Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo VI

PreviousPage 188 of 198Next

Na situação Laura vê no irmão mais novo como uma ameaça, um inimigo que está ocupando seu espaço conquistado, isso de denomina Complexo de Édipo.

,,,Segundo a teoria de freud o ciume que Laura esta  sentidndo pelo irmão recem -nascido é um fenomeno completamente normal e esperado. Para Freud , chegada de um novo bebe na familia rompe o idilio amoroso que o primogenito , ate então , mantinha  com seus pais , especialmente com a mãe.

Rivalidade a criança mais velha, que sentia o centro das atenções e do amor dos pais, especialmente da mãe , percebe agora a chegada do irmão como um intruso.

Ressentimento O surgimento de um novo irmão desperta em Laura sentimentos intensos de odio, raiva.

Complexo Etipo e ciume competitivo  em relação ao seu irmão pode ser visto como uma extensão ou uma manifestação precoce de complexos maiores .

Os sentimentos de Laura são, para psicanalise , uma resposta natural a uma mudança significativa em sua dinamica familiar e na percepção do seu lugar no amor dos pais. Não é um mau comportamento , mas sim inconccientes e da dificuldade de lidar com a perda da exclusividade.

Laura, por ter sido a primeira, estava acostumada a ser o centro das atenções dos pais, tinha total espaço e afeto somente para ela, quando veio o irmão

Viu como um rival, alguém que dividiria o afeto, espaço, atenção de todos mas principalmente dos seus pais.

bem possivel um ccomportamento de edipo

O mecanismo de defesa expresso na história de Laura é a formação reativa (ou reação formativa). Esse mecanismo ocorre quando o sujeito transforma um impulso inaceitável em seu oposto, de forma inconsciente.

No caso de Laura, o impulso original — a inveja do irmão recém-nascido — não é admitido ou reconhecido conscientemente. Ao invés disso, ele é substituído por um comportamento aparentemente positivo ou compensatório: um jogo imaginativo em que ela se coloca como um mágico transformador, alguém que atua para influenciar e transformar o mundo ao seu redor.

Esse “brincar de ser mágico” representa uma forma simbólica de retomar o controle diante de um sentimento de impotência e rivalidade. Em vez de expressar abertamente a inveja, Laura desloca esse afeto para um campo de fantasia, onde pode reparar, controlar e sublimar o impulso de forma socialmente aceitável.

Esse mecanismo é muito comum no período de latência, quando a criança desenvolve formas mais elaboradas de lidar com seus desejos e afetos, utilizando simbolizações, jogos e imaginação como saídas psíquicas.

Como podemos saber a correta resposta? Vejo que os comentários estão muito diversificados e, inclusive eu, fiquei na dúvida. Na minha opinião ( temos que confirmar ) , o mecanismo de defesa foi o de negação, neste caso a rejeição de um sentimento insuportável ( o ciúme do irmãozinho, que ela ao mesmo tempo que tem raiva,  deveria amar ). Imaginar o mágico seria imaginar alguém que poderia mudar repentinamente aquela situação , aquela realidade, ou seja,  ela nega aquela de forma sutil, por não querer admitir o que sente , mas que é compreensível vindo de uma criança.

Complexo Edipo

Nesse caso é possível observar a Formação Reativa como mecanismo de defesa para evitar a expressão de pensamento ou sentimentos inaceitáveis.

situação descrita, envolvendo uma criança no período de latência que reprime a inveja e o ciúme de seu irmão recém-nascido, manifestando esses sentimentos através de um jogo imaginário de mágico com poderes sobre o mundo, ilustra um mecanismo de defesa psíquico específico. Este comportamento pode ser explicado à luz da teoria psicanalítica freudiana como uma formação reativa combinada com uma fantasia de onipotência e compensação.

Mecanismo Expresso: Formação Reativa e Fantasia de Onipotência/Compensação

  1. Formação Reativa (Reaktionsbildung):
    • Explicação: Este mecanismo de defesa, descrito por Sigmund Freud, ocorre quando um impulso ou desejo inconsciente inaceitável é mantido fora da consciência pela ênfase exagerada no seu oposto consciente. No caso da criança, o impulso de invejar ou sentir ciúme do irmão é considerado "ruim" ou "proibido" (seja por internalização de normas parentais, seja pela própria percepção da criança de que tais sentimentos podem ameaçar o amor dos pais ou o vínculo familiar). Para evitar o reconhecimento e a manifestação direta desses sentimentos negativos, a criança expressa, ou fantasia, um comportamento oposto ou compensatório.
    • No Exemplo: Em vez de expressar a inveja e o ciúme (que a fariam sentir-se pequena, impotente e talvez "má" em relação ao irmão que recebe atenção), a criança "dificultava o quanto podia" a manifestação desse impulso. O jogo de mágico, que lhe confere "poderes para transformar ou influenciar o mundo inteiro", é o oposto direto da sensação de impotência e perda de controle que a inveja e o ciúme do irmão recém-nascido (que altera o mundo dela) poderiam gerar. Ela age "como se" estivesse no controle total, negando a realidade de sua vulnerabilidade ou sentimentos hostis.
  2. Fantasia de Onipotência e Compensação:
    • Explicação: Embora não seja um mecanismo de defesa primário como a formação reativa, a fantasia de onipotência e a compensação são frequentemente utilizadas em conjunto. A fantasia de onipotência é uma ideia ilusória de que se tem poder ilimitado ou que se pode controlar a realidade. A compensação é o ato de superar uma fraqueza ou um sentimento de inferioridade (real ou imaginado) através de um comportamento que busca demonstrar força ou superioridade.
    • No Exemplo: A criança sente que o irmão recém-nascido "tirou" algo dela (a atenção exclusiva dos pais, seu lugar na família). Isso gera nela sentimentos de inveja, ciúme e, implicitamente, uma sensação de perda de poder ou de diminuição. O jogo de mágico, onde ela tem "poderes para transformar ou influenciar o mundo inteiro", serve como uma compensação psíquica para essa sensação de impotência. É uma fantasia de onipotência que a ajuda a lidar com a dor da inveja, restaurando, no plano imaginário, um sentimento de controle e importância que ela sente ter perdido na realidade. A criança não consegue lidar com o "eu" em desvantagem em relação ao irmão, então cria um "eu" fantástico e todo-poderoso para si mesma.

Relação com o Período de Latência

O período de latência (aproximadamente dos 6 anos até a puberdade) é caracterizado por uma diminuição da intensidade das pulsões sexuais e agressivas, com a energia libidinal sendo sublimada e redirecionada para atividades sociais, intelectuais e de aprendizagem. No entanto, os conflitos emocionais não desaparecem; eles podem ser manejados através de mecanismos de defesa mais sofisticados e muitas vezes se manifestam de forma indireta, como através de brincadeiras e fantasias. O jogo imaginário da criança nesse período reflete como ela está processando internamente seus conflitos emocionais de uma maneira menos direta e mais simbolizada.

Em síntese, o curioso jogo de mágico da criança é uma expressão de formação reativa (negando a inveja e o ciúme) e um ato de compensação através de uma fantasia de onipotência, onde ela busca, no plano imaginário, o controle e o poder que sente ter perdido ou que são ameaçados pela presença do irmão. Essa é a maneira do seu Ego lidar com as exigências internas e externas de forma a manter o equilíbrio psíquico.

Aqui o mecanismo de defesa de Laura é o isolamento ela alimenta esse desejo de fazer com que seu irmão desapareça . Ela faz uma separação ente o pensamento e a emoção .

PreviousPage 188 of 198Next