Desafio - Módulo VI
Acredito que, laura está usando "formação reativa" : Ela sente inveja do irmão, mas não consegue admitir isso; Então inventa um jogo onde ela é uma mágica super poderosa. Foi o jeito que ela "criou" para lidar com esse sentimento sem nem perceber. também dá para pensar como uma fantasia, um mundo surreal, porque ela transforma esse sentimento ruim em algo mais criativo e aceitável.
No caso de Laura, o principal mecanismo de defesa que aparece é a formação reativa. Ela sente inveja do irmão recém-nascido, mas como esse sentimento é difícil de aceitar, especialmente numa fase em que a criança já começa a entender as normas sociais, ela reage de forma contrária: inventa um jogo onde tem poderes mágicos, controla o mundo e se mostra poderosa e boa. Essa transformação do afeto em um comportamento oposto é exatamente o que caracteriza a formação reativa — o ego tentando proteger a criança de um sentimento que ela não consegue elaborar diretamente.
Ao mesmo tempo, acho que dá pra pensar também numa dimensão de sublimação. Mesmo que a unidade não aprofunde esse mecanismo, ele ajuda a entender como Laura, ao brincar e criar, encontra uma saída simbólica para sua dor. A inveja, que poderia se transformar em raiva ou retraimento, vira criatividade. O jogo vira um jeito de lidar com o que ela sente — e isso mostra como a criança pode transformar o afeto em algo mais elaborado, mesmo sem saber.
Laura no universo da fantasia ela progeta o desaparecimento do irmão como forma de lidar com a inveja ela representa os desejos inconsciente desejos e vontades imediatas
A história de Laura,foi apresentado por Anna Freud 2006. Que nesse caso indetificou o ego havia mecanismo de inversão, uma espécie de formação reativa de afeto entregando ao mesmo tempo atitude obsessiva, em relação à pulsão foi possível na análise reduzir a presença da inveja do seu irmão sempre que o jogo era repetido.
Fantasia pra lidar com o conflito que ela não consegue resolver nem mesmo nomear esse "sentir".
Uma busca hiperativa com relação ao id pois ele dele que impulsos nos faz questionar a mente humana e seu comportamento num todo
"Identificação projetiva, conceito desenvolvido por Melanie Klein — posição
esquizoparanoide, segundo Volpi (2008, p. 2) “[...] o indivíduo se
identificando com o outro (pessoa ou objeto), cria internamente uma imagem
ou fantasia e projeta isso para fora de si identificando-se com esta fantasia e
construindo uma outra realidade psíquica”
Acredito que ela criou uma fantasia para fugir da realidade, não sofrer com a comparação em relação ao irmão.
Segundo a teoria psicanalítica freudiana, o Ego é a instância psíquica responsável por mediar os desejos inconscientes do Id, as exigências morais do Superego e as demandas da realidade. Para manter esse equilíbrio e evitar o desprazer psíquico, o Ego utiliza os chamados mecanismos de defesa, estratégias inconscientes que permitem a adaptação do sujeito frente a conflitos internos.
No caso de Laura, uma criança em período de latência, observa-se um esforço do Ego para conter um impulso inaceitável: o ciúmes e a inveja do irmão recém-nascido. Incapaz de manifestar diretamente esse sentimento, Laura passa a se engajar em um jogo imaginário no qual interpreta o papel de mágico. Esse comportamento é um exemplo claro do mecanismo de sublimação.
A sublimação consiste na transformação inconsciente de impulsos indesejáveis (muitas vezes de natureza agressiva ou sexual) em formas socialmente aceitáveis ou valorizadas, como a arte, a brincadeira ou a criatividade. No caso, Laura desloca seu impulso hostil para uma atividade simbólica, que lhe permite expressar de maneira segura e aceitável o desejo de controle, poder ou protagonismo diante da situação familiar.
Assim, o jogo de “ser mágico” funciona como um recurso psíquico que protege Laura da culpa e da punição por seus sentimentos negativos, ao mesmo tempo em que permite que esses sentimentos encontrem alguma forma de expressão. Esse tipo de defesa é considerado um dos mais elaborados do ponto de vista do desenvolvimento psíquico, demonstrando como o Ego atua criativamente para preservar a saúde mental do sujeito.
Laura, que está ainda na fase de latência, nutre um sentimento grande de inveja por seu irmão, que - como recém nascido - ocupa praticamente todo tempo e a atenção da sua mãe. Ela conseguiu dificultar ao máximo a identificação desta condição. A observação da analista era que Laura criava um jogo fantasioso em sua mente para poder lidar com este impulso, na tentativa de mudar tudo ao seu redor para uma situação que a causasse conforto e prazer. Buscou em si qualidades que admirava e que achava em sua mente que teriam condições de alterar a sua própria realidade (no caso dela, ela se identificou como um mágico que pudesse alterar tudo a seu favor). Fantasia (criar uma realidade alternativa), identificação (copiar habilidades de alguma pessoa) e introjeção (assumir características de outra pessoa) foram alguns dos mecanismos de defesa que a mente de Laura acabou assumindo com o intuito de chamar a atenção dos pais e conseguir diminuir sua dor/tensão e aplacar a sua inveja pelo irmão
O mecanismo de defesa que está sendo expresso por Laura é o deslocamento, associado à formação reativa e à fantasia onipotente. Como ela não consegue acessar conscientemente o afeto de inveja em relação ao irmão recém-nascido, esse impulso é deslocado para um jogo imaginário em que ela assume o papel de uma figura mágica e poderosa. Assim, o impulso inaceitável (ciúme e desejo de rivalidade) é transformado em uma expressão simbólica, lúdica e aceitável. Esse tipo de mecanismo é comum no período de latência, em que os conteúdos inconscientes são frequentemente recalcados ou expressos por vias indiretas.