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Desafio - Módulo III

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Ao compreendermos a evolução natural do aparelho psíquico freudiano, onde o Ego se difere do Id na mediação do mundo externo, na Esquizofrenia, não ocorre, ou ocorre de forma prejudicada essa maturação esperada do aparelho psíquico, ou seja, com o isolamento do sujeito, ocorre a "Hipercatexia do processo do pensamento", portanto, como se lê no texto apresentado, " os pensamentos são realmente percebidos como se provessem de fora e são considerados verdadeiros". Ao meu ver, a regência das ações do esquizofrênico se  dá pelo " Princípio do Prazer", portando, não desconsidero que o sujeito, mesmo em suas alucinações não carregue um sofrimento, afinal, a presença do Real ("princípio da realidade') seja de todo desconsiderado. Contudo a introjeção, acaba sendo seu modo de defesa entre o real externo e a sua realidade interna. Conseguintemente, como Freud relata, no episódio psicótico, o Paciente acaba sendo inacessível as abordagens psicanalíticas.

Interessante: a Palavra Paciente tem em sua etimologia Pathos , que é uma palavra grega que significa "sofrimento, paixão, afeto" e do latim "patientem", o que sofre, o que padece.

Para responder a primeira pergunta sobre o afastamento da libido, temos que levar em consideração o que Freud disse na  parte relacionada a este desafio. Esse processo constitui parte de uma tentativa de recuperação, em que a libido volta a objetos. Podemos perceber que é um processo cíclico visto que o esquizofrênico vive em mundo imaginário e crê firmemente estar neste mundo, impossibilitando a atuação externa do psicanalista. A segunda pergunta traz a tona a importância do id como instância responsável por amenizar o seu desconforto psicológico devido a um afastamento momentâneo da libido. Este afastamento é momentâneo porque volta a objetos. Importantes palavras do texto estudado que nos ensina que o id não suporta desprazer.

Gostaria de fazer um acréscimo importante. Conforme o que eu estudei, para lidar com perdas insustentáveis para o id, o eu forma uma identidade ilusória. Acredito que esta informação tem relação direta com a segunda pergunta.

conflitos entre eu e o real, interno e externo, narcisismo primario

Este comportamento deste paciente está explicado no tópico das características do Id que para sentir prazer ou afastar-se da dor utiliza-se de dois processos: 1. Ações reflexas que ocorre de forma natural e espontâneas para corrigir excitações simples; 2. Processo Primário: Para aliviar tensões com ações mais complexas. Forma a imagem de um objeto que é capaz de afastar a tensão. Processo chamado de realizaçao do desejo, são as únicas imagens reconhecidas pelo Id.

Houve uma troca de libido(desejo), ou seja, o esquizofrênico retira do externo alimento para sua fantasia num processo secundário ele projeta-se na fantasia como forma de criar um álter ego, uma personalidade secundaria que recria a fantasia e assume o controle.  A realidade para ele não existe mas sim o prazer, o inconsciente toma o comando frente ao ego, então ele se torna sua fantasia num sentido de estar completo em sua personalidade.

processo primário, ele criou uma imagem para fugir de uma dor ou tensão.

Alguns autores da área de psicopatologias consideram que na esquizofrenia a construção psíquica do indivíduo sofre abalos, por exemplo quando a pessoa passa por situações tão traumatizantes  que o aparelho psíquico não tem condições de elaborá-las, e a representação das mesmas é então rejeitada.  Porém, mesmo não tendo mais valor simbólico a libido não deixa de existir, podendo retornar à consciência. Mas, sempre que retorna, traz consigo tanto sofrimento, que a pulsão de morte passa então a ter mais força, e a de vida já não consegue executar sua função de manter o eu coeso.

Na vida cotidiana, as pessoas desligam a libido do mundo externo a todo o momento, sem, no entanto, adoecerem. Isso porque, assim que a libido é retirada, logo é reinvestida novamente em outros objetos. Na psicose, a libido retirada dos objetos externos não é imediatamente reinvestida, mas retorna a pontos específicos do desenvolvimento libidinal e a eles se fixa, dando origem aos sintomas megalomaníacos e hipocondríacos. Na esquizofrenia, o afastamento da libido do mundo externo pode ter como conseqüência duas possibilidades: megalomania e hipocondria.

Afastamento da libido do mundo externo pode ter duas possibilidades como consequência: Megalomania e Hipocondria. Este desligamento não é um mecanismo específico da psicose. Tendo em mente as formas de organização pulsional o esquizofrênico se encontra em uma organização pulsional auto-erótica, com um investimento libidinal voltado para o eu primário (Narcisismo).

A partir do afastamento da libido, a percepção do indivíduo fica alterada.  O individuo passa  a funcionar a partir de mecanismos mais primitivos, como os do processo primário e o da satisfação alucinatória.

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