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Desafio - Módulo VII

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A imagem é experimentada por meio dos sentidos, mas a percepção sobre a mesma dependerá da representação social que as pessoas tem sobre  a realidade. Ou seja, os padrões que caracterizam uma imagem como mais ou menos "real"  são contextuais, racionais e variam conforme o tempo e o espaço, o sujeito que a vê e a situação de interação entre os sujeitos.

 

A imagem - no caso o retrato de uma mulher criminosa - foi a forma utilizada para expressar uma dada realidade e a sua relação com ela: identificar a suspeita. Porém, há muitas formas de olhar para o mundo. O ato de ver dialoga com os filtros, os julgamentos coletivamente construídos, aos quais poucas vezes as pessoas têm acesso e compreensão conscientes.

Uma imagem é considerada "verdadeira" ou mais "verdadeira" que outras quando é percebida como uma reprodução exata da realidade, sem alterações ou distorções notáveis. Isso pode ser afetado por diversos elementos, como a credibilidade da fonte, o contexto de exibição e a qualidade da imagem.

Dito isso, as pessoas podem muitas vezes acreditar por causa de diversos fatores, como a viralização, que faz com que a imagem ganhe uma aura de credibilidade. A falta de verificação, os impactos emocionais e o contexto social-cultural também permitem que as pessoas interpretem quaisquer informações que apareçam em sua tela dentro de uma percepção falsamente real.

Essa história mostra como imagens e informações podem ser mal interpretadas e espalhadas a uma taxa alarmante nas redes sociais, o que, por sua vez, leva a consequências trágicas na vida real. Isso demonstra a necessidade de uma abordagem mais crítica e consciente em relação ao consumo de informações e sua veiculação, especialmente nas redes sociais, onde o crivo de julgamento tende a ser menos criterioso.
O caso também me faz questionar sobre a dificuldade de reconhecer a relação entre imagem e realidade, especialmente no caso das redes sociais, já que o  real e o imaginário se encontram diariamente.

Então, esse foi o caso de Fabiane Maria de Jesus e serve como um alerta para os perigos da desinformação e da violência nas redes sociais. É fundamental desenvolver o senso crítico e verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las.

A notícia que você mencionou remete ao caso de Fabiane Maria de Jesus, que foi linchada e morta em 2014, no Guarujá (SP), após ser confundida com uma suposta sequestradora de crianças. Esse caso trágico nos leva a refletir sobre o poder das imagens e a fragilidade da informação nas redes sociais.

 

O que caracteriza uma imagem veiculada como "real" ou "mais real" que outras?

 

Na era digital, a percepção de "realidade" de uma imagem é influenciada por diversos fatores:

- Autenticidade aparente: Imagens que parecem não ter sido manipuladas ou que retratam situações cotidianas tendem a ser vistas como mais reais.

- Contexto e narrativa: A forma como uma imagem é apresentada, acompanhada de legendas ou notícias, influencia sua interpretação.

- Emoção e impacto: Imagens que despertam fortes emoções, como medo ou indignação, podem ser consideradas mais reais, pois afetam diretamente o espectador.

- Viralização e repetição: Imagens que se espalham rapidamente nas redes sociais ganham um status de "realidade compartilhada", mesmo que sejam falsas.

 

Por que os leitores da rede social mencionada tomaram a imagem e notícia divulgada pela mesma rede como real?

 

Diversos fatores contribuíram para que a imagem e a notícia fossem tomadas como verdadeiras:

- Confiança na fonte: As redes sociais são vistas por muitos como fontes de informação confiáveis, mesmo que não haja verificação dos fatos.

- Apelo emocional: A notícia do sequestro de crianças despertou um forte sentimento de medo e indignação, levando as pessoas a acreditarem na informação sem questionar.

- Efeito manada: A viralização da notícia criou um senso de "verdade coletiva", onde a repetição da informação reforçou sua credibilidade.

- Falta de senso crítico: A velocidade e o volume de informações nas redes sociais podem dificultar a análise crítica e a verificação dos fatos.

Uma imagem é tomada como real ou não de acordo com a interpretação das pessoas que a veem. O contexto das pessoas que leram a notícia em questão fez com que estas se identificassem com a situação.

Atribuímos realidade às imagens que acessamos influenciados pelas nossas crenças, valores e experiências prévias. De acordo à percepção que temos sobre quem somos e o contexto ao qual fazemos parte, validamos e/ou reconhecemos as imagens como reais ou não. Este fato influenciou as pessoas a cometerem o crime de divulgar notícia sem saber a fonte, a veracidade da informação, ao crime de tirar a vida de uma pessoa que "parecia" uma acusada por outros crimes. O que foi tido como uma imagem real criou uma realidade criminosa e que perpetua crenças e comportamentos, resultando numa imagem real de violência explicada pela inconsistência humana de definir o que é real a partir de uma percepção ilusória e superficial.

Uma imagem parece ''mais real'' quando é amplamente compartilhada, tem linguagem convincente e confirma crenças ou medos das pessoas, mesmo sem provas.

Os leitores acreditaram porque foram influenciados pelo medo, pela rapidez da informação nas redes sociais e pela falta de checagem, levando à reação impulsiva.

O modelo de publicidade de qualidade que está voltada para um publico mais adulto e bem informado onde jornalismo e publicidade se misturam que não sejam tão intrusivos, mas que porem também não se escondam, mas tente forma parcerias verdadeiras, de acordo com a fonte bem como, as opiniões que a cercam. Esse nicho, pensa bastante na rede de newsletters e como elas são como, quais são suas perspectivas sobre ela.

  1. O que caracteriza uma imagem veiculada como real ou mais real que outras?

Aparência de Autenticidade:

Imagens que parecem não editadas ou que mostram detalhes "crus" podem ser percebidas como mais reais.

A familiaridade com o conteúdo visual (pessoas, lugares, eventos conhecidos) reforça essa sensação.

Apelo às Emoções:

Imagens que evocam fortes emoções (medo, alegria, indignação) tendem a ser mais impactantes e, portanto, percebidas como mais reais.

A emoção pode obscurecer o pensamento crítico, levando à aceitação da imagem sem questionamento.

Validação Social:

Quando muitas pessoas compartilham e comentam uma imagem, isso cria um senso de validação coletiva, aumentando a percepção de realidade.

A influência de figuras de autoridade ou de pessoas com grande número de seguidores também é relevante.

Confirmação de Preconceitos:

As pessoas tendem a aceitar mais facilmente informações que confirmam suas crenças e preconceitos preexistentes.

As mídias sociais fornecem algoritmos que tendem a mostrar para cada pessoa o conteúdo que ela mais interage, sendo assim, a pessoa se mantém dentro de sua bolha social, e esse fenômeno pode levar a uma distorção da realidade.

  1. Por que os eleitores de uma rede social mencionada tomaram a imagem e a notícia divulgada pela mesma rede como real?

Viés de Confirmação:

Os eleitores podem ter buscado informações que confirmassem suas opiniões políticas, ignorando ou descartando evidências contrárias.

A rede social, por meio de algoritmos, pode ter reforçado esse viés, apresentando apenas conteúdos alinhados com suas crenças.

Identificação com o Grupo:

A necessidade de pertencimento a um grupo pode levar os eleitores a aceitar informações sem questionamento, a fim de manter a coesão com seus pares.

A pressão social dentro da rede social pode inibir o pensamento crítico e a busca por fontes alternativas.

Desconfiança das Mídias Tradicionais:

A crescente desconfiança em relação às mídias tradicionais pode levar os eleitores a buscar informações em fontes alternativas, como redes sociais, que muitas vezes carecem de verificação rigorosa.

As informações que circulam nas redes sociais, muitas vezes, são de difícil verificação, e podem ser criadas com o intuito de desinformar.

Impacto Emocional:

Notícias e imagens que apelam para as emoções podem gerar uma resposta imediata, sem tempo para reflexão crítica.

O medo e a raiva, por exemplo, podem levar os eleitores a compartilhar informações sem verificar sua veracidade.

Em resumo, a percepção da realidade nas redes sociais é um processo complexo, influenciado por fatores psicológicos, sociais e tecnológicos. A psicanálise nos ajuda a entender como esses fatores podem levar à aceitação de informações falsas ou distorcidas.

A semelhança entre elas tornou-se a imagem de certo modo ''real'' e a credibilidade dessa pagina foi um ponto crucial

 

 

R-1 — A força da identificação, quando uma imagem desperta emoções intensas, como raiva ou indignação, ela parece mais “real” porque o sujeito se identifica diretamente com o conteúdo. Nesse caso, a repetição da validação coletiva na rede cria uma ilusão de verdade. E a velocidade da informação digital muitas vezes impede a reflexão crítica, levando a aceitação imediata da imagem como verdadeira. Em resumo, uma imagem parece mais “real” que outra quando o sujeito, preso no registro Imaginário é guiado pelas validações do Simbólico, ignora a possibilidade do engano. O risco está na precipitação de julgamentos e ações, que frequentemente resultam em tragédias quando o Real se manifesta brutalmente.

R-2 — A fusão entre o Imaginário e Simbólico, somada ao impacto emocional do Real, criam um ambiente propício para que imagens e notícias sejam tomadas como verdadeiras sem questionamentos. Para romper com essa lógica, é necessário desenvolver uma postura crítica e reflexiva, questionando os próprios afetos envolvidos na interpretação da realidade.

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