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Desafio - Módulo II

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Espelhamento, O espelhamento (mirroring) é explicado como o comportamento em que uma pessoa copia gestos de mímica, linguagem corporal, expressões faciais de outra pessoas. Ocorre durante a interação social e se dá por diversos motivos. A conformidade social é um tema que sempre esteve na pauta dos estudos em Psicologia.

No exemplo de Renato, vejo como uma questão de aceitação, de autoconsciência, onde ele já estava programado com o nome de Renato, e quando mudaram seu nome ele se sentiu quebrado, incompleto, gerou um conflito em seu inconsciente, onde passou a vivenciar uma falta que nem ele mesmo compreendia...

A criança, ao olhar-se no espelho projeta um duplo que pode aliviar sua angústia de sentir-se só. Além disso, de acordo com a neurobiologia o cérebro humano é capaz de simular determinadas ações que tendem a refletir a atividade a qual estamos observando. Em teoria psicanalítica poderíamos considerar a projeção psicológica em razão do conflito emocional do menino naquele contexto.

"Ao se reconhecer na própria imagem, existe um fascínio pelo que surge no
espelho, um sorriso que indica o reconhecimento e ao mesmo tempo a busca
de uma autorização quanto a esse reconhecimento, ou seja, ele busca algo
fora do espelho, uma confirmação através do outro (que pode ser a figura
materna) de que ele fez uma conquista de que aquela imagem é sua, mas tem
que haver alguma coisa que venha de um outro lugar, que intervenha nesse
auto-reconhecimento. Nesse sentido, o eu é o produto de uma identificação
com o outro, de um reconhecimento de uma posição que antes era uma posição
do outro. Podemos entender também que o espelho dessa experiência, não
é simplesmente um espelho, mas tudo aquilo que é capaz de devolver para
a criança a sua imagem, podendo ser uma superfície que possibilita que ela
se reconheça e se distinga do outro, ou o grupo ou o olhar do outro. Essa
experiência se desdobra em muitas situações e se torna um modelo para seu
corpo numa ilusão de unicidade, seu eu antes de sua determinação social.
Porém, essa forma total do corpo é concedida externamente, numa imagem
que se torna também a base simbólica."

(ARTIGO: Conceito e princípios da imagem pessoal, disponível nesta unidade.)

A imagem dos gêmeos junto ao cachorro: um de pé, com o semblante descontente, com as mãos na cintura; o outro agachado, sorrindo interagindo com o cachorro me remeteu ao que Machado escreveu sobre a concepção de individualização em gêmeos: "eles passam pelas mesmas experiências e percepções, porém, cada um tem experiências e impressões diferentes"

O irmão ainda não reconhece sua própria imagem, ao observar o espelho acredita que a sua imagem refletida no espelho é o irmão; percebe sua forma e delineamento por meio da imagem do outro, então, ao olhar no espelho a imagem, ainda não percebe o que é seu ou que não é.

Para irmãos gêmeos realmente deve ser muito difícil, pois todos estão sempre comparando um com outro, e quando são idênticos como é difícil distinguir quem é quem? Tem uns que não ligam, porque são muito amigos, mais tem aqueles que querem sua identidade e por isso estão sempre brigando, aí é que entra o eu da história

 

Que cada um tem a sua personalidade mesmo sendo parecidos.

A criança ao se ver refletida percebe sua existência na unicidade com o Outro- no caso o irmão gêmeo representando este Eu simbolicamente na representação do Outro.A imagem projetada não identificada sendo dele e sim uma  imagem  social no espaço onde não haja dissociação entre uma criança e outra. No caso proposto, podemos linkar com a teoria da psicanalista Françoise Dolto onde  a autora nos apresenta uma perspectiva de registro do inconsciente sobre a imagem do corpo também  como traço estrutural  já atribuído segundo ela na concepção e também na estrutura social do sujeito.

 

O primeiro ponto a ser analisado é a condição de serem dois iguais, duas constituições físicas idênticas, duas imagens mentais iguais e  a consolidação da imagem criada é de serem a continuação um do outro isto se representa na imagem do espelho onde um não reconhece a falta do outro. Outro ponto a ser analisado visto o narcisismo por Freud é a questão da não divisão interna, saber onde um termina e outro começa, a criança não se vê distinta, divisível do outro, mas como uma continuação do irmão esta ligação mostra que a separação de ambos mostrou que se vê o outro como parte integrante do ambiente criado em sua mente, sua imagem mental é se ver no outro irmão e tudo que reflete o outro para ele é uma associação.

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