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Desafio - Módulo VII

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Positiva ou negativamente, a notícia sempre vai chamar a atenção. Mas o que vai determinar o seu alcance, é a capacidade de filtragem e entendimento daqueles que a recebem.

Para contextualizar, vivemos em um tempo de certa "sede" por justiça, muita insatisfação com o sistema penal, certa sensação de impunidade e exacerbado senso comum, o que acentua as possibilidades de ver com os olhos, mas não raciocinar com a mente, ou simplesmente não permitir a maturação das informações em seu processo natural de identificação.

A imagem, como alguns colegas disseram facilita a absorção e assimilação do que se pretende mostrar, no entanto, como aprendemos neste modulo, deve se ter o cuidado de investigar  e discernir entre o imaginário, o real e o meu imaginário e o meu real, pois, principalmente em um tempo de tantas imagens, as pessoas se perdem no meio de tantas "verdades"

Creio, serem estas, dentre outras que merecem uma investigação mais ampla, algumas das razões por que aceitaram, sem certeza aquela imagem e realizaram aquela atrocidade sem precedentes e altamente irresponsável. Vem daí uma amplificação de nossa responsabilidade com o desenvolvimento de um senso critico salubre e que tenha o discernimento como forma de regulação de nossas ações.

Infelizmente, este não foi o primeiro e nem será o ultimo caso, uma vez que a própria autoridade policial comete erros grotescos de identificação por foto e retrato falado, complicando a vida de pessoas inocentes, que tem sua vida revirada de cabeça para baixo e que mais cedo ou mais tarde precisarão de terapia e analise para tentar suportar as pressões da irresponsabilidade da autoridade.

O ‘real’ e o ‘mais que real’ estão relacionados com a representação que fazemos dele e não com a sua correspondência objetiva. Nesse sentido, a credibilidade da mensagem é fundamental, lembrando que a credibilidade varia de sociedade para sociedade uma vez que é culturalmente marcada por referências significativas àquela comunidade. Essa variação também é histórica, pois se dá ao longo do tempo. Dentro de cada cultura é possível encontrar diferentes formas de observar uma mesma imagem. O que faz essa imagem ser mais “real” são seus aspectos contextuais e relacionais. Esses, por sua vez, vão variar de acordo com o tempo, o espaço, o sujeito que a vê, a situação de interação entre os sujeitos, entre outros elementos.

A imagem é uma forma de expressão humana cuja percepção e interpretação estão para além dos sentidos. Ela constitui também um olhar sobre o sujeito, o mundo e o real. Esse olhar é variável ao longo do tempo e também muda de acordo com espaço, sociedade, contexto, etc. Nesse sentido, o linchamento se deu como uma forma de transferir a indignação em relação aos atos de violência contra crianças, permitindo aos agressores “purificar” sentimentos reprimidos e, em paralelo, dar um recado aos demais integrantes daquela sociedade que esse tipo de violência não será tolerado.

  1. O que caracteriza uma imagem veiculada como “real’ ou mais ‘real” que outras?

O que caracteriza uma imagem veiculada como “real” ou mais “real” que outras, baseando-se em Kress e Van Leeuwen, são que marcadores visuais das imagens permitem que elas sejam interpretadas como mais ou menos “credíveis”. O autor da imagem usa elementos visuais que pode atribuir credibilidade a imagem, como no caso proposto, trata-se de imagem “retrato falado” feito por policiais da 21ª.DP de Bonsucesso em agosto de 2012. Logo, o fato de ser “retrato falado” feito por profissionais qualificados deu credibilidade ao assunto.

2) Por que os leitores da rede social mencionada tomaram a imagem e notícia divulgada pela mesma rede como real?

Os leitores da rede social tomaram a imagem e notícia divulgada pela mesma rede como real, devido ao vídeo que fora postado por um cinegrafista amador, onde a mulher acusada tenta se defender e não consegue. A gravação da filmagem junto com a imagem do retrato falado corrobora com a credibilidade da notícia. Isso associado com o fato de ser sequestradora de crianças que praticava rituais de magia negra desencadeia sentimentos agressivos e de violência na sociedade.

Assim, os padrões que caracterizam uma imagem mais “real” são contextuais, relacionais e variam conforme o tempo, o espaço, o sujeito que a vê, a situação de interação entre os sujeitos, entre outros elementos. Vale dizer, que devemos refletir sobre a relação entre imagem e real para evitarmos julgamentos e atitudes que levam a violência.

a internet é um veiculo que mexe com o real e a fantasia, e muitos por não conhecerem o que é verdadeiro ou fantasia acabam acreditando no que é postado, que horrível essa situação dessa moca.

muitos acreditando no que veem sem pelo menos averiguar primeiro as informações, averiguar se as fontes são seguras.

A mídia, qual seja o meio utilizado, tem o "poder", tanto para veicular notícias verdadeiras (boas ou ruins), as quais levarão ao público, informações, bem como, pode veicular notícias falsas ou sem embasamento (fake news).

O que pode acontecer como consequência dessas notícias, é responsabilidade de quem veiculou, tanto quanto de quem, envolto por emoções, utilize meios violentos para fazer justiça com as próprias mãos.

É fato que determinadas notícias abalam nosso interior, mas compete a nós a reação: deixar as autoridades lidarem com os casos que lhe competem; ou desvairar e, loucamente, regredir, deixando a humanidade de lado e agir como animais irracionais.

Cada um tem seu próprio ponto de vista de determinada situação.

A  "realidade"da notícia vai depender não só da forma como foi elaborada e dá intenção do autor, mas também da interpretação do outro, e a interpretação tem a ver com a cultura,  a identidade construída, a forma de ver a vida e o mundo, além do poder de convencimento que a mídia exerce publicando parcialidades convenientes.

Notícias dadas por grandes veículos de informação,seja redes sociais ou rádio/tv são sempre geradoras de grandes repercussões.

A falta de conhecimento e de verificação da veracidade da notícia dada,mexeu com o "psicológico" das pessoas..como a "notícia"dada teve grande impacto de quem as leu,gerou esse trágico fim de uma pessoa inocente.

Ao meu ver, uma imagem por mais clara e objetiva que possa ser jamais vai transmitir a mensagem sozinha. Na era da tecnologia e das redes sociais temos enfrentado uma verdadeira onda de desinformação, e pessoas tem sido prejudicadas pela má interpretação não apenas das imagens, mas também da mensagem que muitas vezes acompanha a imagem. Se faz necessário atestar a veracidade do que está tentando ser transmitido. Daí nós recaímos em outro grande problema, a geração presente tem se mostrado em sua grande maioria incapaz de ler um texto de três linhas muitas vezes e conseguir decodificar o que está sendo transmitido. Estamos vivendo uma era de analfabetismo digital.

A dimensão real dos dias de hoje do poder mídiatico,com um boato que produz vitimas que não são online são vidas, que com temores imaginários e ameaças reiteradas pela mídia com boatos que alimentam a  cultura do medo, que acaba se refletindo a todos os cidadãos, hoje vivemos com menos alteridade e não se reconhece no outro a diferença e a singularidade que mereciam ser preservadas. Todavia é preciso perceber que o medo quando é socialmente exteriorizado diminui e extingue até o senso crítico daqueles que compartilham noticias assim, e são tomados de uma dominação baseada na manipulação dos boatos e da emoção que surge das fake news. Criada a situação cria se também o algoz. O dramático desse quadro é a possibilidade de dar um rosto imaginado ou inventado e a capacidade das pessoas de serem confundidos com o que é real ou imaginário ,e esse rosto vai enfrentar  e encarnar o mal de toda uma sociedade ,canalizar a vingança de todos sem se importarem se é culpada ou inocente.

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