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Desafio - Módulo VII

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A interpretação de cada pessoa que levará a crer se a noticia e real ou não.

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Uma imagem é considerada “real” quando provoca uma sensação intensa de veracidade, tocando aspectos profundos e muitas vezes incompletos da experiência humana. No campo da psicanálise, o real não pode ser totalmente representado, mas imagens que geram impacto emocional ou estranhamento podem parecer mais “reais” do que outras.

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As pessoas acreditam em notícias falsas devido a fatores psicológicos, emocionais e sociais: Elas projetam seus medos ou desejos na notícia, tornando-a verdadeira para si mesmas. Identificam-se com narrativas que reforçam suas crenças ou emoções. Buscam informações que confirmem o que já acreditam.Confiam no que parece popular ou vem de fontes percebidas como confiáveis. Falta de habilidade para verificar fontes e analisar informaçõesDesenvolver pensamento crítico e consciência sobre os próprios vieses ajuda a evitar isso.

A maneira como uma imagem é ligada a um determinado fato ou pessoa, se bem articulada por quem a promove, leva outros indivíduos a crerem que a imagem diz respeito à realidade dos fatos. Lembremos: " Nem tudo que reluz é ouro", e mais: " Uma imagem diz mais que mil palavras ". Neste sentido,  podemos afirmar que, inicialmente haverá mais influência nas palavras de alguém, para que se creia na ligação da imagem com o fato, mesmo que a imagem apresentada nada tem a ver com a realidade narrada. Por outro lado, haverá imagem exposta que contará a realidade de um fato ou de um indivíduo, sem a necessidade de acréscimo verbalizado.

Conclusão: Se faz necessário a análise para quaisquer fato e a Psicanálise é em nosso contexto analítico, uma essencial ciência ferramenta pela qual, buscamos desvendar caminhos representados, pela exposição de figuras por parte de indivíduos e contextos da sociedade.

1 - Dentre os parâmetros que modelam nossa percepção de "real" temos marcadores visuais da imagem, que influenciam na modalidade da imagem. Dentro da modalidade a credibilidade é um aspecto marcante trazido pelo contexto histórico-social do sujeito.

2 - Por conta de a "fonte" dos boatos terem vindo de policiais, que são vistos comumente como "autoridades".

A percepção de uma imagem como "real" ou mais "real" do que outras pode ser influenciada por diversos fatores que envolvem a estética e a forma como o conteúdo é apresentado. As Imagens que pela percepção parecem não serem manipuladas, com características de do cotidiano, podem ser vistas como autênticas. A presença de imperfeições, como iluminação natural e ângulos informais, também podem aumentar a credibilidade dessa imagem.

Dentro de um contexto, a forma de como a imagem é apresentada na construção de uma narrativa , e seu contexto em relação a eventos atuais pode influenciar a percepção de realismo. Imagens que estão alinhadas com um acontecimento em destaque tendem a ser vistas como mais relevantes.

Imagens que evocam emoções fortes como: tristeza, raiva ou alegria, numa narrativa de um apelo emocional, podem fazer com que as pessoas se conectem a elas de forma mais profunda, levando a uma aceitação mais rápida da mensagem transmitida.

Deve- se levar em conta também a reputação da página da rede social que publica a imagem e a notícia, pode fazer uma grande diferença. Se a fonte for considerada confiável, os leitores poderão aceitar as informações sem questionar.

Uma importante observação que dece ser feita é Influência de grupo, quando várias pessoas compartilham a mesma imagem ou notícia, isso pode criar um efeito de validação social, onde os indivíduos sentem que a informação é verdadeira apenas porque muitos outros também a acreditam, unificada a uma narrativa, o texto que acompanha a imagem pode reforçar a ideia de realidade. Uma descrição convincente ou um apelo à emoção pode fazer com que a imagem pareça mais autêntica.

A rapidez com que as informações se espalham e a falta de verificação dos fatos contribuem para essa aceitação e transmissão de uma informação que pode até mesmo como vimos nessa história gerar uma tragédia.

A credibilidade de uma imagem faz parte de uma construção social, coletiva. Os padrões que caracterizam uma imagem mais “real” são contextuais, relacionais e variam conforme o tempo, com o espaço, com o sujeito que vê a imagem, com a situação de interação entre os sujeitos, e entre outros elementos. Foi o que aconteceu com os leitores da rede social mencionada. O retrato falado divulgado na página da rede social estava em uma versão de pouca nitidez e baixa qualidade técnica, que mal dava para diferenciar a suspeita de qualquer outra mulher comum de seu bairro. A notícia divulgada tinha intenção de atrair a leitura por grande quantidade de pessoas e assim cumpriu seu intento. Esses fatores, aliados à falta de maiores informações, falta de visão do “outro”, falta de compreensão das condições sociais precárias da suposta criminosa, e à falta de entendimento de não terem direito de exercerem juízo sobre qualquer suspeito levou ao julgamento errôneo que culminou com a violência e a morte de Fabiana. Durante o linchamento, inclusive, ela ainda tentou se defender com palavras, mas não teve condições por que o ódio contra gerou agressão contínua, a ponto de ser fatal. Por isto é necessário refletir sobre a relação entre imagem e real para evitar prévios julgamentos e atitudes, bem como o uso da violência pela violência.

Analisando a manchete "Mulher morta após boato em rede social, é enterrada no Guarujá" sob a ótica dos três paradigmas lacanianos.

A tragédia ocorrida em Guarujá, resultado da disseminação de um boato nas redes sociais, oferece um terreno fértil para uma análise sob a perspectiva da teoria lacaniana. Os conceitos de real, simbólico e imaginário podem nos ajudar a compreender os mecanismos psicológicos que levaram à violência e à morte de uma pessoa inocente.

1. O que caracteriza uma imagem como "real" ou "mais real" que outras?

Na teoria lacaniana, o real não é o que se apresenta como objetivo ou factual, mas sim aquilo que escapa à simbolização e à representação. É um núcleo traumático, impossível de ser totalmente apreendido pela consciência. No entanto, a imagem, enquanto elemento do imaginário, pode funcionar como um ponto de fixação para o real, oferecendo uma representação parcial e fantasmática dele.

O que torna uma imagem "mais real" para um sujeito não é necessariamente sua correspondência com um objeto externo, mas sim a intensidade com que ela é investida libidinalmente. No caso do boato, a imagem da suposta sequestradora, carregada de afetos como medo e raiva, foi projetada sobre a vítima, transformando-a em um objeto de desejo e de ódio. A intensidade dessa projeção fez com que a imagem se impusesse sobre qualquer outra consideração racional, tornando-a "mais real" para os agressores.

2. Por que os leitores da rede social que veiculou o "boato" mencionaram o que foi divulgado como "real"?

A resposta a essa pergunta envolve a complexa articulação entre os três registros lacanianos:

* Simbólico: A linguagem, presente nas redes sociais, constitui o tecido simbólico da nossa cultura. As palavras, as imagens e os vídeos circulam nesse espaço, organizando nossa experiência e dando sentido ao mundo. No caso do boato, a linguagem foi utilizada para construir uma narrativa que, embora falsa, se inscreveu no imaginário coletivo, adquirindo uma força simbólica.

* Imaginário: A imagem da sequestradora, como vimos, foi investida de uma carga afetiva intensa, tornando-se um ponto de fixação para os desejos e medos dos indivíduos. A identificação com a figura do justiceiro, que pune o mal, também desempenhou um papel importante nesse processo.

* Real: O real, como mencionado anteriormente, é aquilo que escapa à simbolização. No caso do linchamento, o real se manifesta na violência irracional, na perda de controle e na destruição. O ato de agredir a vítima foi uma tentativa desesperada de dominar o real, de dar um fim à angústia provocada pela incerteza e pelo medo.

Os leitores da rede social que acreditaram no boato e participaram do linchamento o fizeram porque a imagem da sequestradora se tornou para eles uma representação do real, um ponto de fixação para seus medos e angústias. Ao agredir a vítima, eles tentavam dominar o real, expulsá-lo de seu mundo simbólico.

Em resumo, a tragédia de Guarujá nos mostra como a articulação entre o real, o simbólico e o imaginário pode levar a consequências devastadoras. A disseminação de boatos nas redes sociais, ao explorar os mecanismos psíquicos da identificação, da projeção e da fantasia, pode desencadear processos de violência e exclusão social.

A caracterização de uma imagem como real ou mais real que outras está intimamente ligada à sua capacidade de representar a realidade de forma convincente e à credibilidade que os espectadores atribuem a ela. Vários fatores influenciam essa percepção, incluindo a qualidade técnica da imagem, o contexto em que é apresentada e a familiaridade do público com o conteúdo. Credibilidade da fonte, manipulação visual, contexto emocional, reforço social. expectativas culturais.

1- imagem “real” e mais “real “,pois depende de várias situações como contexto sócio cultural,sensacionalismo,etc

2-Tomaram como real as imagens porque não refletiram se poderia ser de fonte duvidosa .

 

Acredito que por meio de informações inverídicas,devido a falta de buscar investigar os fatos, e com isso vimos que o sensonalismo que muitas das vezes a mídia se propõe fazer em matérias, aguça a sociedade arrumar de forma subjetiva algum culpado.

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