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Desafio - Módulo II

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Ao se olhar no espelho o inconscientemente o individuo vê a imagem de seu irmão, por serem gêmeos. Devido ao seu apego emocional ao individuo X e pelo fato de estar triste e angustiado, ele não tem a vontade de brincar com o cavalo, assim "culpando" seu irmão para buscar um refugio para sua frustação de estar sozinho.

O irmão doente quando se depara com sua imagem no espelho, acredita estar vendo seu outro irmão que pela sua visão é muito parecido com o sujeito que esta diante dele no espelho e começa a chamá-lo sem perceber que na realidade é ele mesmo. Usando seu imaginário eu,  sofre por não ser correspondido.

A “confusão” se explica a partir das relações especulares, em minha opinião, intensificadas pela mesma aparência externa dos irmãos, em que os limites  entre o corpo de um e outro se desfaz, se em  termos inconscientes o outro e eu somos iguais, então somos um. Isso associado ao estádio de espelho, que através da identificação com o irmão, a criança que ficou em casa se identifica e distingue, no entanto, a imagem que a criança vê no espelho é a mesma imagem do irmão, de quem naquele momento ele sentia falta. Um ponto muito importante é a tenra idade da criança, que possivelmente ainda não concretizou essa distinção entre ele e o irmão em sua mente.

Para Lacan, o corpo é visto em três dimensões, o corpo como imagem
(imaginário), o corpo assinalado pelo significante (simbólico) e o corpo como
sinônimo de gozo (real) dentro dos três registros fundamentais na constituição
do sujeito.

Segundo Amparo, Magalhães
Conceito e princípios da imagem pessoal
e Chatelard (2013, p. 504), “[...] a dialética dentro/fora, não é simplesmente
efeito de processos fisiológicos, mas produto, principalmente, da constituição
do imaginário ligado ao corpo e da capacidade de representar a si e ao outro
enquanto entidade separada de si mesmo.

Quando dizemos que a imagem refletida no espelho, acreditamos ser real, ao se ver no espelho ele imagina esta com seu irmão, pós sua mente não tem ainda uma formação completa sobre a realidade.

Na verdade o irmao doente faz a projecao de seu irmao em sua propria imagem. Seria uma projecao passiva ja que inconsciente, dada a devida semelhanca entre ambos.

O irmão que ficou não se reconhece no espelho, acreditando que está de frente para o irmão gêmeo.

Citação de Joana darc Gomes de Souza em outubro 30, 2022, 7:11 pm

Quando dizemos que a imagem refletida no espelho, acreditamos ser real, ao se ver no espelho ele imagina esta com seu irmão, pós sua mente não tem ainda uma formação completa sobre a realidade.

Joana você colocou um ponto que em minha opinião faz toda a diferença, quando diz que "em sua mente não tem ainda uma formação completa sobre a realidade".

Para a criança na primeira infância, de maneira geral, tudo é o que se apresenta.  Quando ele olha o irmão, olha a sua frente e o irmão sorri, conversa, brinca, se afasta... Diante do espelho ele está olhando também a sua frente, então não vê diferença entre o momento em que o irmão está realmente diante dele e aquele em que olha no espelho. Então como está olhando a sua frente e vendo aquela imagem, em sua mente é o irmão quem está lá.

Acredito que faltou pra ele esse apoio de se auto reconhecer . Ele não se reconheceu quando se olhou no espelho … isso demonstra a importância da presença , cuidado e ensino da mãe nessa fase !

É possível perceber que, pela situação causada pela "imagem-espelho" do irmão gêmeo, a criança, como seu sistema de percepção-consciência ainda em construção, não conseguiu diferenciar a imagem do sujeito real.

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