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Desafio - Módulo III

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Freud escreve que o esquizofrênico, ao retirar sua libido de pessoas e coisas, a fez sem substituí-las por outras na fantasia, como o fazem as histéricas e os obsessivos. Sem a mediação da fantasia, a libido retorna diretamente sobre o corpo.

Na esquizofrenia, por perder o senso de realidade, mantém-se a ruptura do ego e do superego. Para este caso do indivíduo se achar Presidente dos EUA. o descolamento de uma vida real, fundada apenas em seu imaginário, explica a ruptura de acesso à estes pilares estruturados por Freud. Fazendo com o id, seja superlativo, buscando o prazer intermitente, de "sentir-se" Presidente. A busca por sua individualidade e rejeição aos fatos externos de maneira exagerada, contribui para uma percepção, análise e investigação minuciosa, do que pode ter ocorrido em sua primeira infância.

Nesse módulo há uma investida de estudos que aprofunda uma questão levantada pelo próprio Freud: para onde é direcionada essa libido retirada do mundo externo? Há uma reflexão de Freud que intue que após o processo de recalque, essa libido retirada do objeto não procura um novo objeto para ser investido, mas investe no eu, é recolhida no eu. (Mundo em palavra: A esquizofrenia e a questão da linguagem, Reverso vol.40, nº76, Belo Horizonte jul./dez.2018.)

Alegado por Freud os esquizofrenicos são pessoas que deixam de ser o que são de verdade para se fantasiar de personagens que não têm condições pelas suas próprias atitudes de se tornarem.

Freud alega em seus estudos que esquizofrenia dada as pessoas que fogem da sua realidade humana e passam a viver uma dinâmica de algo que não a cabe.

Freud acreditava que nos esquizofrênicos a elaboração da linguagem passa pelo mesmo mecanismo da formação dos sonhos, ou seja, no processo primário. Podendo então representar várias ideias ou afetos latentes, processo característico do funcionamento do sistema inconsciente. Com um investimento libidinal voltado para o eu,  primário e corporal, o primeiro eu a ser formado, ao retirar sua libido de pessoas ou mundo externo e não substituindo por outra fantasia e não formando uma identificação imaginária, o esquizofrênico forma uma imagem desfragmentada de si.

 

Na esquizofrenia, a regressão da libido passa pelo narcisismo, dando origem aos fenômenos megalomaníacos, mas ela se estende ainda mais, e retorna ao auto-erotismo infantil, no mais “completo abandono do amor objetal.” (FREUD, [1911] 1996, p. 84).

Nas interveções do ego para barrar os instintos indomesticáveis do id, foi gerado traumas de alguma proibição dolorosa no momento fálico do individuo e para fugir ele criou uma realidade imaginaria para fugir da dor que o id tanto odeia e de alguma forma a fugura de um presidente representou algo com poder e foi aí que ele ancorou sua personalidade.

Com desligamento do eu e da realidade, a libido também afastada do mundo externo, se direcionando para o ego, podendo dar margem ao narcisismo.

 

SEM A MEDIACAO DA FANTASIA A LIBIDO VOLTA DIRETAMENTE PARA O CORPO.

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