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Desafio - Módulo II

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A construção da nossa imagem pessoal vai muito além de como nos vemos no espelho. É sobre quem acreditamos ser e como nos reconhecemos no mundo, principalmente nas nossas relações com os outros. Para gêmeos idênticos, esse processo pode ser ainda mais desafiador, porque a semelhança física e a convivência constante criam uma sensação de unidade, quase como se fossem a mesma pessoa.

No caso do gêmeo que ficou em casa, o reflexo no espelho não era só "ele mesmo" — era uma tentativa de reencontrar o irmão que ele sente como uma extensão de si. Ele estava confuso e angustiado porque, sem o irmão por perto, era como se algo essencial estivesse faltando. Isso mostra como, para ele, ainda era difícil entender que ele e o irmão são pessoas diferentes, com vontades e identidades próprias.

Esse episódio nos lembra que a imagem pessoal não se forma sozinha. Ela nasce nas relações, no olhar do outro, no reconhecimento. Para gêmeos, que muitas vezes são tratados como um "conjunto", esse reconhecimento individual pode levar mais tempo. Por isso, momentos de separação, por mais difíceis que sejam, são importantes para ajudar cada um a perceber sua própria individualidade.

A mãe, ao entrar no quarto e acolher o filho, cumpriu um papel essencial: ela o ajudou a sentir que, mesmo sem o irmão ali, ele ainda é alguém único e valioso. Esse acolhimento é crucial para a construção de uma identidade sólida. Afinal, a autonomia emocional e a percepção de quem somos dependem, em boa parte, desse apoio inicial que recebemos.

No fundo, essa história nos lembra algo que todos enfrentamos: o desafio de entender quem somos, especialmente quando crescemos em relações muito próximas. É um processo de se descobrir, de diferenciar o "eu" do "outro", mas, acima de tudo, de aprender que somos suficientes, mesmo quando estamos sozinhos.

 

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Vitor Hugo Campos Nunes Correia

O estudo mostra que ele  o menino diante so espelho ainda não percebeu sua individualidade e a diferença entre o eu e o outro. Assim se reconhecendo como o irmão.

O "EU" não tem formação autônoma, ele tem sempre um "outro" como referência. Pai, mãe, irmão mais velho, ou como no caso, o irmão gêmeo. O indivíduo sempre está espelhando e sendo espelhado por alguém próximo, nesse processo o "EU" vai sendo formado. A partir de uma certa idade ou maturidade o indivíduo consegue de modo crítico, recusar ou aceitar determinados comportamentos que experimenta ao seu redor, com isso, aos poucos ele vai criando a própria imagem. considere que essa imagem não é fixa, vai mudando ao longo da vida e se conformando ao grupo social no qual a pessoa está inserida. Certamente que você já ouviu alguém dizer: "Antes eu era assim, hoje sou assim".

É extremamente perceptível o quanto os irmãos são inconscientemente condicionados a se verem como uma só imagem; pessoa.
Ás vezes por consequência da criação, que perpetua a ideia de vestir os dois igualmente e fazerem tudo juntos. Isso passa a ideia de espelhação e dificulta a separação de auto consciência de uma identidade própria. Com isso o menino acaba vendo sua imagem no espelho como se fosse o irmão, pois ele ainda não tem uma associação concreta de que ele é uma pessoa e seu irmão outra.

Surge aí a necessidade dos pais de trabalharem a fixação da individualização dos gêmeos,  por exemplo não os vestindo com roupas iguais,  brinquedos iguais etc...importante fazê-los entender desde logo q cada um é único o q contribuirá na formação do "eu" em cada criança

Por serem tão idênticos, um dos gêmeos, ou até em ambas partes enxerga na sua identidade e identificação o “fazer”, “ser” do outro, isso suas emoções são baseadas na presença do “eu” do seu irmão.

O irmão olhando no espelho se reconhece.

iguais mas nao iguais

A criança aparenta ainda não ter desenvolvido o senso de individualidade. Os gêmeos são idênticos e nunca foram separados, ele não entende que é um ser autônomo sem seu irmão, a criança pensa que não existe sem seu gêmeo pois nunca se viu sem ele. O elo físico foi rompido ao nascer mas ele ainda está emocionalmente ligado ao irmão.

O irmão  olha para o espelho e não reconhece sua imagem como sendo de si mesmo, confundindo-a com a presença do irmão gêmeo.

O texto do enunciado sublinha que trata-se de um caso de gêmeos idênticos e de que até o presente momento apenas a mãe e o irmão mais velho conseguem distinguir um irmão do outro e de que estes nunca foram separados anteriormente, sendo que a ocasião em questão pontua justamente este momento inédito de separação, mas que no entanto, ao invés de perceber a separação, ele funde a imagem de si mesmo à imagem do irmão, não se reconhecendo no espelho.

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