Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo II

PreviousPage 342 of 382Next

A identificação com o irmão pode ter gerado uma confusão sobre os limites entre o "eu" e o "outro" e se houver entre eles uma relação muito simbiótica, essa confusão gerada pode ser mais acentuada, vendo pela perspectiva Estádio do Espelho.

O  gêmeo que ficou em casa se espelhava no irmão, em uma identificação com ele e não soube diferenciar a imagem do seu irmão  e sua imagem   refletida no espelho, na constituição do seu EU.

Ele está demorando para reconhecer o seu próprio corpo, pois vê o irmão como outro.

Toda criança quer atenção e a falta dela a faz se sentir sozinha, nesse caso dos irmãos gêmeos eles tinham a companhia do outro fazendo com que eles não fiquem sozinhos. Quando aconteceu que um deles se distanciou do outro aquele que ficou em casa se sentiu sozinho quando começou a brincar.

A identificação do menino com o espelho revela o primeiro aprendizado  de que ele é unico, ou seja, mesmo sendo igual ao seu irmao, pelo esquema corporal,  a sua imagem do corpo esta em construção, ou seja, aparece pela angustia de não ser respondido pelo "irmão" imagem do espelho e pela presença-ausência de sua mãe. Há então a separação das partes, onde o bebê identifica a mãe como um pedaço seu, agora com o gêmeo, ele percebe que o irmão não é um pedaço dele, sendo constituido assim o EU.

O costume de convivência com irmão gêmeos, impossibilitou a identificação de si mesmo, a sua existência como um ser único.

O fato de sempre estarem juntos fez com que ele se visse no outro como parte integrada do ser.

Quando a mãe se mostra no espelho assusta o menino pois não identifica mas o seu reflexo.

A criança está percebendo no espelho o objeto que ama e não ele mesmo, por entender as caracteristicas do irmão como algo que quer bem e ainda estar se familiarizando com sua individuação

Bom

Em meu entendimento como os irmãos nunca tinham se separado, o irmão que está doente não consegue aceitar a falta do outro irmão naquele momento, então ele cria uma imagem do seu irmão gêmeo que é idêntico a ele, através do espelho como se realmente o irmão estivesse ali e não queria brincar com ele.

"Disso decorre, que o sujeito antevê, em uma ilusão, a sua maturação. Ao se reconhecer na própria imagem, existe um fascínio pelo o que surge no espelho, um sorriso que indica reconhecimento"

Os gêmeos sempre estiveram juntos e nunca foram separados. Quando isso aconteceu, durante o estádio do espelho onde ele deveria reconhecer a si mesmo no espelho, a criança vê seu irmão idêntico e não se reconheceu, porque sua mente ainda não fez a distinção. Quando sua mãe chega, ela atua como o outro e deveria dar uma confirmação de que a imagem do espelho na verdade é sua. — "e ao mesmo tempo a busca de uma autorização quanto a esse reconhecimento, ou seja, ele busca algo fora do espelho, uma confirmação através do outro (que pode ser a figura materna)" — ou seu irmão mais velho.

"Podemos entender também que o espelho dessa experiência, não é simplesmente um espelho, mas tudo aquilo que é capaz de devolver para a criança a sua imagem, podendo ser uma superfície que possibilita que ela se reconheça e se distinga do outro, ou o grupo ou o olhar do outro."

Sua imagem é refletida sempre que está com seu irmão, mas ele sabe que é seu irmão, porém ele vê a mesma imagem de sempre no espelho, por isso a dificuldade para se reconhecer. — "mas tem que haver alguma coisa que venha de um outro lugar, que intervenha nesse auto-reconhecimento. Nesse sentido, o eu é o produto de uma identificação com o outro, de um reconhecimento de uma posição que antes era a posição do outro."

PreviousPage 342 of 382Next