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Desafio - Módulo II

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Psicanálise
Os irmãos Gêmeos
20/May/24

Como o "eu" pode ser definido como imaginado ou até mesmo um reflexo do outro, principalmente dos que nós admiramos, a condição do autoconhecimento vem em várias formas, como frustração e autoamor, criando e construindo o reconhecimento do "eu". O ser humano está em uma jornada de busca por si mesmo, porém, nunca chegará a ser um, onde é plural e também singularidade, pois se autocontradiz e se refaz com o passar do tempo.

a criança pensou que fosse o irmão.

Por um lado isso soma de forma positiva para mãe, assim ela pode trabalhar o desenvolvimento da identidade de cada um deles de forma individual, validando as qualidades e defeitos um do outros, que por mais que sejam gêmeos idênticos eles possui pensamentos, gostos… diferentes e quanto mais cedo isso for trabalhado, melhor será para os gêmeos no futuro aprender a lidar consigo mesmo e não repetir as atitudes do irmão por distorção de imagem

O menino estava amadurecendo e no próprio processo de reconhecimento em frente ao espelho.

Em perfeita compreensão com o nosso estudo, entendemos aqui de forma mais do que prática, pode se dizer "surreal" o estádio do espelho vivido pelos irmãos gêmeos. Seguindo o pensamento de Lacan, quanto a instância do imaginário no estádio do espelho, sob a ótica de que a imagem do corpo, segundo ele, é o principal elemento na constituição do eu. Considerando isto percebemos que o menino não considera o "ser", mas sim o imaginário no espelho, o corpo visível.

Ao considerarmos esta experiência vale à pena considerar também o termo alemão empregado por Freud: Hilflosigkeit, que diz respeito ao estado de desamparo do infante, por esta situação é importante lembrar que  indivíduo considera a presença de outra pessoa que o identifica, isto através de seu próprio reflexo no espelho.

O menino não se identificou coma imagem sendo dele mesmo. Ele achou que era o irmão. A mãe reforçou o comportamento ao invés de ser o humano que o auxilia no desenvolvimento do seu próprio eu. Ela não introduz ele no mundo que já existe, ou seja, impossibilitando o desenvolvimento do eu do menino.

O problema aqui é que como o irmão é gêmeo o que fica em casa olha no espelho e vê a imagem do irmão idêntico. O menino não se reconhece. De acordo com Lacan, a criança ao se olhar no espelho busca uma confirmação através do outro de que Ele fez uma conquista de que aquela imagem é dele. A mãe não ajuda nesse auto conhecimento.

Nao houve então a elaboração do eu de uma identificação com o outro. A mãe não o ajudou a distinguir-se do irmão a imagem de um ser inteiro e coordenado que o filho vê é a do irmão, mesmo que inconscientemente, pois ele não tem essa percepção. Mas Lacan nos ensina que é isso que a criança vê. Daí vem o júbilo da criança ao ver a própria imagem. Porém como ele tem um irmão gêmeo pensa que vê o irmão.

A compreensão do caso repousa no entendimento sobre imagem ou auto imagem. Os gêmeos idênticos aqui se veem um no outro e pela falta de percepção de diferenças sutis, físicas ou comportamentais, um simples reflexo é o suficiente para reproduzir a presença do irmão ausente.

Como os irmãos nunca foram separados ele tem dificuldade de se identificar/individualizar pois ele entende que a sua imagem no espelho é seu irmão. Ele não consegue perceber/reconhecer que a sua imagem é um reflexo de si mesmo. O reconhecimento da imagem no espelho é um marco no desenvolvimento da identidade onde a criança começa a formar uma imagem unificada de si mesma a partir de um reflexo externo. Neste caso a sua imagem seria mais concreta pois ele se identifica no irmão como seu reflexo, pois nunca foram separados, o que dificulta sua identificação de individualidade.

Certamente a criança que ficou em casa, teve uma experiência intensa que lhe despertou uma série de emoções. Diante desses sentimentos ele pode vivenciar o vazio da ausência de seu companheiro desde a vida intrauterina e sentiu-se tremendamente só. Portanto, ao ver sua imagem refletida no espelho, o reflexo não lhe fez boa companhia, ao invés de criar uma imagem que pudesse interagir e até brincar com ele (no mundo de fantasia), o reflexo se nega a brincar com o cavalo, refletindo assim sua tristeza de se encontrar tão sozinho.

Eles passam tanto tempo juntos e são confundidos um com o outro todo o tempo, que ele mesmo fica confuso quanto a própria personalidade

Iria em frente ao espelho junto com ele, para que diante do nosso reflexo e a partir da minha confirmação eu pudesse demonstra-lo que aquele é a imagem é a dele e não do irmão.

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