Desafio
A percepção é um processo ativo influenciado por fatores como a atenção, experiências passadas, crenças e cultura, que moldam como interpretamos o que os sentidos captam.
A Sensação é o processo fisiológico de os órgãos sensoriais (olhos, ouvidos, pele) detectarem estímulos do ambiente ou do próprio corpo, como luz, som, pressão ou movimento.
Esses fenômenos pode sofrer influência da cultura. Ao observar o próprio corpo, as marcas do tempo, podemos nos sentir velhos feio, referente ao padrão de beleza que nos impomos.
a) Em que momento da situação descrita é possível identificar o fenômeno da sensação? Que característica definidora desse fenômeno tornou possível a sua identificação?
O fenômeno da sensação aparece quando Juliana olha no espelho e observa sinais físicos, como rugas e linhas em seu rosto. A característica que define esse fenômeno é a captação direta de estímulos pelos órgãos dos sentidos (visão, no caso), ou seja, ela percebe de forma imediata as mudanças em sua pele.
b) Em que momento da situação é possível identificar o fenômeno da percepção? Qual a característica definidora desse fenômeno e de que forma a cultura o está mediando?
O fenômeno da percepção ocorre quando Juliana interpreta os sinais que viu (rugas e linhas) como algo negativo, associando-os à velhice e à feiura. A característica que define a percepção é a interpretação subjetiva do que foi sentido, influenciada por valores, crenças e significados sociais. Nesse caso, a cultura atua mediando essa percepção, pois o padrão social de beleza valoriza a juventude e a pele sem marcas, fazendo Juliana acreditar que envelhecer a torna menos bonita e menos valorizada.
O padrão de beleza atual impõe uma pressão constante sobre as mulheres para manterem uma aparência jovem e vibrante. Desde cedo, muitas sentem a necessidade de estar sempre com o cabelo pintado, evitando o branco que denuncia a passagem do tempo. A busca por uma pele sem rugas e linhas de expressão é incessante, pois a sociedade valoriza a aparência de uma jovem de 20 anos, independentemente da idade real.
Essa preocupação com a juventude faz com que muitas mulheres tenham dificuldade em aceitar a velhice. Elas lutam contra sinais naturais do envelhecimento, como o aparecimento de rugas, flacidez e manchas na pele, que começam a se tornar mais evidentes ao se olharem no espelho. O corpo também revela os efeitos do tempo, com mudanças na elasticidade, perda de volume e outras marcas que parecem desafiar a busca pela perfeição estética.
A resistência em aceitar esses sinais é grande, pois o padrão de beleza muitas vezes associa a juventude à beleza, à vitalidade e ao valor social. Assim, a velhice é muitas vezes vista como algo a ser disfarçado ou evitado, o que pode gerar frustração e insegurança. No entanto, é importante refletir sobre a beleza que vem com a idade, valorizando a experiência, a história de vida e a autenticidade que cada fase traz.
Pois bem, com base no que estudamos nessa unidade, diante o contexto apresentado acima, podemos afirmar que:
Sensação: corresponde ao processo biológico, imediato e objetivo. É o estímulo captado pelos órgãos dos sentidos. No caso, seria a visão da textura da pele, linhas e rugas – aquilo que os olhos registram como dado sensorial.
Percepção: é a interpretação que a mente faz a partir da sensação, já carregada de significados, valores culturais e pessoais. Aqui, seria a compreensão de que esses sinais indicam envelhecimento e a associação disso a algo negativo (ficar velha, ser considerada feia, perder valor social).
Assim, ver rugas é sensação; interpretar rugas como sinal de velhice indesejada e sentir tristeza por isso é percepção.
A mulher no geral tentar se encaixar na sociedade tentando seguir um padrão de beleza forçado . As marcas que demostram velhice nada mais é que a vida que levamos em u todo. Nossa alimentação e exercicios contam muito quando a idade chega
a- a sensação é perceptível quando ela ver que sua irmão está velha e feia
b- a percepção quando ela se olha no espelho e ver marcas no rosto
O fenômeno da sensação ocorre no momento em que Juliana se olha no espelho: seus órgãos sensoriais captam estímulos visuais, a imagem refletida, as rugas, os traços do rosto, os cabelos. Esse é o registro bruto, fisiológico, da realidade externa.
O fenômeno da percepção se dá quando Juliana interpreta esses estímulos. Ela não vê apenas uma imagem no espelho, mas a associa a significados pessoais e culturais: “estou feia”, “estou ficando velha”. Sua comparação com a irmã de 62 anos intensifica essa interpretação, pois a percepção envolve memória, valores sociais (como o culto à juventude), crenças sobre envelhecimento e sentimentos de medo ou insegurança.
Assim, sensação é o contato imediato com o estímulo, enquanto percepção é a atribuição de sentido subjetivo e simbólico a esse estímulo. É no campo da percepção que emergem os julgamentos de Juliana sobre si mesma e o medo de envelhecer.
A situação vivida por Juliana permite uma análise clara a partir dos conceitos de sensação e percepção. A sensação corresponde ao momento inicial em que os estímulos do ambiente são captados pelos órgãos dos sentidos. No caso apresentado, esse fenômeno ocorre quando Juliana se observa no espelho e enxerga as rugas, a textura da pele e as linhas do rosto. Trata-se de um processo primário e imediato, no qual a visão registra as características objetivas da sua imagem refletida, sem ainda atribuir a esses dados qualquer valor ou interpretação. A característica definidora desse fenômeno, portanto, é o caráter fisiológico e direto, ligado à simples recepção do estímulo visual.
Já a percepção se manifesta quando Juliana interpreta aquilo que viu, atribuindo significados subjetivos às sensações captadas. Nesse momento, ela se sente insatisfeita ao se perceber envelhecendo, compara-se com a irmã Carla, a quem julga como “velha e feia”, e internaliza esses sinais como ameaça ao seu próprio valor e identidade. A percepção, assim, é marcada por um processo psicológico ativo, que organiza e dá sentido às informações captadas pelos sentidos. É nesse ponto que a cultura exerce um papel fundamental: em uma sociedade que supervaloriza a juventude e associa o envelhecimento à perda de beleza e vitalidade, Juliana constrói sua interpretação de forma negativa. O olhar cultural funciona como mediador, direcionando a forma como ela percebe a si mesma e à irmã, reforçando estigmas sociais em torno da velhice.
Portanto, enquanto a sensação em Juliana está vinculada ao simples ato de enxergar sua imagem refletida, a percepção está no julgamento e na interpretação desse reflexo, revelando como a cultura influencia profundamente o modo como as experiências sensoriais são transformadas em significados pessoais.
Acredito que a percepção se faz presente sempre que ela se olha no espelho e procura fazer uma comparação entre elas.
Embora são fatores distintos ambos andam lado a lado, e o público feminino sente muito mais as cobranças da sociedade transformando a busca pela mulher ideal um fator que pode ou não ajudar.
Padrão ,isso que gera essa sensação na Juliana ,logo a percepção dela venha da imagem refletida <Mas quem comunga essa definição se não nós mesmos ,e isso se torna um ciclo .