Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo III

PreviousPage 270 of 278Next

Freud, ao se perguntar sobre o destino da libido afastada dos objetos externos na esquizofrenia, está se referindo ao mecanismo de retração libidinal ou reinvestimento da libido no próprio Eu, conceito que ele discute em seus trabalhos sobre o narcisismo e a psicose.

Faz menção a troca a depersonalidade, onde a pessoa, por conta da esquizofrenia troca papéis, epercebe- secomo outra personagem.  Sobre a perda de libido, fala sobre a perda de prazer no mundo real o que o faz imergir-se numa fantasia a ponto de entender aquilo como real, e anular o mundo real de verdade.

Talvez por uma das características principais da enfermidade: "desvios de seu interesse do mundo externo, de pessoas e coisas"

A troca da libido foi substituída pelo id.no id o indivíduo acredita ser mesmo o presidente,pois é no id que ele pode ser o que quiser.nao existe pre julgamentos.

Entendo que neste caso a líbido do indivíduo é toda direcionada para o próprio indivíduo, criando um narcisismo extremo.

A dissociação do EU, pode estar atrelada a algum episódio que coloca em cheque a concepção que o indivíduo tinha sobre si. Lacan chama a atenção para isso. Então, para poder vislumbrar aceitação no mundo exterior, o indivíduo, que nega as convicções do ego, passa a se valer de uma identidade imaginária, simbólica, que denote ser alguém importante e de posição. O gatilho pode advir de eventos que causem desprazer consigo e/ou em vivências traumáticas a que é submetido.

no caso onde a  libido recua desses objetos externos ela  retorna ao próprio eu pode ser considerada a retirada libidinal. Esse movimento resulta em um investimento libidinal predominante no próprio ego, o que contribui para a quebra dos laços com o mundo externo e para o isolamento característico do esquizofrênico. Como consequência, a pessoa pode se desconectar das relações interpessoais e das demandas da realidade, reforçando somente os processos primários nas realizações do desejo.

Esse redirecionamento da libido para o ego também pode explicar certos sintomas da esquizofrenia, como delírios e alucinações, que são interpretações ou reconstruções internas da realidade. Freud sugeriu que o mundo interno do esquizofrênico se torna o foco principal de interesse, o que poderia levar a uma percepção distorcida do ambiente externo e ao afastamento da interação social

Freud está se referindo ao mecanismo de deslocamento da libido nos casos de esquizofrenia. Nesse contexto, ele explica que há uma retirada da libido dos objetos externos, como pessoas e coisas, que normalmente servem como foco de interesse e investimento emocional. Essa energia libidinal, ao ser retirada do mundo externo, volta-se para o próprio sujeito, gerando um estado de isolamento psíquico e megalomania. Esse processo reflete a dificuldade do esquizofrênico em estabelecer ou manter relações objetais, o que resulta na substituição do contato com a realidade externa por fantasias e construções internas, como no exemplo do paciente que acredita ser o Presidente. Esse deslocamento é entendido como uma tentativa de autopreservação do aparelho psíquico frente a um mundo que é percebido como intolerável ou ameaçador.

Freud, ao abordar a esquizofrenia, refere-se ao mecanismo de retração da libido dos objetos externos para o próprio eu. Esse processo é conhecido como refluxo libidinal ou introversão da libido. Na esquizofrenia, a libido, que antes era investida em objetos externos (relação com o mundo), é retirada desses objetos e redirecionada para o próprio sujeito, promovendo uma espécie de narcisismo extremo.

Esse movimento pode ser compreendido à luz da teoria da constituição do eu. Freud postulava que, em condições normais, o eu se constitui por meio de relações com os outros e com o mundo externo, através de investimentos libidinais nos objetos. No caso da esquizofrenia, porém, ocorre um rompimento com essa dinâmica, levando ao retraimento do investimento libidinal no mundo exterior e ao retorno ao narcisismo primário.

Esse fenômeno está intimamente relacionado à dificuldade do sujeito esquizofrênico de estabelecer vínculos consistentes com a realidade, resultando no empobrecimento das relações externas e na intensificação do isolamento psíquico.

Portanto, Freud está se referindo a esse processo de retirada da libido e ao consequente impacto na constituição e funcionamento do eu.

Falando em mecanismo,Freud pode estar se referindo a sublimação,podendo até mesmo gerar uma dissociação. No caso da esquizofrenia, hoje sabemos que trata de um disturbio hormonal.Então o tratamento médico associado a psicoterapia poderá ajudar o paciente em seu estado de sofrimento emocional e físico.

PreviousPage 270 of 278Next