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Desafio - Módulo II

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Acredito que o menino ainda não soubesse diferenciar a imagem real da imagem só espelho. Poderia também pensar que ele e o irmão eram um só.

O gêmeo não conseguiu reconhecer-se porque não tinham um conhecimento completo de si mesmo.

Na verdade tudo que os dois irmãos entendem sobre viver está atrelado a imagem do outro, o reflexo , o fio condutor de suas vidas é o outro . Olhar para o espelho e enxergar o outro é uma amostra do que fazem todos os dias distantes de espelhos, há uma projeção , um conforto e uma continuidade de história ao ver seu reflexo . Para o irmão o reflexo nada mais é que sua própria realidade.

O irmão que ficou a sua mente tem no irmão uma continuação do seu eu por serem idênticos  e  naquele momento quando se viu no espelho sua mente automaticamente o fez lembrar do irmão e pensar que ele estava lá.

Acho que o gêmeo que está se olhando no espelho, por estar muito acostumado a ter outra pessoa igual a si sempre por perto, não entende que aquilo é só um reflexo de si mesmo.

Por serem bebês, eles ainda não tem consciência de serem seres únicos, não tem consciência do eu. Eles ainda não tem uma idéia de separação nem da mãe. Quanto mais de um outro ser humano fisicamente igual, que esteve com ele desde sempre. A primeira vez que ele é separado desse outro ser, e chega a um espelho começa o estádio do espelho de Lacan. Ali é a primeira vez que ele vai se ver como indivíduo. Vai estranhar por estar vendo na sua frente, um ser idêntico ao irmão, mas que não se comunica com ele como o irmão. E assim que vai percebendo que aquela imagem é reta, fria, vai começar a se entender, se ver como indivíduo, inteiro. Vai buscar o olhar de confirmação da mãe, de que aquele no espelho é realmente ele. A partir daí é possível que ele comece a entender o irmão como um outro ser, mesmo que fisicamente igual a ele.

Talvez ele se identificasse com o irmão (estádio do espelho), porém pela semelhança e talvez pouca idade, falta de maturidade e um entendimento ainda escasso, ele não compreendia a figura no espelho como sendo ele próprio.

Por serem gêmeos idênticos e conviverem desde o útero, os irmãos ainda não haviam se percebido como individuo. Construindo sua imagem através do irmão, vendo um ao outro como extensão de si mesmo.

Na perspectiva psicanalítica, a situação dos irmãos gêmeos reflete a importância do estádio do espelho na construção do eu. A criança que suplica ao espelho demonstra a busca por uma identidade própria, em especial na ausência do irmão, que desencadeia uma angústia relacionada à separação.

O ato de suplicar ao espelho para que sua imagem pegue o cavalo e monte pode ser interpretado como um esforço para preencher a lacuna deixada pela ausência do irmão. O espelho, nesse contexto, representa não apenas a imagem refletida, mas também a busca por uma identificação e integração de si mesmo.

A mãe percebendo as suplicas e a criança se jogando em seus braços sugerem a importância do cuidador como um mediador na construção do eu. A mãe, ao oferecer suporte emocional, pode ajudar a criança a lidar com a separação do irmão e a integrar essa experiência na formação de sua identidade. Essa dinâmica reflete a complexidade da relação entre o eu, o outro e o papel do cuidador na teoria psicanalítica.

A separação trouxe para ele um momento de desamparo de alguém que não o deixava mas no espelho ele teve a imagem do irmão sem notar que seria ele próprio ,seu mundo imaginario o deixa cego ao ver a mãe ele sente segurança novamente.

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Wantuil cler wenderroscky
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