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Desafio - Módulo III

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Os estudos Freudianos trazem a tona muitas partes antes descohecidas. Divide nossa mente em 03 partes onde as vezes uma se confronta com a outra ou uma cmpleta a aoutra. Freud tras a psicanalise como um método onde o objeto de pesqueisa são as experiências dos pacientes.

Não sei responder com exatidão e se tiver a possibilidade, peço ajuda. Mas acredito que a libido se voltou para si própio e a ideia de ser o presidente dos Estados Unidos, um pulso que não foi respondido de maneira correta e terminou na situação que nos é apresentada.

Entendo que um paciente que apresenta um quadro alucinógeno como acreditar que é o Presidente dos Estados Unidos está a princípio vivendo na personalidade do ID, tendo em vista, que não há sinal de consciência no indivíduo.

Creio que trata-se de uma questão de referência. Sua libido, deslocada da realidade, enseja a formação de uma nova realidade, de uma realidade paralela, na qual, sua compreensão do mundo, ocorre à semelhança dos demais, estando, porém, sustentada, ou seja, referenciada, em uma verdade apenas conceitual e sua mente, sem amparo no mundo exterior real. Em uma analogia matemática, a grosso modo, seria semelhante a uma equação básica, algo como A + B = C, cujos resultados serão diferentes, de acordo com os valores aplicados em A, e em B.

A questão fundamental sobre a patologia da esquizofrenia e a limitação apresentada por Freud está na substituição da libido, provocando uma alteração no estado de percepção da realidade. Acredito que Freud se refira a dificuldade de alguns pacientes esquizofrênicos em promover uma sublimação dos instintos, além do mecanismo de defesa de fixação, tendo em vista a busca por uma fantasia de ênfase ao poder e a megalomania, conceito vinculado à esquizofrenia, como visto no texto.

O paciente volta-se a um processo primário, onde a sua libido não se desenvolve para um objeto, mas sim, é redirecionada para o seu próprio corpo, uma vez que o ego, não conseguiu mediar o princípio do prazer e desprazer. O paciente fixa num processo regressivo de fantasia e passa a considerar apenas sua realidade subjetiva que não considera a realidade externa, visto que, ela foi reprimida por ser ao indivíduo sinônimo de um intenso desprazer.

Freud demarca que o ponto de fixação não é o mesmo na esquizofrenia e na paranóia. Na esquizofrenia, a regressão da libido passa pelo narcisismo, dando origem aos fenômenos megalomaníacos, mas ela se estende ainda mais, e retorna ao auto-erotismo infantil, no mais ?completo abandono do amor objetal.? (FREUD, [1911] 1996, p.84). É a partir do retorno ao auto-erotismo que os fenômenos hipocondríacos se manifestam. O auto-erotismo seria o ponto de fixação privilegiado na esquizofrenia e, na paranóia, esse ponto de fixação é o narcisismo. Porém, mesmo no quadro paranóico, a libido pode retornar à primeira fase do desenvolvimento, dando origem a manifestações esquizofrênicas.

Pode-se perceber que o desenvolvimento libidinal não é linear. Há, em cada enfermidade, um ponto de fixação que é predominante, mas isso não impede que a libido retorne a outros pontos e com isso apareçam novos fenômenos. Freud demarca uma distinção clara entre esquizofrenia e paranóia como quadros clínicos diferentes, apesar dos fenômenos em comum:

O que me parece mais essencial é que a paranóia deve ser mantida com um tipo clínico independente, por mais freqüentemente que o quadro que ofereça possa ser complicado pela presença de características esquizofrênicas. Do ponto de vista da teoria da libido, embora se assemelhe à demência precoce na medida em que a repressão propriamente dita em ambas as moléstias teria o mesmo aspecto principal – desligamento da libido, juntamente com sua regressão para o ego -, ela se distinguiria da demência precoce por ter sua fixação disposicional diferentemente localizada e por possuir um mecanismo diverso para o retorno do reprimido. (FREUD, 1911/1996, p.82-83). 2

Frente à distinção precisa entre esquizofrenia e paranóia, pode-se perguntar: por que Freud denomina tanto uma quanto a outra pela denominação ?neuroses narcísicas?? Isso pode ser esclarecido através de uma passagem do texto de 1915, O inconsciente, no qual Freud dedica um capítulo ao entendimento de alguns aspectos da esquizofrenia. Ele afirma:

No caso da esquizofrenia, (...), fomos levados à suposição de que, após o processo de repressão, a libido que foi retirada não procura um novo objeto e refugia-se no ego; isto é, que as catexias objetais são abandonadas, restabelecendo-se uma primitiva condição de narcisismo de ausência de objeto. (FREUD, 1915/1996, p.201).

Pode-se supor que Freud utiliza o termo ?neurose narcísica? para se referir à esquizofrenia porque mesmo sendo o ponto de fixação desta enfermidade o auto-erotismo ele o considera como uma condição de narcisismo de ausência de objeto. O auto-erotismo, se assim se pode dizer, seria uma forma primitiva de narcisismo, seu primeiro esboço. Diante dessa explicação, fica claro porque o ego, embora apresente uma fragilidade, é uma instância presente na esquizofrenia, enquadrando-se dentro da definição ?neurose narcísica?.

Freud considera que nessa enfermidade o mecanismo de adoecimento e de recuperação centra-se no movimento da libido, na maneira como ela se afasta do mundo externo e depois como restabelece seus laços com seus objetos de amor. Já o paranóico utiliza outros mecanismos na reconstrução da realidade: projeção, transformação do afeto e de percepções internas em externas, além da homossexualidade, algo que Freud considera como próprio da paranóia. As características desse quadro clínico serão abordadas mais detidamente na segunda parte do artigo.

Freud escreve que o esquizofrênico, ao retirar sua libido de pessoas e coisas, a fez sem substituí-las por outras na fantasia, como o fazem as histéricas e os obsessivos. Sem a mediação da fantasia, a libido retorna diretamente sobre o corpo. É possível dizer, junto com Lacan, que esse retorno é vivido como uma invasão de gozo.

O represamento da libido no ego, característico da esquizofrenia, é sentido como desprazeroso. Freud considera que o desprazer é resultado de um grau elevado de tensão, o que confirma a idéia de que a libido, ao retornar sem a mediação da fantasia, é vivida como um excesso no corpo.

Nesse caso específico, o Id apesar dos esforços do Ego.  Afirmar ser o presidente do EUA, perca total do libido. A Psicanálise não pode fazer nada,  a cura por exemplo!

Na visão de Freud, a troca de libido é o redirecionamento da energia psíquica de um objeto para o outro (Como um mecanismo de defesa ou a adaptação à realidade, por exemplo).

No caso da esquizofrenia que é uma condição complexa, multifacetada envolvendo distorções do pensamento, alucinações, delírios e dificuldades de interação social. Na atualidade pode se observar alguns mecanismos de defesa como por exemplo:

  1. Sublimação: em alguns casos o individuo com esquizofrenia pode produzir escrita ou arte, redirecionando a energia psíquica da libido na expressão criativa.
  2. Deslocamento: Quando o esquizofrênico direciona a ansiedade para objetos;
  3. Formação Reativa: Quando o individuo com esquizofrenia possuem sentimentos inconscientes hostis, passa a exibir um comportamento amigável e simpático em relação a terceiros;
  4. Reversão: O indivíduo desenvolve delírios de grandeza ao acreditar que é dotado de superpoderes ou que são figuras famosas (Napoleão, Presidente, etc...), negando seus sentimentos de inferioridade.

A construção da personalidade, no caso do esquizofrênico, foi deficiente. O Ego, que nada mais é do que o id modificado pela percepção das coisas externas, incompleto, volta-se para dentro e coloca o foco do seu desejo, da sua motivação, em si mesmo.

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