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Desafio - Módulo II

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Pelo subconsciente projeta sob a própria imagem, a imagem do irmão, trazendo a si, como se estivessem juntos. Não dando conta ou propriamente percebendo que se trata dele mesmo.

Com base nos princípios da imagem pessoal na psicanálise, a situação descrita pode ser interpretada da seguinte forma:

A imagem pessoal refere-se à forma como uma pessoa se percebe e constrói sua identidade. No caso dos irmãos gêmeos univitelinos, que são idênticos, a falta de diferenciação externa pode levar a um desafio na formação de suas próprias imagens pessoais. Por não conseguirem se distinguir fisicamente, eles podem enfrentar dificuldades em desenvolver um senso individual de identidade.

No episódio descrito, o fato de um dos irmãos estar doente e o outro ir para a escola destaca essa falta de diferenciação externa. Quando o irmão doente suplica pela imagem do espelho do armário, ele está buscando a confirmação de sua própria existência e individualidade através do reflexo que o distingue de seu irmão. A angústia da criança aumenta à medida que percebe a ausência de sua imagem no espelho, o que reforça sua sensação de invisibilidade ou falta de identidade própria.

A entrada da mãe e sua demonstração física de presença representam a validação e o reconhecimento da criança. Ao chamá-lo pelo nome e abraçá-lo, a mãe oferece um senso de individualidade e afirmação do seu ser. No entanto, o tom reivindicatório e depressivo que o filho adota ao mencionar o irmão sugere uma possível inveja ou frustração em relação à sua falta de identidade distinta.

Nesse contexto, é importante considerar que a psicanálise enfatiza a importância do reconhecimento e da diferenciação para o desenvolvimento saudável da identidade pessoal. Nesse caso específico, os desafios relacionados à imagem pessoal dos gêmeos idênticos podem levar a questões emocionais e psicológicas complexas, como a busca por identidade individual e a possibilidade de sentimentos de inveja ou competição entre os irmãos.

Citação de Carlos Jose em novembro 10, 2021, 6:44 pm

Nesta situação podemos ver que, há um elo entro os dois irmãos que segue desde o ventre materno, porém após o nascimento tornaran-se seres indempendentes. No entanto, podemos ver que essa independencia é apenas fisica, pois emocionalmente ainda estão muito ligados. Eu sugeriria que os pais praticassem atividades cotidianas em que cada um dos gemeos pudessem se identificar como um ser autonomo, diminuindo assim o impacto de uma separação brusca ou até mesmo quando de um a possivel de um perda definitiva.

A diferença na criança que ficou só esta no EU não formado como independente, por isso ao se deparar com espelho, não  consegue ainda entender a realidade e do espelho. Aonde prevalece o medo de não ser entendido pelo "irmão do espelho"

 

A atividade nos revela que ,muitas vezes nos temos dificuldade de nos encontrar sem que alguém nos mostre quem somos, e isso gera uma enorme dependência psicológica.

Percebe-se que os gêmeos se vêem,  na aparência e de acordo com as ações observadas de um pelo outro está sendo construído uma forma de imaginamacao, memória para a construção do q possa a vir ser construído no outro, futuramente o irmão mais retraído olhando no outro tome a mesma atitude e sinta a mesma alegria e satisfação que está sendo demonstrada, pelo outro

O irmão gêmeo ainda não percebeu que a imagem que vê no espelho é sua e não a de seu irmão. Ele ainda não passou pela descoberta de sua própria imagem, restringindo-se apenas à imagem do outro. Essa situação revela questões fundamentais em relação aos princípios de Freud, Lacan e Dolto.

Freud, em sua teoria do narcisismo, descreve a importância da identificação com a imagem refletida para o desenvolvimento saudável do eu. No entanto, nesse caso, o irmão gêmeo ainda não alcançou essa etapa, permanecendo preso a uma identificação com o outro, sem reconhecer sua individualidade.

Lacan, por sua vez, destaca a importância do estágio do espelho no processo de constituição do eu. Esse estágio é marcado pela percepção da própria imagem como uma entidade separada e completa. O irmão gêmeo ainda não vivenciou esse momento crucial, pois continua a se enxergar somente através da imagem refletida no outro.

Dolto, em sua abordagem da psicanálise infantil, ressalta a necessidade de cada criança descobrir sua própria identidade e estabelecer uma relação saudável consigo mesma. O irmão gêmeo, no entanto, ainda está em um estágio inicial desse processo, no qual ele está mergulhado na imagem do outro, sem experimentar sua própria singularidade.

Portanto, é essencial que o irmão gêmeo passe por uma jornada de descoberta pessoal, na qual ele reconheça sua própria imagem no espelho, compreenda sua individualidade e estabeleça uma relação consigo mesmo. Somente assim ele poderá desenvolver uma identidade própria e saudável, de acordo com os princípios de Freud, Lacan e Dolto.

A criança que ficou em casa e se verifica a frente do espelho, tem uma imagem inconsciente, gerada pelo convívio constante de visualizar o irmão gêmeo e comentários "sociais" familiares de que são iguais, de que o irmão é como ele mesmo, então são como um. Onde ele está o irmão também está.

Gera-se uma imagem interna de interdependência e singularidade de que "um é como o outro", e que se antevendo no espelho é como se visse o irmão e não a si mesmo, pela percepção constante de convivência que tem ao observar o mundo ao seu redor.

O irmão gêmeo seria o que ele teria como um modelo de identificação do eu, visto que ainda não havia conhecimento de seu próprio eu, acredito que em seu inconsciente acreditava que os dois eram um só, e naquele momento viveu uma situação desamparo ao ver que seu outro eu não respondia.

A imagem dos irmãos ilustra perfeitamente a sensação de desamparo. A criança, ainda em sua mente imatura, enfrenta dificuldades para discernir entre o que é real e o que é fruto de sua imaginação. No estágio do espelho, o menino não consegue compreender que ele e seu irmão são indivíduos diferentes, apesar da semelhança física. Nesse sentido, é indispensável a intervenção materna para auxiliar na construção de sua identidade.

O irmão que ficou em casa ainda não delimitou o seu corpo físico, daí imaginar que o reflexo no espelho seja o seu irmão.

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