Desafio - Módulo I
Eu chamaria o Eduardo para uma conversa, sem compromisso, crianças com atitudes iguais a dele, são incompreendidas, segundo chamaria os pais para uma conversa, para conseguir entender e localizar de onde vem a carência, terceiro eu ofereceria ao Eduardo minha amizade, pra que tivesse liberdade pra se abrir comigo.
Inicialmente ressalta-se que a sublimação refere-se ao processo pelo qual impulsos instintivos, muitas vezes considerados inaceitáveis ou socialmente inadequados, são canalizados para atividades socialmente aceitáveis e culturalmente valorizadas. Em vez de serem expressos diretamente, esses impulsos são redirecionados para objetivos construtivos e produtivos.
Na situação apresentada Eduardo tem fortes impulsos agressivos, por isso deve canalizar essa energia, por exemplo para o esporte. Nesse sentido, também podem ser sublimados em criatividade artística, intelectualidade ou outras formas de expressão cultural. Então, o envolvimento dele em projetos voltados para cultura, artes e esportes poderiam auxiliar. Para isso, seria importante uma conversa com o Eduardo para determinar possíveis atividades que despertariam o interesse dele.
Freud acreditava que a sublimação desempenha um papel importante na adaptação social e no funcionamento saudável da personalidade. Ao transformar impulsos instintivos em realizações culturalmente significativas, a sublimação permite que as pessoas lidem com tensões internas e vivenciem uma sensação de realização e contribuição para a sociedade. Razão pela qual deve ser acolhido pelo contexto sociocultural que Eduardo está inserido, bem como toda comunidade escolar. Ainda, seria interessante entender o contexto familiar dele.
No entanto, Freud também reconheceu que a sublimação pode ser um processo difícil e nem sempre bem-sucedido. Se os impulsos não forem adequadamente canalizados ou se houver uma pressão excessiva sobre o ego para suprimir esses impulsos, isso pode levar a formas de comportamento neurótico ou até mesmo a explosões de comportamento impulsivo. Portanto, no caso em tela nota-se falha nos itens apresentados, razão pela qual a atuação deve ser constante e com abordagem direcionada por meio de diálogos visando extrair as informações necessárias para o tratamento.
Atividades esportivas ou artísticas : Incentivar o garoto a participar de atividades extracurriculares que possam canalizar sua energia de forma positiva. Esportes de equipe, como futebol ou basquete, ajudam a promover o trabalho em equipe e a disciplina. Da mesma forma, atividades artísticas, como pintura, música ou teatro, oferecem uma saída criativa para expressar emoções e lidar com frustrações.
Programas de mentoria ou tutoria : Estabelecer um programa de mentoria ou tutoria com um adulto responsável e respeitado na comunidade pode fornecer ao garoto um modelo positivo a seguir. Essa figura pode oferecer orientação, apoio emocional e incentivo para melhorar o desempenho acadêmico e o comportamento social.
Terapia ou aconselhamento psicológico : Encaminhar o garoto para sessões de terapia ou aconselhamento psicológico pode ajudá-lo a entender e lidar com suas emoções, impulsos agressivos e dificuldades acadêmicas. Um terapeuta pode explorar as causas subjacentes do comportamento agressivo e ajudar o garoto a desenvolver estratégias de segurança de enfrentamento e resolução de problemas.
Essas atividades ajudam a promover a sublimação dos impulsos agressivos do garoto podem em comportamentos construtivos e socialmente aceitáveis, ao mesmo tempo em que oferecem suporte para melhorar seu desempenho acadêmico e seu relacionamento com os colegas.
Levando em consideração a singularidade de cada caso, primeiro devemos analisar como é o ambiente familiar, casos de abusos, repressão ou negligencia no ambiente familiar pode fazer a criança querer "descontar" em outras crianças.
Segundo, entender como essa criança se enxerga no meio.
Terceiro, sublimar esses sentimentos com pratica de esportes ou oficinas de musica por exemplo
Ao meu ver Eduardo está demonstrando um reflexo daquilo que ele vive diariamente, caberia entender primeiramente o convívio familiar, a infância e o grupo ao qual este garoto pertence. Tentar se aproximar dele, conversar sobre sua rotina e deixar ele falar abertamente sobre o que esta sentindo.Sendo assim, entendo que estas seriam as 3 possibilidades:
- Uma conversa aberta e sem questionamentos invasivos
- Entender sobre a rotina, a familia e o local onde vive
- Conversar com ele e motivar a fazer algo que lhe traga prazer, algum esporte, alguma atividade para que possa extravasar o que sente.
1-Exposição a um ambiente mais tranquilo colocar Eduardo em um ambiente mais pacífico,para ajuda-lo a desenvolver um comportamento mais racional,para que ele possa experimentar uma realidade diferente e aprender a lidar com as intempéries da vida.
2-atividade que promova o desenvolvimento pessoal,submeter Eduardo a atividades que o auxilie a aprender, abilidades sociais,auto controle, equilíbrio emocional,empatia.
3-estabelecimento de relações positivas incentivar a ter mais amizades saudáveis e fornecer apoio emocional ajudando a superar seus impulsos.
Acredito que primeiro deve ser conversado, para investigar as causas.
Então, pode ser dado um diagnostico para ajudar na resolução do conflito.
Penso que criar atividades onde Eduardo posso, canalizar (subliminar) essa violência, mas de forma produtiva para ele e o grupo social que esta inserido seria uma iniciativa importante, exemplos de atividades: capoeira, boxe ou judô; seria um meio de extravasar essa violência com regras que controlaria essa violência.
Três ações ou atividades que direcione a força destrutiva para ações que beneficiem a sociedade como um todo:
1- Trazer a consciência do “eu” de Eduardo, realizar uma atividade auto reflexiva sobre suas ações (neste momento as consequências delas não são o ponto, mas sim se o Eduardo consegue trazer à consciência seus atos), para isso ele poderia escrever uma carta, ou falar olhando para um espelho, em terceira pessoa, tudo o que ele tem feito, as brigas, a agressividade, a opressão com os mais novos, a falta de interesse nos estudos.
Enquanto isso, fazemos uma análise do quanto seus pensamentos sobre suas ações falsificam a realidade. Nessa análise, não cabe dizer nada, pois o ID de Eduardo não irá permitir que os conselhos sejam levados em consideração (temos experiências quanto a isso desde a infância com os conselhos de nossos pais, por exemplo, nem conselho nem as consequências são relevantes nesses casos). Cabe analisar também, que a formação da consciência na primeira infância (que vai até os 7 anos) é completamente relevante para entender as ações de Eduardo, e como ele se enxerga diante de uma sociedade em que convive.
2- Propor ao Eduardo um desafio de liderança: Como o Eduardo tem a ação de oprimir apenas os mais novos, podemos usar esse posicionamento dele em benefício, ou seja, ao invés de ter uma ação de repreensão, dar a ele autonomia. Pedir ao Eduardo que, a cada semana avalie 5 ações negativas (agressivas, opressoras) da sua sociedade, e faça uma interpretação dessas ações, que será passado aos mais novos com exemplo de análise entre Ação = Consequência. ( O consciente do Eduardo achará que está no controle de algo relevante, trazendo à tona o desenvolvimento do Ego e Superego de uma forma sutil e objetiva). Eduardo vai usar de suas próprias experiências para fazer essa análise, assim como vai começar analisar seus próprios atos.
3- Inserir Eduardo em algum esporte ou atividade que ele tenha afinidade. E isso está ligado aos passos anteriores, pois Eduardo vai recrutar pré adolescentes e crianças como ele, em efeito dominó, ele será porta voz de Ação E consequência para seus semelhantes.
Já é comprovado o quando os esportes em áreas violentas tem resgatado crianças e adolescentes para algo benéfico ao próprio ser e à sociedade.
Incluir Eduardo, fazendo com que ele seja porta voz da sua própria história é gerar um efeito dominó na sociedade e no futuro do próprio Eduardo.
Nesta análise foi considerado que, todas as ações para tentar mostrar ao Eduardo as consequências dos seus atos não foram efetivas, então qualquer ação que tenha o mesmo intuito, teria o mesmo resultado. Dar voz, posicionamento ao Eduardo e trabalhar no inconsciente dele, em ações que irão equilibrar seu ID, Ego e superEgo, trazendo à tona a sublimação através dos passos indicados para o caso, será benéfico ao próprio Eduardo e toda sociedade que ele convive. Trazer uma sensação de autonomia, poder de escolha e consciência de consequências, faz com que o ser humano ao invés de ter uma autodepreciação, transforme essa força em instinto de ações beneficentes (que geram sentimentos de prazer e realização pessoal, o que por sua vez são sentimentos que Eduardo não tenha conhecimento devido ao seu histórico de infância e meio em que vive).
Esse processo pode ser feito direcionado à família de Eduardo, a probabilidade de todas essas ações terem gatilhos formados pela criação e busca por um sentimento vazio deixado por rejeição, falta de afetividade familiar, falta de incentivo e outros conceitos são altamente impactantes. É necessário ter em consciência, que possivelmente a família de Eduardo pode não ter o interesse em realizar um acompanhamento para melhorar sua condição e vivência, mas podemos trabalhar diretamente com o Eduardo, devido à sua idade, e quebrar a geração de traumas que ele possa ter vivido, fazendo com que sua vida, a família que ele vai construir e o todo ao redor sejam completamente diferentes do que ele vive hoje!
1- entender o ambiente familiar ou próximo que o é apresentado para tentar entender a resposta que Eduardo esta dando à aquilo que ele vive
2 - criar uma estratégia apta a sua idade para demonstrá-los outras maneiras de extravasar esse descontentamento, e também mostrá-lo outro modo de comunicação além da violência.
3 - fazer com que as atividades curriculares tenham algum sentido para ele, apresentando-as talvez num contexto que o que ele esta aprendendo tenha mais sentido e seja mais atrativo.