Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo VI

PreviousPage 159 of 178Next

Ela clarament3 esta em estado de negação da realidade. Uma realidade que ela não consegue suportar e a considera inexistente. Ela cria uma fantasia como mecanismo de defesa

Na teoria psicanalítica de Freud, a onipotência é a crença infantil de que os próprios pensamentos e desejos possuem o poder de transformar a realidade. A criança, em sua fase inicial de desenvolvimento, ainda não distingue claramente entre o mundo interno de suas fantasias e o mundo externo da realidade. A menina, ao brincar de mágica, está, na verdade, tentando controlar a situação que a incomoda. Através da magia, ela tenta negar a nova realidade em que o irmão mais novo ocupa um lugar de destaque, desejando, inconscientemente, que ele desapareça ou que sua própria importância aumente.

Laura usa o mecanismo de defesa chamado dissociação, onde ela se desconecta da realidade, dos seus pensamentos, das suas emoções e até mesmo da identidade, se colocando como uma personagem que tem poderes de mudar as situações.

O ego utiliza medidas de defensivas para se defender de ataques das pulsões. Freud verificou que os afetos podiam ser deslocamentos  para pensamentos por meio de mecanismos inconscientes que mais tarde ele próprio designou por dissociação, , recalcamento e supressão. Mais tarde estes pensamentos poderiam vincular os mesmos afetos a outros objetos , projeção.

A  sublimação, por trocar um comportamento que pra ela é inaceitável, a inveja pelo irmão, por um aceitável que fantasiar uma irrealidade, o mágico.

Nessa situação Laura demonstra estar em um processo de inversão que é um mecanismo de defesa que envolve a transformação de um impulso ou emoção em seu oposto. Seu sentimento de inveja decorre do fato de o irmão estar sendo amamentado pela mãe e, em decorrência disto, estar recebendo muito mais atenção dos pais e, especialmente da mãe. Sua inveja surge do fato de ela se comparar com seu irmão recém-nascido e acreditar que está em desvantagem ou que lhe foi tirada a atenção dos pais que considera valiosa. Com o jogo de imaginação ela tenta dar a si mesma uma compensação por não estar recebendo o mesmo cuidado que o irmãozinho. Com o jogo ela busca obter a atenção do analista para si, por meio de sua admiração (que é o sentimento oposto ao da inveja) e desviá-lo de identificar seu sentimento de inveja. Também, com o fato de o “seu” mágico ter o poder de influenciar as pessoas ela tenta dar a si mesma o “poder” de influenciar seus pais para que lhe dispensem maior carinho do que a seu irmão.

Laura está usando de um mecanismo de defesa fantasioso, em uma dissociação da realidade a fim de recusar-se a aceitar a realidade (para si desagradável)

Uma espécie de formação reativa contra o irmão, enquanto cria uma realidade fantasiosa ao qual seus desejos são realizados.

Complexo Fraterno:
O complexo fraterno é um conjunto de sentimentos ambivalentes que uma criança experimenta em relação aos irmãos. Nele, coexistem desejos amorosos e hostis, resultando em sentimentos de ciúme e inveja quando um novo irmão chega à família Laura, ao sentir-se ameaçada pela presença do irmão, pode ter desenvolvido um forte sentimento de rivalidade, o que é comum nesse contexto.

Na tentativa de negar seus sentimentos (negação) a irmã mais velha constrói uma realidade idealizada para si, o que não chega a ser uma racionalização ou intelectualização porque ser uma mágica que resolve os problemas do mundo não adentra no campo da realidade, mas da imaginação. Dessa forma, o mecanismo de defesa que pode explicar essa reação é a identificação, na qual a menina cria uma realidade psíquica alternativa, irreal para suportar e lidar com a dor da inveja do irmão mais novo. É como transportar-se para uma realidade com a qual ela se identifica para criar um invólucro protético de seus sentimentos reais. Não é exatamente um não sentir, mas uma troca, uma ressignificação do sentimento.
Podemos também elucidar a sublimação que é a criação de uma realidade alternativa, nem sempre verdadeira ou racionalizável, mas que conforta e permite o caminhar para frente.

PreviousPage 159 of 178Next