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Desafio - Módulo II

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Estou começando agora a entender melhor a teoria psicanalítica, e uma coisa que me chamou atenção foi o conceito de alteridade, a ideia de que a gente só começa a se reconhecer como pessoa a partir da relação com o outro.

Pensando nos irmãos gêmeos, isso parece ainda mais interessante. Como eles são muito parecidos fisicamente e convivem desde o nascimento, pode ser difícil perceber quem é quem, tanto para eles quanto para quem está por perto. Mas, ao mesmo tempo, essa convivência tão próxima pode ajudar cada um a perceber as diferenças entre si, como gostos, atitudes e jeitos de pensar.

Acho que, mesmo sendo tão iguais, eles vão construindo o próprio eu ao se relacionarem um com o outro e com os adultos ao redor. É como se o outro fosse um espelho, mas também um limite, alguém que mostra que eu sou eu, e o outro é o outro.

Ainda estou aprendendo, mas entendi que a alteridade é essencial para a gente se formar como sujeito, e no caso dos gêmeos, esse processo pode ser mais complexo, mas também muito rico.

Com base nos materiais, a situação dos gêmeos pode ser analisada pela psicanálise a partir de alguns pontos principais. O primeiro é o desafio na formação da identidade, onde a semelhança com o irmão pode dificultar o processo de diferenciação individual, especialmente no estádio do espelho de Lacan.

Além disso, a rivalidade fraterna e a disputa por atenção dos pais são intensificadas, já que ambos competem pelo mesmo espaço e reconhecimento. O vínculo único entre eles é ambivalente: pode ser uma fonte de apoio, mas também dificultar a individuação de cada um. A forma como os pais lidam com essa dualidade é crucial para o desenvolvimento de cada criança.

Por serem irmãos gêmeos possuem imagem igual, e na tentativa da mãe de trocar as crianças na escola, faz com que a criança naquele momento se vê em dúvida de quem realmente é.

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