Desafio - Módulo III
A princípio, é importante ressaltar que o simples fato de desviar a libido do mundo externo não se trata de algo “adoecedor” em si. Mas, em se tratando de psicose, no caso aqui, esquizofrenia, a energia libidinal é desviada para pontos específicos do desenvolvimento dele (libido), dando origem aos sintomas de transtornos de megalomania e narcisismo, entre outros.
SIGMUND FREUD E A ESQUIZOFRENIA
"Os esquizofrênicos exibem duas características fundamentais: megalomania (mania de grandeza) e desvios de seu interesse do mundo externo - de pessoas e coisas. Em consequência da segunda modificação, tornam-se inacessíveis à influência da psicanálise e não podem ser curados por nossos esforços." Um exemplo é um paciente que acredita que é o Presidente dos EUA: ele se portará e falará como tal, tendo total afastamento da realidade, e de nada adianta confrontá-lo com a realidade, pois ele continuará a ser o Presidente. Ele crê na magia das palavras e no pensamento onipotente - ele pode ser Presidente. "Ele parece realmente ter retirado sua libido de pessoas e coisas do mundo externo, sem substituí-las por outras na fantasia. Quando realmente as substitui, o processo parece ser secundário e constituir parte de uma tentativa de recuperação, destinada a conduzir a libido de volta a objetos."
(FREUD, v. XIV, p. 91)
Ao mudar o libido, muda-se as percepções internas e externas
Citação de VILEMIR CHAMPOUDRY DE MATOS VILELA em outubro 30, 2021, 12:00 pmLendo o "Conceito do eu e da personalidade", digo que nesse caso em tela o personagem imagina que realmente é um presidente e assim se segue. Segundo a psicanálise, é desenvolvida e constituída pelas três instâncias: id, ego e superego. Dessa maneira, podemos concluir que ego atua de forma fundamental para caracterizar essa personalidade da pessoa com maior instância de psíquica e logo, leva uma relação com o mundo externo. "O eu necessita lidar e cessar ambas estimulações, tanto internas quanto externas, e fracassa, fica dividido, como uma falha que não se completa e permanecerá como um núcleo inacessível de caráter traumático onde se destinarão a formação dos sintomas e as fantasias (FREUD, 1996b)."
Maior contexto que acredito , vem do meio onde o ser esta inserido e de que forma e com quem. Na atualidade a perspectiva ortodoxa social e familiar , perde sua força mais nao identidade, devido ainda uma base social profunda fixa a construção para muitos e em muitos casos.
De acordo com a questão , quando a libido é afastada dos objetos externos há perda da realidade e alteração da percepção da pessoa que a faz buscar uma outra identificação para si encontrando um novo "eu ideal", ou seja, ela tem uma atitude de narcisismo primário que é o investimento da libido em si mesma.
A princípio, é importante ressaltar que o simples fato de desviar a libido do mundo externo não se trata de algo “adoecedor” em si. Mas, em se tratando de psicose, no caso aqui, esquizofrenia, a energia libidinal é desviada para pontos específicos do desenvolvimento dele (libido), dando origem aos sintomas de transtornos de megalomania e narcisismo, entre outros.
SIGMUND FREUD E A ESQUIZOFRENIA
"Os esquizofrênicos exibem duas características fundamentais: megalomania (mania de grandeza) e desvios de seu interesse do mundo externo - de pessoas e coisas. Em consequência da segunda modificação, tornam-se inacessíveis à influência da psicanálise e não podem ser curados por nossos esforços." Um exemplo é um paciente que acredita que é o Presidente dos EUA: ele se portará e falará como tal, tendo total afastamento da realidade, e de nada adianta confrontá-lo com a realidade, pois ele continuará a ser o Presidente. Ele crê na magia das palavras e no pensamento onipotente - ele pode ser Presidente. "Ele parece realmente ter retirado sua libido de pessoas e coisas do mundo externo, sem substituí-las por outras na fantasia. Quando realmente as substitui, o processo parece ser secundário e constituir parte de uma tentativa de recuperação, destinada a conduzir a libido de volta a objetos."
(FREUD, v. XIV, p. 91)
Depois de ler os artigos e alguns artigos alheios que Freud escreveu sobre este assunto, e também sobre o ID, EGO e SUPEREGO posso explicitar alguns pontos:
1° O esquizofrênico tem uma fixação de seu libido em determinados objetos, no caso específico ele seria o presidente do EUA, há de fato uma desconexão com o mundo real e a transferência para um irreal, evitando assim o EU INTERIOR, pelo paciente ter uma imagem de menos valia de seu SER.
2° Há a possibilidade de conexão com o EU INTERIOR, pois apesar de toda situação de sensorialidade de corte e exclusão, de fragmentação, ainda há um pequeno fio onde podemos nos conectar com o paciente, utilizando o mesmo para análise, sobretudo o tratamento é relativamente demorado.
O que acontece com a libido que foi afastada dos objetos externos na esquizofrenia?
Entendo que ao se analisar uma pessoa dita "normal" a percepção da mesma se basea no seu entendimento da realidade que a cerca.
Para a pessoa acometida de esquizofrenia essa realidade fantasiosa e distorcida para outros e a sua realidade e por esse fato a distorção não ocorre e o libido como energia não conciente entende que sua pulsões seguem as mesmas regras, sendo assim a mesma irá obedecer as regras do inconsciente mas serão interpretadas pelo cosnciente distorcido, como olhar para uma janela co vidros sujos ou para o espelho distorcido de uma casa de espelhos que alteram uma realidade e a mostram de outra forma.
Citação de IEVI em outubro 29, 2021, 11:11 amFreud então se pergunta: “O que acontece à libido que foi afastada dos objetos externos na esquizofrenia?”
Com base no que foi estudado sobre a constituição do eu, qual hipótese você poderia assinalar ou a que mecanismo Freud está se referindo????????
Observando o quadro clínico da esquizofrenia e os conceitos até aqui apresentados, a hipótese coerente diante do mesmo ser intratável pela Psicanálise, é claro dizer que há uma imposição de obstáculo de uma morbidade que tem para si a própria fala delirante como verdadeira, a RESISTÊNCIA.
Id para ego.