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Desafio - Módulo II

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O que acontece com o irmão doente é que ele ainda também não distingue a diferença de seu irmão para seu próprio reflexo. Ele discerne que o irmãozinho é um outro ser, mas ainda não tem domínio da sua própria imagem corporal e isso gera a frustração de não conseguir completar a comunicação com o "irmão" que ele vê no espelho.

O Estádio do Espelho ocorre quando uma criança, a partir dos 6 meses, descobre o seu próprio reflexo no espelho. Lacan deu especial importância a este momento em que o Outro confirma que a imagem do espelho é a própria, pois nesse momento, a criança supostamente se torna consciente de seu corpo como um todo, mesmo integrando antes com sucesso as funções motoras e alcançando o domínio real do corpo.

A identificação, segundo Lacan faz-se pelo espelho. Provavelmente um ficou triste com o que viu e o outro feliz.

Demonstra que é a visão é o sentido importante para a constituição do eu.

A criança nao percebe que é a sua própria imagem no espelho, ela não se reconhece e pensa ser seu irmão gêmeo.

O irmão gêmeo que adoeceu por conviver o tempo todo com seu outro irmão tem uma distorção de sua própria imagem, essa situação destaca a complexidade das interações entre a mente e a percepção evidenciado como a saúde mental pode influenciar a forma como vemos a nós mesmos e aos outros.

Conforme o texto estudado, a percepção do próprio corpo e da mãe ocorre de forma desmembrada. No narcisismo primário a criança não é capaz de se voltar para os objetos externos. Ela própria é objeto do seu amor. O caso descrito pode significar um início da instância imaginária, com a presença ausência materna.

Dois irmãos idênticos fisicamente, com traços  de personalidade comportamentos e humor diferentes, como a percepção do eu muda de pessoa pra pessoa mesmo nos mesmos ambientes e com a mesmas criações.

Desafio muito rico de possibilidades, muito booom.

O primeiro ponto que percebi é que já existe uma problemática dentro do reconhecimento familiar do irmão que está adoecido. Ele sente “muita angústia” mas não chama a mãe.
Me levou a pensar em quais outros sentimentos/sensações desconfortáveis ele sente e não divide com a mãe, que é quem aparece como referência central e, por que ?

Nesse capítulo percebi que a figura materna  ou qualquer outra pessoa que esteja representando esse lugar exercem um papel muito importante na confirmação do auto-reconhecimento da criança. E ao longo do desafio percebe-se que ele não consegue se reconhecer a partir de nada que não seja pela imagem do irmão. Poderia essa ser uma consequência de os dois nunca terem sido separados ?
Seria uma possibilidade imaginar que o irmão recebeu sua confirmação de auto-reconhecimento e ele não e por esse mesmo motivo ele não consegue fazer essa distinção ?
Nesse caso, será que não houve essa oportunidade de se auto-reconhecer ou a figura materna não percebeu esse momento ? Pode-se deduzir a partir daí que a atenção da mãe pode ter sido em algum momento alimentada em maior quantidade pro irmão ?

O que me trás esses questionamentos é o fato de ao brincar de cavalinho ele em algum momento só acredite que conseguiria fazer isso com a presença do irmão. Me passou a ideia de em algum momento o irmão vir em primeiro lugar. O que poderia ter gerado nele a angústia e o tom depressivo por não conseguir brincar mesmo estando sozinho. Acho que vai além de uma questão de ele só não se auto-reconhecer.

No caso abordado, a convivência com um irmão idêntico, dificultou a percepção de identificação e individualização de si próprio, associando sua imagem refletida no espelho, com seu irmão gêmeo.

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