Desafio - Módulo III
Vejo isso como um ego , tinha amigo que ele se achava melhor que todos e queria ser o top de tudo e mas inteligente e tudo era ele , opinião dos outros não valia de nada , neste caso tinha conflitos , eu dizia pra ele , tu é esquizofrênico, e hj estudando tenho certeza que era . E até hj com uma.idade nunca foi tratado .
Em "Sobre o narcisismo: uma introdução" (Freud, 1914/1996), o eixo da abordagem das psicoses - esquizofrenia e paranoia -, como também das chamadas neuroses de transferência, passa a ser a distinção entre libido do eu e libido do objeto. Diante de uma frustração na relação do sujeito com o mundo externo, ocorre o desligamento da libido de seus objetos. A megalomania psicótica representa a elaboração da libido que retorna ao eu, da mesma forma que, na neurose, a libido liberada é transferida para os objetos fantasísticos.
Se a megalomania falha, o represamento da libido no eu se torna patogênico, provocando a hipocondria e iniciando o processo de recuperação que fenomenologicamente parece ser uma doença: o delírio. Nas neuroses, de modo análogo, a elaboração da libido no plano da fantasia gera angústia e formações sintomáticas de reação ou de proteção contra ela. Dessa forma, o retraimento narcísico e o desvio de interesse do mundo externo presentes nas psicoses as tornariam "inacessíveis à influência da psicanálise e não podem ser curados por nossos esforços" (Freud, 1914/1996, p. 82). Essa é a posição tomada por Freud diante da clínica das psicoses. Ela se mantém a mesma durante toda a sua obra e destaca a dificuldade e, muitas vezes, a inviabilidade de tratamento nestes casos. Embora Freud não especifique o mecanismo em jogo na estrutura psicótica, sua posição já denota o impasse clínico pela impossibilidade de enquadrá-la de forma indiferenciada nos moldes de tratamento das neuroses.
Santos, Tania Coelho dos Oliveira, Flávia Lana Garcia de. Teoria e clínica psicanalítica da psicose em Freud e Lacan. Psicol. Estud. 17 (1), Mar 2012.
Para Freud, o indivíduo esquizofrênico sofre um processo de ruptura em seu aparelho psíquico. Essa ruptura acontece exatamente com a instância que estabelece a relação com a realidade, o ego. Uma vez rompida essa relação com o exterior, a libido do indivíduo voltará para si mesmo e haverá um desinteresse por tudo o que é alheio e externo a este indíduo, levando-o a um estágio de narcisismo primário regressivo. Esta regressão ao narcisismo pode explicar a indiferença emocional que o indivíduo esquizofrênico demonstra em suas relações interpessoais e com o ambiente à sua volta, podendo chegar ao nível de afastamento afetivo profundo prejudicando a sua relação social, já que esta energia deixa de ser investida na construção e manutenção das relações e seus interesses, uma vez que poderá transferir toda esta energia para a construção de narrativas internas fragmentas e dissociadas das relações tmporal e espacial.
O paciente esquizofrênico não pode ser ajudado, pois o mesmo não entende que está em uma "fantasia" mas que é sua realidade, impedindo-o de pensar de forma lógica
Segundo Freud, a esquizofrenia da-se quando o sujeito se afasta do mundo externo e se volta somente para o próprio EU, que ele chamou de narcisismo primário. A libido não é direcionada para as relações sociais e o externo para preencher parte do psiquismo, voltando-se apenas para o psiquismo interno. Com o tempo o sujeito torna-se indiferente ao ambiente e pessoas e desenvolve delírios para poder preencher o parte do vazio psiquico, assim se desligada progressivamente da realidade. O mecanismo é a regressão, pois esse volta ao narcisismo primário.
Esquizofenicos vivem em uma realidade paralela, onde criam seu próprio mundo e não conectam com a realidade externa. Tentar entrar neste mundo sempre sera frustante.
O conceito do eu é o nascimento da identidade, equivalente ao que se pensa, formado na tenra idade mediante as primeiras informações.
ele deseja mesmo isso e como ele não realizou ele criou essas fantasias achando que é outra pessoa
A esquizofrenia, segundo Freud, resulta de uma falha na constituição do Eu e de uma regressão da libido ao narcisismo primário. Isso leva à perda da relação com a realidade e ao colapso da estrutura psíquica, manifestando-se em sintomas como delírios, fragmentação do pensamento e isolamento social.
1 A libido que foi afastada dos objetos externos é redirecionada para o próprio eu.
2 Narcisismo primário.