Desafio - Módulo III
O esquizofrênico não consegue ter a percepção da realidade, pois, viver esse mundo paralelo o leva sentir alguém importante. Mesmo não havendo a cura é possível através de medicação trazer uma vida com mais qualidade ao paciente.
Ao nascer as sensações internas e externas encontram-se em completa desordem, ao se
desenvolver ocorre
numa ordem contraditória, que envolve sempre ele e o outro (eu). Esse conflito refere-se às exigências pulsionais
satisfeitas antes do nascimento e abruptamente enfrentam uma
realidade que deverá ser confrontada, que possui limites.
Essa troca de libido se refere as preferências que o ID (inconscientemente) tem. Ou seja, o sujeito escolhe se voltar a uma realidade alternativa onde não existe uma realidade paralela. Por isso, na condução do tratamento psicanalítico, é importante deixar claro para quem está ao entorno que a sintomatologia poderá ser controlada porém não reprimida e se fazer valer da validação dos sentimentos e expressões do esquizofrênico.
A mente dele o aprisionou num falso eu, tornando o verdadeiro eu inatingível
A troca de sua personalidade e visão de mundo, lhe proporciona alivio a dor existencial.
Troca de libido pode causar autoponição.
Se mostrando grande, poderoso é a forma e o recurso de delírios e fantasias que só fazem sentido para o individuo.
A incoerência na estruturação do ego e o ideal do ego, causa comprometimento intelectual.
Como na maioria dos casos de esquizofrênia o paciente passa mais tempo no interno do que no externo ele tende a viver suas fantasias e acredita piamente nelas... o libido vai para o interno e não para o externo e ali ele pode ser o que bem entender já que o objeto não o enteressa.
Na esquizofrenia, o afastamento da libido do exterior e sua concentração no ego são traços característicos e as alucinações seriam “uma tentativa de restabelecimento, por devolver a libido novamente a seus objetos.
Creio que nesse estágio, o esquizofrênico tem a perda de quem é no mundo real, sendo assim a percepção fica no “lúdico” tornando inviável a vida normal na realidade externa.
Freud caracteriza o narcisismo como uma atitude que se origina do afastamento da libido do mundo externo e seu direcionamento ao ego. A esquizofrenia seria o protótipo do narcisismo em alto grau, ou seja, o ego é tomado como objeto e superinvestido libidinalmente. Cabe dizer que Freud sugeriu, na descrição do Caso Schreber, Notas psicanalíticas sobre um relato aubiográfico de um caso de paranóia, de 1911, um novo nome para esta enfermidade: parafrenia. Faz uma crítica ao termo esquizofrenia, postulado por Bleuler, que significa literalmente mente dividida, condição que, segundo Freud, está presente também nas demais estruturas, o que se verifica nas duas teorizações sobre o aparelho psíquico, nas quais o psiquismo é dividido em diferentes instâncias. No decorrer desta elaboração será utilizado o termo esquizofrenia, pois seu uso é corrente no meio acadêmico, tanto na época do próprio Freud, quanto na atualidade.
Na esquizofrenia, o afastamento da libido do mundo externo pode ter como conseqüência duas possibilidades: megalomania e hipocondria. Na vida cotidiana, as pessoas desligam a libido do mundo externo a todo o momento, sem, no entanto, adoecerem. Isso porque, assim que a libido é retirada, logo é reinvestida novamente em outros objetos. Na psicose, a libido retirada dos objetos externos não é imediatamente reinvestida, mas retorna a pontos específicos do desenvolvimento libidinal e a eles se fixa, dando origem aos sintomas megalomaníacos e hipocondríacos.
No curso do desenvolvimento da libido, é esperado que ela percorra diferentes fases: auto-erotismo, narcisismo e, finalmente, deve ser investida no mundo exterior. Como a pulsão é sempre parcial, essa característica permite pensar que parte da libido se desenvolve, mas a outra se fixa em algum lugar nesse percurso.
Freud considera que nessa enfermidade o mecanismo de adoecimento e de recuperação centra-se no movimento da libido, na maneira como ela se afasta do mundo externo e depois como restabelece seus laços com seus objetos de amor. Já o paranóico utiliza outros mecanismos na reconstrução da realidade: projeção, transformação do afeto e de percepções internas em externas, além da homossexualidade, algo que Freud considera como próprio da paranóia. As características desse quadro clínico serão abordadas mais detidamente na segunda parte do artigo.
Freud escreve que o esquizofrênico, ao retirar sua libido de pessoas e coisas, a fez sem substituí-las por outras na fantasia, como o fazem as histéricas e os obsessivos. Sem a mediação da fantasia, a libido retorna diretamente sobre o corpo. É possível dizer, junto com Lacan, que esse retorno é vivido como uma invasão de gozo.
Freud se pressupõe ao id que por sua vez se assemelha as fantasias da mente e não reconhece o mundo exterior
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