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Desafio - Módulo II

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levando em consideração que os gêmeos nunca ficaram separados, sendo assim ele não consegue distinguir sua própia imagem no espelho, fazendo imaginar ser seu irmão gêmeo no reflexo do espelho o deixando o mesmo frustrado ao notar que não tem interação com ele.

Quando nos espelhamos no outro, não conseguimos nos reconhecer e nem disfrutar dos momentos que estamos conosco mesmo, é como se só existisse satisfação e felicidade quando estamos com o outro.

Ele estava buscando o eu dele !

Na teoria psicanalítica, a constituição do "eu" (ego) é um processo complexo que envolve o desenvolvimento e a integração da identidade e da consciência de si mesmo. Esse processo é influenciado tanto por fatores internos quanto externos, incluindo as relações com os outros e o ambiente social. Sigmund Freud, propôs que o "eu" (ego) é uma das três partes da mente humana, ao lado do id e do superego. O "eu" serve como mediador entre os impulsos instintivos do id e as demandas morais do superego, lidando ao mesmo tempo com a realidade externa. Desde o nascimento, o bebê começa a formar sua identidade através da identificação com as figuras parentais e outras figuras importantes. Ao longo da infância e adolescência, a identificação com os outros indivíduos e grupos continua a influenciar o "eu". O conceito de estágio do espelho foi introduzido pelo psicanalista francês Jacques Lacan. Segundo Lacan, este estágio ocorre por volta dos 6 aos 18 meses de idade, quando a criança começa a reconhecer a própria imagem no espelho. Este reconhecimento é um momento crucial para a constituição do "eu", pois marca o início da percepção de si como um ser separado e distinto dos outros. A criança vê sua imagem no espelho e começa a identificar-se com ela, formando uma imagem unificada do "eu". Ao mesmo tempo, a criança percebe que esta imagem é distinta de sua própria experiência corporal imediata, o que cria uma sensação de alienação. Esta dualidade entre a imagem no espelho (o "eu ideal") e a experiência real do corpo é fundamental para o desenvolvimento da identidade. No caso de irmãos gêmeos, o processo de identificação pode ser mais complexo. Gêmeos frequentemente se veem como reflexos um do outro, o que pode tanto fortalecer a sua identidade individual quanto criar confusão entre o "eu" e o "outro". A diferenciação é crucial. Apesar das semelhanças físicas, cada gêmeo deve desenvolver uma identidade única. Isso é facilitado pela interação com outras figuras significativas que ajudam a criança a reconhecer suas características e capacidades individuais. Irmãos gêmeos podem experimentar rivalidade e comparação constantes, o que pode tanto desafiar quanto fortalecer a constituição do "eu". A competição e o desejo de distinção contribuem para a formação de uma identidade própria que são particularmente desafiadoras e significativas. A presença constante de um "outro" semelhante pode ser tanto um espelho quanto um desafio, exigindo um processo contínuo de identificação e diferenciação.

A imagem dele era tão real no irmão quando se viu no espelho com falta do irmão gêmeo se sentiu abandonado, e pela primeira vez viu sua autoimagem.

Coloco ao fato de ser outra criança e não de ser gêmeo.
Assim como em creche com várias crianças diferentes elas podem se identificar no outro, em outra criança.
Estão formando as imagens.

Um dos irmãos não percebeu que era sua própria imagem no espelho.

Este irmão que ficou em casa doente, ainda não é capaz de reconhecer o seu próprio eu e depende da mãe para ajudá-lo a reconhecer-se diante da imagem do espelho, através de palavras ou algum gesto, essa mãe poderá ajudar não só este filho mas também o outro a se reconhecerem individualmente.

A situação descreve o Estádio do Espelho da teoria de Lacan.

Acredito que ambos estão na fase de identificação do eu e por isso nao compreenderam o eu ideal por não estar formado. Os irmãos olham um para o outro e se identificam por sua imagem, e não como cada um sendo únicos, mas como um reflexo constante. Como realmente se olham em um espelho.

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