Desafio - Módulo II
Levando em consideração ao tema abordado, identifico a falta de identidade e como ele se sente. Nesse caso é evidente que eles são criados como um só, ele não conseguindo lidar com a situação de ausência do irmão, visto que ele nunca se viu nessa situação de separação. Precisa trabalhar a identidade e sua individualidade.
Segundo a teoria de Lacan sobre a construção do eu ser como `estadio do espelho´é como se a criança visse sua imagem no espelho, e deduzisse ser o irmão, pois o mesmo ja tem conhecimento do seu corpo, mas o seu eu ainda não esta formado, pois não sabe diferenciar a imagem refletida como sendo a sua própria imagem e não a de seu irmão que não estava presente neste momento com ele. Creio que a angustia era por não entender o que estava acontecendo. E como se ele tivesse concepção do seu corpo, mas não conseguisse associar com a sua imagem ja que é praticamente o reflexo da imagem do irmão.
Seria interessante a mãe colocar algo que diferenciasse as crianças, como roupas diferentes que eles soubessem ser individuais, algo que fizessem as crianças se reconhecerem e se diferenciar entre elas, com a confirmação da mãe as diferenciando.
Acredito que ao olhar no espelho não consegue perceber que é o espelho, mas identifica como o irmão, que antes mesmo do espelho refletiu a sua imagem.
Por estarem em processo de conhecimento e auto conhecimento os irmãos Y e X ainda não adquiriram a consciência da alto imagem corporal por serem univitelinos estão ligados dês do ventre; Por esta questão que Y não se sente como um mesmo sendo dois em seus sentimentos estão ligados, e um ser a imagem do outro lhe faz sentir confuso ao não reconhecer seu reflexo; sente-se dependente da falta da imagem do irmão!
Vejo como um retrato de muitas famílias vivendo sem sua própria construção e identidade. Com relação a imagem, a sombra é o irmão, a construção que ainda não consegui observar em si mesmo. Deixa de viver para que o outro viva. Inserir na família como tal. Podendo ser a comparação exagerada,outros fatores ambientais e da má conduta na criação dos pais , dando mas relevância a um do que o outro.Bora pensar.... psicanálise nos leva a submergir em conhecer o oculto... inconsciente de cada ser
Os irmãos gêmeos ainda não entenderam que são duas pessoas diferentes, ao olhar um para o outro é como se estivem olhando para o espelho então se acreditam ser a mesma pessoa, ao longo do que se desenvolve, eles começam a se sentir completos e felizes olhando um para o outro, pois nasce a admiração a si mesmo, até entenderem como individuo o que pensam que são e o que de fato são.
Levando em consideração o que foi abordado na materia, eu entendo que aquela criança esta em simbiose com seu irmão, este ainda não passará pelo estadio do espelho, o que explica o fato dele conversar com a imagem como se esta fosse seu irmão.
Ao nascerem os bebês vivem em estado simbiótico com a mãe o que já requer um processo de vivência de separação e criação dessa identidade e quando as crianças são gêmeas o processo de individualização é um tanto mais complexo. Existem estudos que apontam que desde muito cedo as crianças gêmeas demonstram uma necessidade de serem notadas pelos pais e demais de acordo com suas características únicas e individuais.
No caso apresentado, as crianças não eram estimuladas a vivenciar a criação de suas identidades de forma individual, haja vista, que nunca tinham sido separadas e que somente a mãe e o irmão mais velho sabiam os diferenciar, o que contribui para que as próprias crianças, ainda não estivessem firmando suas próprias identidades pessoais, o que culminou com a situação de uma das crianças confundir o irmão com a própria imagem que refletia no espelho.
Faz-se necessário a tomada de consciência dos pais, para estimular os filhos e a cuidá-los favorecendo suas diferenças individuais, tratando-os como dois seres que possuem personalidades próprias, o que pode estender ao uso de roupas diferentes, apelidos diferentes, chamando-os pelo próprio nome, de forma a fortalecer a formação desta identidade única, o que contribui para que cada qual possa agir e se reconhecer como indivíduo único.
A teoria psicanalítica de Jacques Lacan apresenta o "estádio do espelho" como uma fase crucial no desenvolvimento do eu da criança, ocorrendo entre 6 e 18 meses, quando a criança se reconhece em um espelho. Esse reconhecimento marca a formação do eu, permitindo que a criança se veja como um indivíduo separado, em contraste com sua experiência fragmentada. No entanto, essa identificação é uma mistura de confirmação e alienação, uma vez que a imagem refletida é apenas uma representação do eu. No caso de gêmeos idênticos, a semelhança física pode gerar confusões na percepção de identidade, especialmente se os outros os tratam como um só, dificultando o desenvolvimento de sua individualidade. Contudo, com o tempo, cada gêmeo constrói sua identidade por meio de experiências únicas e interações sociais, mostrando que, embora o estádio do espelho seja fundamental, as dinâmicas entre gêmeos também oferecem desafios e oportunidades para a formação de identidades individuais.
A ilustração exemplifica o caso de uma criança que ainda não sabe diferenciar o Eu do Outro, ou seja, que ainda não passou pelo o estádio do espelho, que consiste no reconhecimento do Eu. Aqui, a criança tem dificuldade em reconhecer-se diante do espelho.