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Desafio - Módulo VIII

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Cada uma das teorias auxilia em uma parte da análise do comportamento social, juntas, temos uma visão global do cenário, desafios, necessidades, valores e oportunidades, da representação coletiva.

Analisar o ser humano como uma pessoa que interage e influencia o meio e que o meio também tem o poder de interagir e influenciar o indivíduo.  E que essa influenciação e fruto do meio, do cultural de cada povo. E que essa influenciação está sujeito a mudanças no tempo e espaço apesar das suas raízes no inconsciente coletivo dos povos e importante para podermos ver o ser humano como uma obra inacabada que sempre está em ato de se auto recriar e renovar constante. Que tem que ser visto como um ser novo a cada olhar.

 

1. Ferramentas/metodologias da Psicologia Social para identificar o envolvimento do indivíduo com a sociedade.

 

 

2. Principais correntes/abordagens da Psicologia Social que explicam como se dá a relação indivíduo–sociedade.

 

 

 

 

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1. Ferramentas da Psicologia Social para identificar o envolvimento do indivíduo com a sociedade

 

A Psicologia Social busca compreender como pensamentos, sentimentos e comportamentos humanos são moldados pelas interações sociais. Para analisar o envolvimento do indivíduo com a sociedade, algumas ferramentas e métodos são utilizados:

 

Observação participante e não participante: análise do comportamento do indivíduo em grupos, movimentos sociais, comunidades ou organizações.

 

Entrevistas e questionários: coleta de percepções sobre pertencimento social, identidade, engajamento comunitário e valores.

 

Escalas psicométricas: instrumentos padronizados (ex.: escala de identidade social, de participação comunitária, de autoeficácia coletiva).

 

Análise de discurso e de narrativas: estudo de como as pessoas constroem sentido sobre seu papel social, suas identidades e experiências coletivas.

 

Experimentos sociais controlados: para investigar fenômenos como conformidade, obediência, influência de grupos e tomada de decisão coletiva.

 

Pesquisas de redes sociais (offline e online): avaliação de conexões, interações e níveis de influência em comunidades reais ou virtuais.

 

Estudos de campo em psicologia comunitária: identificação de engajamento em associações, movimentos populares, atividades culturais e religiosas.

 

 

 

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2. Correntes da Psicologia Social (ou “psicologia da sociedade”)

 

A Psicologia Social não é homogênea: diferentes correntes explicam de modos diversos a relação entre indivíduo e sociedade.

 

🔹 Psicologia Social Norte-Americana (experimental/cognitiva)

 

Baseada no modelo das ciências naturais, com foco em métodos experimentais.

 

Investiga como percepções, atitudes e cognições sociais influenciam comportamentos.

 

Fenômenos centrais: conformidade (Asch), obediência (Milgram), preconceito, estereótipos e persuasão.

 

Entende o indivíduo como um processador de informações em interação com contextos sociais.

 

 

🔹 Psicologia Social Europeia (sócio-construcionista)

 

Valoriza o papel da linguagem, cultura e história na construção da realidade social.

 

Trabalha com representações sociais (Serge Moscovici) – como grupos constroem saberes compartilhados.

 

Analisa discursos, identidades coletivas e práticas sociais.

 

 

🔹 Psicologia Social Crítica (América Latina e Europa)

 

Influenciada por autores como Martín-Baró, Foucault e Paulo Freire.

 

Busca compreender relações de poder, exclusão social, violência e opressão.

 

Dá ênfase à transformação social e emancipação coletiva.

 

Atua em comunidades, movimentos sociais e práticas de resistência.

 

 

🔹 Psicologia Comunitária

 

Foca no fortalecimento da participação cidadã e do senso de comunidade.

 

Valoriza práticas de intervenção social (ex.: projetos em escolas, periferias, associações locais).

 

A ênfase está em empoderamento, redes de apoio e mudança social.

 

 

🔹 Abordagens Socioculturais (Vygotsky, Mead)

 

A identidade do indivíduo é construída nas interações sociais e culturais.

 

O sujeito não é isolado, mas formado pela internalização de práticas e símbolos coletivos.

 

 

 

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✅ Em resumo:

 

As ferramentas da Psicologia Social permitem observar, medir e interpretar o nível de engajamento social do indivíduo.

 

As correntes teóricas oferecem diferentes lentes: algumas focam na cognição individual (EUA), outras nas representações coletivas (Europa) e outras na transformação social e comunitária (América Latina).

A Psicologia Social utiliza diferentes correntes teóricas como ferramentas para compreender a relação entre indivíduo e sociedade. Durkheim destacou as representações coletivas, Moscovici as representações sociais, Levy-Bruhl as mentalidades primitivas, enquanto Freud e Jung trouxeram o olhar da psicanálise. Já a psicologia social contemporânea se divide em vertentes psicológica, sociológica e crítica. Cada uma oferece uma perspectiva única e complementar, permitindo uma visão mais completa dos fenômenos sociais.

A perspectiva de Durkhein que sintetiza o que os homens pensam de si mesmos, a análise interacionista de sujeito e objeto de Moscovici, com o estudo das representações coletivas de Lévy-Bruhl, além da visão psicanalítica de Freud, trazendo às necessidades do indivíduo, adicionalmente ao conhecimento de inconsciente coletivo de Jung,  adicionalmente a outros conhecimentos de outras matrizes epistemológicas dentro da psicologia trazem uma visão integrada, considerando aspectos diferentes, que podem se complementar entre si ou mesmo trazerem uma outra perspectiva não vista até então. Todo corpo de conhecimento auxilia em uma nova visão e uma nova forma de pensar, ampliando a visão do todo sobre os indivíduos, o planeta e tudo que nos influencia.

Ao falarmos das teorias podemos destacar que as mesma representam um papel importante, para entender o contexto social e psicológico.

A psicologia social está ligada ao modo como o indivíduo se relaciona com o meio em que vive.As várias vertentes apesar de diferentes se completam e colaboram com o ser humano.

A psicologia social é um método como os seres humanos pensam a respeito de tudo do seu redor , e irá intervim em todo o seu comportamento.

A metáfora proposta mostra que, assim como usamos ferramentas variadas para abrir uma caixa, a Psicologia Social utiliza diferentes correntes teóricas para compreender a interação entre indivíduo e sociedade. A psicanálise, por exemplo, contribui ao revelar o papel do inconsciente coletivo (Jung) e das forças da libido e do amor (Freud) que sustentam vínculos sociais. Já Durkheim destaca a função das instituições e normas como estruturantes da vida coletiva. Moscovici acrescenta a importância das representações sociais, ou seja, como os grupos produzem sentidos compartilhados que orientam práticas cotidianas. Por sua vez, Lévy-Bruhl evidencia a mentalidade simbólica e mágica, lembrando que nem toda forma de racionalidade é lógica, mas pode expressar a vivência coletiva. Assim, cada autor oferece uma “ferramenta” para retirar camadas de proteção e acessar a complexidade do fenômeno social, mostrando que indivíduo e sociedade são inseparáveis e que múltiplas lentes enriquecem a compreensão da realidade.

Experimental/ Tradicional: comportamento humano em situações controladas.

Crítica/ Sociológica: relações de poder, cultura e desigualdade.

Interacionista: construção de significados e subjetividade.

Comunitária: aplicação prática para transformação social.

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