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Desafio - Módulo IV

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Montar estratégias juntamente com os colegas para poder chegar ao melhor e mais eficiente tratamento para ser aplicado ao paciente.

Ao meu ver, aqui estamos tratando da formação de laços sociais, onde o acolhimento do sujeito em sofrimento seja de forma respeitosa e humanizada.  Lacan em seu Seminário 17 nos propõe : "O discurso é um modo de relacionamento social representado por uma estrutura sem palavras. Lacan propõe os discursos como sendo modos de uso da linguagem como vínculo social, pois é na estrutura significante que o discurso se funda. É a articulação da cadeia significante que produz o discurso" e mais, "Os laços sociais são tecidos e estruturados pela linguagem e, portanto, denominados discurso [...] uma vez que o motor da cura psicanalítica é a transferência e o vínculo entre analisante e analista"

Como é exposto por Lacan ao estabelecer o laço social entre os usuários e profissionais de forma onde o agente não esteja em posição de superioridade ante o paciente, o vinculo será estabelecido. Através da escuta atenta as demandas dos usuários, o entendimento das especificidades de cada caso e o olhar de alteridade a equipe será de certa forma um norte ao "outro" assim, um alivio para suas angustias e sofrimentos.

Alteridade (O que é, Conceito e Definição) - Significados

Orientando que o publico desconhece linguagem técnica, e que o atendimento precisa ser afetuoso e empatico.

Se colocar no lugar do outro, ter uma escuta ativa, e toda a equipe multidisciplinar estar alinhada com a proposta que o grupo sugerir para que haja êxito em cada tratamento que for feito.

Acredito que a relação entre paciente e profissional deve e ouvir confiança quebra de paradigmas e uma relação ética entre os dois pois o tratamento se dá de forma multiprofissional e horizontal onde as relações são importantes para o processo de tratamento psíquico.

 

O ambiente deve ser preparado à pensar que o local deve ser o máximo possível neutro, com cor clara, sem muita informação visual, aromático saudável, poltrona confortável, de boa iluminação, o atendimento deve ser humanizado, o assistido precisa ser recebido com carinho e segurança, para que possa se sentir relaxado e confiante no profissional e no ambiente.

Uma proposição que considera os vínculos entre usuário e profissional, bem como a condição de sujeito daquele, possibilita a constituição de um espaço de cuidado horizontal porque reconhece a importância das relações interpessoais e da subjetividade na prática de saúde.

Ao adotar uma leitura psicanalítica do sujeito e das relações, é possível compreender que o indivíduo não é apenas um receptor passivo de cuidados, mas um sujeito ativo, com sua própria história, desejos, medos e necessidades. Isso implica reconhecer a singularidade de cada pessoa e a importância de estabelecer uma relação de respeito, escuta atenta e empatia entre o profissional de saúde e o usuário.

Essa abordagem leva em consideração que o sujeito não se limita apenas às suas questões biológicas ou sintomas físicos, mas engloba aspectos psicológicos, emocionais e sociais. Dessa forma, o cuidado se torna mais abrangente e humanizado, pois considera as dimensões subjetivas do indivíduo.

Ao priorizar os vínculos e a condição de sujeito, cria-se um espaço de diálogo e construção conjunta do cuidado, no qual o usuário é ouvido e participa ativamente das decisões relacionadas ao seu tratamento. Isso promove uma maior autonomia e empoderamento do sujeito, contribuindo para uma relação mais equilibrada e colaborativa entre profissional e usuário.

Essa abordagem horizontalizada favorece a construção de um plano de atendimento e investigação que considere não apenas os aspectos clínicos e objetivos do caso, mas também as necessidades, demandas e subjetividade do sujeito. Dessa forma, é possível proporcionar um cuidado mais integral, efetivo e adequado às particularidades de cada indivíduo, buscando sua melhoria de saúde e bem-estar de forma global.

Todo o trabalho desenvolvido no CAPS deverá ser realizado em um “meio terapêutico”, isto é, tanto
as sessões individuais ou grupais como a convivência no serviço têm finalidade terapêutica. Isso é obtido através
da construção permanente de um ambiente facilitador, estruturado e acolhedor, abrangendo várias modalidades de
tratamento.Ao iniciar o acompanhamento no CAPS deve se traça um projeto terapêutico
com o usuário e, em geral, o profissional que o acolheu no serviço passará a ser uma referência para ele. Esse profissional
poderá seguir sendo o que chamamos de Terapeuta de Referência (TR), mas não necessariamente, pois é preciso levar em
conta que o vínculo que o usuário estabelece com o terapeuta é fundamental em seu processo de tratamento.
O Terapeuta de Referência (TR) terá sob sua responsabilidade monitorar junto com o usuário o seu
projeto terapêutico, (re)definindo, por exemplo, as atividades e a freqüência de participação no serviço. O TR também é
responsável pelo contato com a família e pela avaliação periódica das metas traçadas no projeto terapêutico, dialogando
com o usuário e com a equipe técnica dos CAPS. Obtendo assim, um melhor resultado no processo terapêutico.

Preparando o ambiente para acolher, bem os pacientes, o atendimento é mais proveitoso, todos se beneficiam. E a finalidade que é chegar a uma solução proveitosa para ambos é concluida.

Acredito que uma equipe multidiciplinar pode alcançar um resultado amplo, visto que a psicanalise e uma ferramenta de somatória.

Unindo esforços e ouvindo outros pontos de vista, pode se chegar mais próximo do paciente.

Para um melhor acolhimento, escuta e ajuda.

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