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Desafio - Módulo V

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A autoanálise deve ser feita de forma correta para que o individuo não caia na autocomiseração e seu estado psíquico atual se torne pior. Eu escrevi um livro intitulado "Estourando as bolas coloridas... do meu mundo de fantasia", nele compartilho as etapas de autoanálise  que fiz e de como é possível se desprender dos traumas quando os vemos com o intuito de compreendê-los e vencê-los. Então a minha resposta a pregunta feita é sim, eu já fiz autoanálise e a sensação que tive foi de liberdade, coragem e alegria.

É, na minha infância nada foi fácil, lembranças me lançaram em um turbilhão de sentimentos, o quanto um lar se estrutura influenciou nas minhas inseguranças e incertezas. O complexo de inferioridade viva dentro de mim 24 horas por dia, e me fazendo sentir um ser totalmente incapaz de tudo, as vezes dentro de algumas situações atuais vejo que quando acontece algo parecido me arremete sentir algumas coisas como na infância, e logo eu percebo e sinto o quanto algo passado tenta ser presente na minha vida.

Alegria , dedicação , determinação.

Mesmo com erros e acertos sempre temos traumas e medos a ser curados

 

SE CONECTAR COM A CRIANÇA INTERIOR É SEMPRE UM DESAFIO PELO MENOS PRA MINHA PESSOA.

DEVIDO AOS TRAUMAS PERDAS FRUSTRAÇÕES. MAS NESSE EXERCICIO VI QUE O MAIOR SENTIMENTO É O DE SUPERAÇÃO, RESILIENCIA E SIM DE REALIZAÇÕES VIVIDAS HOJE SONHADAS AINDA QUANDO CRIANÇA.

UMA MISTURA DE SAUDOSISMO, ALEGRIA, SIM TRISTEZA TAMBÉM, MAS É SEMPRE BOM OLHAR PARA O QUE ESTAMOS NOS TORNANDO.

Sobre esse desafio...

Começar já não foi muito fácil, mas era necessário um início. Comecei a escrever sobre as coisas aparentemente mais marcantes, fortes, sem roteiro. Escrevi aleatóriamente tudo o que estava lembrando. Fiz registro do que lembrava entre três e seis anos de idade, anotei de modo livre, sem associar as coisas. Optei por fazer, isto sim, de maneira cronológica - fases. No momento em que escrevi, algumas emoções vinham surgindo, mas não permiti que aflorassem para não perder o foco da lembrança.

Muitas lembranças, depois de um tempo de anotação me fizeram parar, refletir - sobre a época, condição material e financeira, o estar com os pais, entre outros. Ao reler, as emoções - saudades... É como se quisessem retornar aquela faze, época, ou melhor, sentir o mesmo prazer e alegria de que estava, aparentemente sentindo naquele momento. Ai o desejo de escrever mais, mais lembranças vieram a mente, ai consegui associar algumas coisas... ...veio a vontade de parar, a vontade de esquecer, mas maior era o desejo de estar lá e tentar resolver algo, fazer alguma coisa diferente.

Lembrei-me que sempre quis dirigir trator, e meu pai havia permitido antes... Profissionalmente quis ser advogado, policial, padre e logo pastor. Sobre as "fantasias" de criança ainda, enquanto meu pai torcia pro Internacional, eu pro Grêmio, igual a mãe; enquanto ele queria que eu fosse jogador de futebol, preferi o volei - dos doze anos aos dezoito... E outras coisas semelhantes a estas.

Surgiu o medo de estar só, de não vencer, mas aqui estou - e sinto que preciso trabalhar nisso.

Quis imitar meu pai quanto ao ser trabalhador, mas minha mãe sempre tentou me poupar. Aprendi com ele a tocar violão, inclusive quebrei um que ele ganhou num festival, sem esta intenção, e ganhei um violão dele, hoje eu toco. Herdei dele algumas e muitas coisas - copiei... Ele passava tempo fora, às vezes até quinze dias devido ao trabalho, a mãe mais com a gente. Penso ser estranho a questão da repetição, a imitação. O que sou hoje, obviamente provém dai, dessa relação, do meio cultural, da influência do meio e de suas condições.

Vejo, ao escrever este relato, que a nossa vida pode ser como a um poema, ou mesmo a "tragédia" Complexo de Édipo" ou "Édipo Rei". Posso perceber, sem narrar muitos detalhes, onde acontece, neste pequeno relato, a repressão do "princío do prazer" pelo "princípio da realidade". Logo, parece que estou a procrastinar e ao mesmo tempo, pareço abrir mão do que passou, e não querer retornar lá, por poder usar do presente para um momento mellhor, ou fazer daquele um momento melhor - pareço ser normal, neurótico (risos). Aí entra também o que Freud chamou de sublimação, ou seja dirigir a possibilidade do prazer, que nunca será alcançado de maneira total, por algo mais aceitável, possível, dentro de todas as condições possíveis, mesmo a social. Além da questão da simbiose e, aceitar a separação da mãe, e maravilhosa fase do prazer, recalcando e ao mesmo tempo aceitando o fato de que isto faz parte da vida, e isso nos faz, de certa forma, "amadurecer".

Entendo e, é completamente aceitável a Literatura de Sófocles, em que a Filosofia deu a sua contribuição e a Psicanálise se debruçou em analisar, interpretar e a entender a estrutura da psique humana. Volto a afirmar, o que já havia relatado em outra atividade, é compreensível e necessário o dialogar com demais ciências, e, neste caso, observar como é importante o olhar Psicanalítico até mesmo sobre a arte.

A auto análise nos levar a reviver inúmeros sentimentos. É um misto de alegria, mas também de tristeza. É na auto análise onde temos total certeza de que a cada dia somos uma nova pessoa.

A experiência de escrever sobre minha infância, tem sido constante. Estou nesse processo de auto conhecimento, devido a uma possível síndrome de pânico que enfrentei em 2022. Foi um período muito difícil, o meu sentimento é de que estava me perdendo. A terapia me ajudou muito e hoje estou melhor.

Mas lembrar de lembranças as vezes é conflitante, porque nem sempre um juízo parece ser certo. É preciso muito revisitar para poder clarear as sensações e as motivações que encontramos na vida.

Ja fiz este tipo de autoanalise e a principio achei meio estranho, meio triste, porem depois muito interessado em descobrir mais sobre meus comportamentos gerados pela minha infância e estímulos recebidos dos pais, amigos, professores, tios entre outros que marcaram minha vida. me ajudou e muito na mudança de alguns hábitos ruins.

Boa tarde, eu não fiz o exercício solicitado ainda, porém já o faço a anos, seja escrito, refletindo, meditando, rememorando, quase tudo que fui, e quem sou. Portanto, sim a momentos ruins e bons desta análise, e sim me tornei mais forte, e seguro de si, baseado numa vida analítica de minha própria pessoa. E por incrível que pareça, estou neste exato momento escrevendo um ebook que trata sobre este tema, que futuramente estarei disponibilizando.

Durante o processo de autoanálise, várias emoções repercutem, opressão, ansiedade, saudade, recompensaa, alegria, frustração, tristeza, felicidades. Mas o que sobressai ao final é a sensação de compreensão e liberação do eu ideal e a percepção de ter respostas mais maduras e assertivas na condução da própria história.

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