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Desafio - Módulo VI

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os mecanismos de defesa são descritos e explicados na teoria de Freud, inicialmente a figura ou imagem dos corpos pode ser atribuída ao id. Nessa fase a personalidade da criança ainda esta em desenvolvimento e pode ser considerada para todo efeito como inconsciente. No caso em discussão a criança parece estar nun a fase de transição e tem seus sentimentos recalcados no ciúme da atenção que seu irmão recem nascido recebe dos pais. Rotineiramente é o que acontece nas famílias quanto nasce uma criança que reflete toda a atenção para si. Na fase transitória do id para o ego, a criança começa a formar sua personalidade. Provavelmente esta para substituir um desvio de atenção voltada ao rescem nascido, projetou sua frustração em um objeto imaginário de forma a preencher, mesmo que temporariamente a sua perda.

No caso apresentado a paciente demonstra um comportamento de projeção criando uma fantasia para se proteger do externo. A mente criou um cenário para amenizar o impacto no emocional por se sentir substituída pelo novo irmão.

A menina criou um mundo paralelo onde ela tem domínio das situações que a cerca. Na vida real ela não consegue ter a força que tem na realidade paralela. Mais tarde ela poderá viver de fantasias.

No caso citado de Laura, ela usa o mecanismo de defesa para não demonstrar ciúmes do irmão bebê um bloqueio consciente e voluntário de sentimentos e pensamentos desagradáveis- supressão - criando um personagem de mágico para afastar e manter a distância do consciente “ afetivo” - recalcado.

O modelo da mente proposto por Sigmund Freud é composto por três partes: o id, o ego e o superego. Essas três estruturas trabalham juntas para influenciar o comportamento humano, mas têm funções diferentes e, às vezes, conflitantes.  Existe a  sua interação que forma o aparelho psíquico.

  1. Id: O id é a parte mais primitiva e instintiva da mente. Ele opera de acordo com o princípio do prazer, buscando gratificação imediata das necessidades básicas e impulsos, como fome, sede, sexo, entre outros. O id é totalmente inconsciente e não tem consideração pelas consequências de seus desejos. É como o "eu animal" dentro de nós.
  2. Ego: O ego desenvolve-se a partir do id durante a infância. Ele opera principalmente no nível consciente e é responsável por mediar entre as demandas do id, as pressões da realidade externa e os padrões morais do superego. O ego age de acordo com o princípio da realidade, tentando encontrar maneiras realistas de satisfazer os desejos do id dentro dos limites impostos pelo ambiente. É como o "eu consciente" que percebe e interage com o mundo ao nosso redor.
  3. Superego: O superego surge mais tarde no desenvolvimento da personalidade, representando os valores e padrões morais internalizados da sociedade, bem como os ideais e expectativas dos pais e outras figuras de autoridade. Ele opera no nível pré-consciente e consciente e funciona como uma espécie de consciência, criticando e punindo o ego por comportamentos considerados moralmente inadequados. O superego busca a perfeição e idealizações, muitas vezes gerando sentimentos de culpa quando suas expectativas não são cumpridas. É como o "juiz interno" que avalia nossas ações à luz de padrões éticos e sociais.

A interação entre essas três partes forma o que Freud chamou de aparelho psíquico, ou seja, a estrutura da mente humana. O ego atua como um intermediário entre o id e o superego, tentando equilibrar suas demandas e encontrar soluções que sejam aceitáveis tanto para as demandas instintivas do id quanto para os padrões morais do superego. Quando há conflito entre essas partes, pode ocorrer ansiedade e o ego precisa empregar mecanismos de defesa para lidar com isso, como repressão, negação ou racionalização. O processo de desenvolvimento psicológico ao longo da vida envolve a negociação contínua entre essas três instâncias da mente para alcançar um equilíbrio saudável.

Analisando o caso a inveja em relação ao irmão recém-nascido é um sentimento comum e complexo, enraizado em diversas etapas do desenvolvimento infantil e influenciado por fatores sociais e familiares, onde podemos observar o Complexo Fraternal, que descreve a rivalidade e a ambivalência que surgem entre irmãos devido à competição por atenção, amor e reconhecimento dos pais. A chegada de um novo membro na família pode intensificar esses sentimentos, pois o primogênito pode se sentir ameaçado por sua posição e afeto. Com a chegada do bebê, Laura utiliza o Mecanismo de defesa para lidar com a inveja e a angústia, esse mecanismo ativa a defesa psíquica, como a negação, a projeção e a idealização. No caso do jogo da ilusão/mundo imaginário Laura pode criar um mundo onde ela é o centro das atenções, o bebê não existe ou é inferiorizado, ou ainda onde ela possui características especiais que a diferenciam do irmão.

O jogo, segundo a Psicanálise, é um importante instrumento para a criança expressar seus sentimentos, desejos e conflitos internos de forma simbólica. Através do jogo, a criança pode processar suas emoções, testar diferentes papéis e explorar diversas possibilidades. No caso da inveja em relação ao irmão, o jogo da ilusão permite que a criança dê vazão à sua frustração e angústia de forma segura e criativa.

O que é mais interessante são os mecanismos de defesa que nosso inconsciente utiliza para nos proteger da angústia trazida pelo ciúme.

 

Talvez você não faça idéia de que esses Mecanismos de Defesa do Ego estão lá, quietinhos, esperando o momento certo de serem acionados e te poupar da angústia e frustração que você passa em muitos momentos de sua vida.

 

E é isso que provavelmente queremos entender: “o que se passa na mente quando ela sente aquele ciúme exagerado?”

 

No livro Ciúme Patológico, Passando dos Limites, além das causas mencionadas aqui, ainda são apresentadas outras, como por exemplo a Síndrome do Abandono e Complexo de Édipo, tudo de forma clara, fácil e didática.

 

Muito interessante como usamos esses mecanismos sem perceber.

O mecanismo psíquico que está sendo expresso na história de Laura é a sublimação. A sublimação é um mecanismo de defesa identificado por Freud, no qual impulsos ou desejos socialmente inaceitáveis são redirecionados para atividades socialmente valorizadas e culturalmente aceitáveis.

No caso de Laura, seu impulso de invejar seu irmão recém-nascido, que dominava sua vida, é transformado em um jogo imaginário no qual ela interpreta o papel de um mágico. Nesse jogo, ela canaliza sua energia e imaginação para uma atividade criativa e fantasiosa, em vez de expressar diretamente seus sentimentos de inveja ou ciúme em relação ao irmão.

Ao adotar o papel de um mágico com poderes para transformar o mundo, Laura está encontrando uma maneira de lidar com seus sentimentos de uma forma socialmente aceitável e criativa. Assim, a sublimação permite que ela lide com seus impulsos de maneira adaptativa, sem precisar enfrentar diretamente os sentimentos de inveja ou ciúme.

Na visão da psicanálise, a situação parece estar relacionada ao conceito de "fantasia" e ao mecanismo de defesa conhecido como "sublimação". Fantasia: As fantasias são construções mentais que refletem os desejos e conflitos internos da criança. No exemplo que você deu, a criança tem inveja do irmão recém-nascido e expressa seus desejos através da fantasia de ser um mágico capaz de transformar e mudar o mundo inteiro. Essas fantasias servem como uma forma de lidar com emoções difíceis ou situações não resolvidas. Sublimação: Esse mecanismo de defesa envolve canalizar impulsos ou desejos inaceitáveis para a sociedade em atividades socialmente aceitáveis e culturalmente valorizadas. No caso da criança que deseja mudar o mundo através da magia, ela está redirecionando sua inveja e frustração em uma atividade fantasiosa e criativa. Isso pode ser visto como uma forma de sublimação, onde o impulso original é transformado em algo mais aceitável.

Neste cenário, Laura adota um mecanismo de defesa fantasioso, tentando compensar suas insatisfações criando um mundo paralelo cheio de fantasias, onde tudo ocorre conforme seus desejos. Ao sentir ciúmes do irmão, expressa sua insatisfação e busca modificar a realidade através de um jogo imaginário, onde assume o papel de uma personagem mágica capaz de transformar tudo ao seu gosto.

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