como quem carrega um traço. Um traço que, mais do que marca, é direção.