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Desafio - Módulo IV

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A constituição de um espaço de cuidado horizontal traz uma grande controvérsia que reside no fato de que pessoas em desvantagem social são as que necessitam de maiores cuidados médicos, consomem menos serviços do que pessoas com melhor condição socioeconômica, a chamada lei do cuidado inverso. No Brasil, discute-se muito sobre igualdade, mas as divergências em nível da necessidade são quase ignoradas, resultando na presença de desigualdade nos cuidados de saúde.

Por isso colocar/discutir um tratamento horizontal neste recurso seria importante e necessário, mesmo que não fosse completo, mas paulatinamente o processo pode ser implantado.

É sabido que o estudo de caso é tido como fundamental para a constituição da psicanálise. Entretanto, destaca-se que a produção científica da área não indica parâmetros para a construção e redação de um estudo de caso, o que comumente produz críticas ao método de pesquisa psicanalítico, colocando-o em uma posição inadequada ou indiferente aos critérios considerados científicos. Neste sentido, objetiva-se, com este trabalho, descrever como a literatura científica em psicanálise tem discutido e situado o estudo de caso, seja enquanto lente metodológica ou objeto de estudo. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados PePSIC e SciELO. Foram utilizados os descritores e operadores booleanos "estudo de caso" OR "relato clínico" OR "caso clínico" OR "construção do caso". O levantamento final resultou em 43 artigos que tratam do estudo de caso em psicanálise. A análise dos materiais se deu pela análise de conteúdo, conforme proposto por Bardin. As categorias formadas foram: "O caso clínico como dispositivo para transmissão da experiência"; "O lugar da escrita na psicanálise"; "A construção do relato clínico"; "Construção do caso x estudo de caso: dispositivos de elaboração"; "A singularidade do caso e o seu caráter ficcional". Além disso, o material analisado pode ser organizado em dois grandes grupos: (1) estudos que tiveram objetivo discutir os aspectos epistemológicos do estudo de caso, segundo os pressupostos teóricos e metodológicos da psicanálise; e (2) estudos que utilizaram um estudo de caso para desenvolver questões ou problemas considerados relevantes para a clínica. Ao final, diante da avaliação dos artigos, sintetizou-se alguns pontos, que podem servir como guias e referências para a construção e a escrita de um estudo de caso em psicanálise.

As modernas concepções sobre o processo e a relação entre saúde e doença, refletem principalmente sobre o usuário, bem como os profissionais de saúde. No caso citado na proposta, um psicanalista inserido na rede de atendimento à atenção básica auxilia na percepção da saúde mental e da história do usuário como fenômenos sociais e históricos, que não podem ser analisados como processos lineares e orientados a partir de sinais e sintomas biológicos. Sendo assim, a psicanálise pode contribuir para as práticas de saúde desenvolvidas nos PSF’s a partir das diferentes noções de sintoma, que de forma interdisciplinar, através de uma abordagem mais humanizada firme um tratamento horizontalizado.

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Wesley Alexei Paiva

Quem escolher a area da saude como profissão, precisar olhar a dor do  próximo com compaixão.

Caso necessário ter uma reunião com todos os profissionais, para oferecer um melhor atendimento e um melhor acolhimento para que os pacientes se sintam bem e que os profissionais da área possa compreender, qual tratamento seria melhor .

Penso ser necessário fazer uma ficha de anamnese onde , com palavras simples, possa se fazer uma abordagem da pessoa necessita como humano, sem palavras que ele não entenda, isso tanto do ponto de vista médico, como do terapeuta, do psicólogo, do psicanalista. Uma abordagem mais humana, com linguagem fácil, faz o paciente, que é quem mais precisa, ficar mais à vontade para responder, falar, contribuir e se deixar ser analisado. Torna-se necessário entender que o ser humano é muito mais que um automóvel, no veículo, a gente manda trocar a peça danificada e fica bom novamente, já com pessoas, tudo precisa ser tratado com compreensão, simplicidade e amor. Não dá para substituir pedaços no ser humano.  É necessário ver a totalidade da pessoa e não somente as partes como numa máquina.  Uma abordagem humanística integral irá, com certeza, ter mais efeito na solução do problema, que é o objetivo das partes.

A atuação do psicanalista vem se tornando hoje tão relevante na saúde pública quanto na clínica privada, e se distribui em todos os níveis de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS): na primária, junto aos postos de saúde e no Programa de Saúde da Família, na secundária, através das policlínicas e ambulatórios, e na terciária, nos complexos hospitalares. Mas, como a função de psicanalista não é regulamentada pelo Estado, a presença desse profissional nos serviços públicos de deve às conquistas da Psicologia como profissão.

Todo tratamento deve ser humanizado, em todos os hospitais, clinicas e por todos os profissionais de saúde, independente do tipo de tratamento. E partindo do pressuposto analítico sobre comportamento, o humano é produto do meio em que está vivendo, seu comportamento e até mesmo a cura é resultado das condições externas e tem efeito sobre ele. Quanto mais humanizado for o ambiente em que ele se encontra, melhor são as chances de um bom tratamento.

A gestão horizontal é uma abordagem que aposta em uma estrutura menos rígida de organização, portanto desenvolver uma atividade que permita uam proximidade maior dos usuários e profissionais dinamiza o processo.

Porque, a relação deixa de ser de cima para baixo, como muitas vezes é considerado aquele que ajuda e aquele que é ajudado. A troca coloca profissional e paciente com a possibilidade de olho no olho, as condições que se encontram são diferentes e o aproveitamento dessas diferenças cria esse espaço acolhedor e horizontal.

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