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Desafio - Módulo III

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Esse desequilíbrio,  ele busca fugir da realidade assim acreditando ser outra pessoa , criando outra personalidade.

Freud se refere ao narcisismo primário, a representação do aparelho psíquico da pessoa esquizofrênica no Id e no Ego. O primitivo e autopreservação imperam sobre o superego, sobre o moralmente aceito e o sentimento de culpa.

Segundo Freud, a natureza do esquizofrênico não está focada em outras pessoas e coisas do mundo externo mas em si próprio. A mania de grandeza e a falta de conexão reforçariam a hipótese de que a libido de pessoas acometidas com tal doença mental é autocentrada.

Para Freud, as alucinações que se apresentam  seriam uma tentativa de reestabelecimento para devolver a libido novamente a seus objetos.

Na atualidade, após avanços nos estudos e tratamentos das doenças mentais e segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais) sabemos que é impossível classificar todos tipos de esquizofrênicos como megalomaníacos ou falta de interesse em outras pessoas. Existem pessoas com esquizofrenia que estudam, trabalham, se casam, realizam trabalhos voluntários (são empáticas), etc.

Na época que atuei na área de Recursos Humanos tinha acesso a laudos médicos de funcionários com CID de esquizofrenia e realizava o acompanhamento dos colaboradores sob meus cuidados, perante sua chefia direta. Tal vivência profissional me possibilitou a desconstrução de velhos paradigmas sobre a doença.

Recordo de dois casos em específico:

Funcionário 1: Diagnóstico de esquizofrenia, com formação técnica em TI, na época com 31 anos de idade, advindo de família que estimulava e incentivava sua independência, estudante da graduação de Análise de Sistemas, namorava, muito solicito para auxiliar colegas em relação à problemas de tecnologia mas com problemas de interação social (raramente almoçava com outras pessoas, não gostava de participar de eventos corporativos) e oscilava períodos de depressão necessitando de afastamento laboral. Constava em seu histórico internações em unidades de saúde psiquiátricas desde os 14 anos de idade.

Funcionário 2: Diagnóstico de esquizofrenia, atraso na alfabetização e letramento, na época com 16 anos, advindo de família sem muito conhecimento e informação sobre a doença e condições socioeconômicas desfavoráveis. Participou de programa de Capacitação Profissional ofertado pela empresa na área da culinária. Soube do programa através da associação de moradores da comunidade que residia e participava de ações beneficentes. Uma vizinha incentivou a mãe do funcionário 2 realizar a matrícula no curso. O aluno adorava as aulas, a interação com professores e outros alunos, participava das comemorações e realizava passeios em  shoppings com seus colegas de turma. Ao final do curso foi admitido em uma das unidades da empresa na função de jovem aprendiz. Teve o diagnóstico aos 14 anos de idade quando a família foi orientada e o aluno encaminhado pela escola para unidade de saúde devido ao comportamento e atraso na aprendizagem. Não possuía histórico de internações mas a família relatava episódios de raiva e agressividade quando contrariado.

Citei os dois casos porque vivenciei as experiências e concordo com Jung: "Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana".

Interessante a percepção de Freud sobre a esquizofrenia e a psicanálise no início do século XIX que continua sendo uma doença sem cura mas que na atualidade sabemos que na maioria dos casos, pode se beneficiar das terapias, inclusive da Psicanálise.

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Aliel Moises

Dois fatores podem acontecer megalomania e hipocondria, segundo Freud após esse processo de repreensão a libido que foi retirada  não mais busca outro objetivo, pois retorna ao ego que significa que acontece um abandono do investimento objetal e que e que uma ivasão primitiva anobjetal do nascimento é restabelecida.

A palavra esquizofrenia,  quando se analisa a origem da palavra, que vem do grego, significa mente dividida; porém,  ao analisarmos o indivíduo no que se refere à psicanálise e os estudos de Freud, o indivíduo esquizofrênico é aquele que não estrutura bem o se eu, o que pode ser causados por traumas na fase oral,  afastando-o da realidade e o que se forma, ao final, é que o ego não tem como recalcar as vontades do id e segue sua libido.

Acredito que seja uma cisão ou rompimento de seu Eu com o devido objeto em sua infância ao qual o mesmo não tente a ter um personalidade durável.

Segundo Freud, o que acontece com o libido na esquizofrenia é um processo de retirada da energia psíquica dos objetos externos e uma concentração no próprio eu. Esse movimento libidinal pode levar a dois tipos de fenômenos: a megalomania e a hipocondria. A megalomania é uma forma de compensação narcísica, na qual o sujeito se sente superior e onipotente, negando a realidade que o frustra. A hipocondria é uma forma de expressão somática, na qual o sujeito sente dores e desconfortos no corpo, como se a libido retornasse sem mediação para o eu corporal. Freud explica esse fenômeno também a partir de sua teoria da libido, que se divide em três fases: o auto-erotismo, o narcisismo e os investimentos objetais. Na esquizofrenia, há uma regressão da libido dos investimentos objetais para o narcisismo ou mesmo para o auto-erotismo, o que compromete a estruturação do eu e a relação com a realidade.

A esquizofrenia é um transtorno mental que afeta a forma como a pessoa percebe e interpreta a realidade. Ela pode causar sintomas como alucinações, delírios, pensamentos desorganizados, isolamento social e dificuldade de expressão. A esquizofrenia não tem uma causa única, mas pode estar relacionada a fatores genéticos, ambientais, neuroquímicos e psicológicos.

A psicanálise pode ajudar o paciente desde que o nível tenha troca , é uma doença complexa que há necessidade de acompanhamento em conjuto de um psiquiatra na introdução de medicamentos para controle químico do cérebro.

Na esquizofrenia, há uma retirada da libido dos objetos externos e uma concentração no próprio eu, o que pode levar a um isolamento e a uma perda de interesse pelo mundo. Além disso, a esquizofrenia pode causar distorções na percepção e na interpretação da realidade, como alucinações e delírios, que podem interferir na expressão e na satisfação da sexualidade. Os pacientes esquizofrênicos podem sofrer de emoções negativas, como ansiedade, depressão, culpa, vergonha e medo, que podem inibir a libido e dificultar o contato íntimo com outras pessoas.

O paciente deverá receber tratamento adequado, em conformidade ao nível  de sua doença, que inclua o uso de medicamentos, a psicoterapia e o apoio familiar e social.

Nesse caso o ID  se sente superior ao EGO vivenciando assim fora da realidade num mundo imaginário onde onde ele diz ser o Presidente ,

na verdade na constituição do seu eu ,algo aconteceu para que o ID não tenha sido repreendido pelo EGO ao ponto do ID se sentir superior

e viver esse mundo imaginário e de Ilusão.

acredito que nesse caso seja o narcisismo primário. como não tem a conexão com o mundo externo fora do criado pela pessoa, então a libido se manteria no própro eu ideal.

Módulo III

Freud propôs um modelo de personalidade composto por três instâncias psíquicas: o Id, o Ego e o Superego. Essas instâncias interagem dinamicamente e formam a personalidade, que pode ser afetada por transtornos psíquicos como a esquizofrenia. A seguir, vamos explicar as características de cada uma dessas instâncias e a sua relação com a libido, que é a energia psíquica que impulsiona as pulsões humanas.

O Id é a parte mais primitiva e inconsciente da personalidade, que contém os impulsos instintivos e as pulsões de vida e de morte. O Id busca a satisfação imediata dos seus desejos, seguindo o princípio do prazer. O Id é a fonte da energia psíquica, chamada de libido, que pode ser direcionada para diferentes objetos ou atividades. A libido resulta dos instintos sexuais e de sobrevivência, que são parte do Id.

O Ego é a parte consciente e racional da personalidade, que representa a percepção subjetiva do indivíduo sobre si mesmo e sobre a realidade externa. O Ego é responsável por regular os impulsos do Id, seguindo o princípio da realidade. O Ego busca o equilíbrio entre as exigências do Id, as normas do Superego e as condições do mundo. Por outro lado, o Superego é a parte moral e ideal da personalidade, que contém os valores, as regras e os ideais internalizados pelo indivíduo a partir da sua educação e da sua cultura. O Superego é o representante da consciência e do dever, que julga e critica as ações do Ego. O Superego busca a perfeição e a obediência aos seus mandatos.

A dinâmica entre as três instâncias, Id, Ego e Superego formam a personalidade. Quando não há uma interação harmônica entre elas, podem surgir os chamados transtornos psíquicos, como por exemplo a esquizofrenia. A esquizofrenia é um transtorno psíquico que afeta a percepção, o pensamento, a linguagem, a afetividade e o comportamento de uma pessoa. A esquizofrenia pode causar sintomas como alucinações, delírios, desorganização, isolamento, apatia, entre outros. A esquizofrenia é uma condição complexa e multifatorial, que envolve fatores genéticos, biológicos, psicológicos e sociais.

Freud buscou entender a esquizofrenia a partir da sua teoria da libido. Ele propôs que na esquizofrenia há uma regressão da libido do objeto para o eu, ou seja, o sujeito esquizofrênico retira o seu investimento afetivo das pessoas e das coisas do mundo externo e se volta para si mesmo. Essa regressão leva a uma perda de contato com a realidade e a uma fragmentação do eu.

Esquizofrenia reflete uma fixação do sujeito em etapas primitivas do desenvolvimento psíquico, mais precisamente, em etapas da fase oral. Na fase oral, a principal zona erógena é a boca, ou seja, a libido está organizada na zona oral, esta fase inicia-se no nascimento e estende-se até aproximadamente o primeiro ano de vida do bebê. Nesta fase, é através da boca que a criança irá conhecer o mundo, através de um modo incorporativo, fornecendo também prazer, onde a primeira descoberta de afeto do bebê é o seio, é através da ligação com o seio que o bebê irá experimentar suas primeiras vivencias de amor e ódio com o mundo.

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Fabio Amaro dos Santos
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