Desafio - Módulo V
Reforça ainda mais a influência da relação com os pais em nossos desenvolvimento e possíveis características futuras, meus pais se separaram quando eu tinha um ano de idade e quando eu tinha nove anos minha mãe foi morta pelo namorado, a falta deles e dessa estrutura familiar me fez ser uma pessoa relativamente confusa (estou muito melhor em relação a isso e me curando cada vez mais). Sempre fui uma pessoa observadora desde pequena e pude entender as minhas mudanças de fases através da auto-análise e análise das pessoas ao meu redor. Entendermos a origem de certos comportamentos nos faz tirar um peso das costas e nos colocar em uma posição de lucidez para tomarmos novas decisões em nossas vidas.
Tive uma infância com muito sofrimento silencioso, que me trouxe muitos pesadelos e insegurança na vida adulta. Tudo mudou quando conheci Jesus (Deus) e comecei a fazer terapia.
Foi a primeira vez que resolvo encarar meus "monstrinhos" da infância, escrevendo num papel tudo aquilo que me fez rir, e chorar. Me senti aliviada, e ciente de que todo ser humano tem sua dor e sua delícia ao longo de sua vida. Mas ambas precisam ser trabalhadas.
Em uma auto análise, mesmo não tendo a certeza que fiz de forma certa.
Tive uma sensação de vazio, saudade, gratidão, em certo momento tive medo ( mesmo sem saber explicar ao certo de que?.) tive sensação de vidro quebrado e se colando aos poucos, tive a certeza de muitas vezes me passar por forte e suprimir minhas dores, e ao mesmo tempo me sentir rica do que o dinheiro não se compra, completa em parte como esposa e mãe hoje, mas com a dúvida do: E se?
A experiência de colocar tudo no papel foi, para mim, um misto de nostalgia e angústia, com toques de esperança:
- Saudade
Ao revisitar minha infância, lembrei das manhãs em que acordava cedo para brincar no quintal e dos finais de ano na casa dos avós — momentos simples, sem a pressão financeira que carrego hoje. - Tristeza e medo
Surgiu aquela pontada de medo de “não dar conta”: a mesma insegurança que me assombrou quando pensei em largar a carreira de Educação Física para mergulhar em Engenharia de Software. Revi o receio de não conseguir pagar as contas, de não corresponder às expectativas de quem acredita em mim. - Desejos resgatados
Voltei a sonhar com independência — o desejo de ter um negócio online que gere renda sem eu precisar estar presente 12 h por dia no estúdio; a vontade de construir algo que una saúde e tecnologia, como imaginava quando pensava em um “app de treinos” na adolescência. - Alegria e motivação
Também senti uma faísca de entusiasmo ao recordar minhas primeiras linhas de código em Python — aquele momento em que tudo “clicou” e percebi que podia aprender uma nova linguagem e reinventar minha carreira.
me emocionei muito enquanto escrevia, e percebi que desde pequena ignoro a dura realidade que passei, ignoro as dificuldades e a figura paterna que me rejeitou e me gerou tantos danos emocionais, que até hoje nao sei como lidar, percebo que até hoje busco viver a vida de ilusão que criei desde pequena e abafando as feridas que estão em mim, percebo que hoje com 32 anos quero lidar com elas mas não sei por onde começar, tenho tantas ansiedades e medos de ser rejeitada e ou viver uma vida frustrada igual da minha mae que ignoro tudo isso e vejo que estou indo para esse mesmo caminho em pontos pontos da minha vida, porém hoje com mais conhecimento e consciência estou buscando entender essas feridas da infância, e seguindo uma vida com mais propósitos, fácil não é, pois tem muitas feridas desconhecidas em mim que preciso ter conhecimento para poder trabalhar elas. hojee é meu aniversario e eu não consigo ver essa data como algo importante ou comemorar pois penso que não é importante para as pessoas e que elas não tem a obrigação de fazer algo por mim, isso é uma ferida que analisei fazendo o texto e quero me permitir ser amada sem medo de rejeição por aqueles que sei que me querem e se alegram com a minha vida.
É meio estranho escrever minhas emoções, sabendo e relembrando de como foi minha infância adolescência, etc mas foi bom, bom reconhecer quem eu fui e quem estou me tornando no dia de hoje.
Sempre tive o hábito de escrever em diários, desde a adolescência até a vida adulta.
Relatando pensamentos, sentimentos ,decepções ações que muitas vezes eram condenadas por meu Superego.
Ali eu fazia minha autoanálise, relendo conseguia compreender onde havia um desequilíbrio de minhas emoções.
Agora, depois desta aula , percebo que a dissertação muitas vezes tinha um viés poético e filosófico.
O que me dá a percepção que as 3 estão correlacionadas na forma como a mente humana age.
Sêneca ia dizia:
a mente humana é como um espaço interior que pode ser moldado e transformado através da prática da razão e da virtude. Para ele, a sabedoria reside na capacidade de controlar as emoções e lidar com as adversidades da vida, buscando a tranquilidade interior, enfatizava a importância de cultivar a autoconsciência, reconhecendo as limitações e vícios da mente, para que se possa alcançar a serenidade e a paz interior.
O filósofo considerando a psicanálise, no meu ponto de vista!
Eu sempre digo que a mente individual de cada um de nós é nosso maior laboratorio de analises, reflexoes e grandes descobertas. Ao longo das minhas autoanalises sempre me deparo com sentimentos e sensacoes de engano, alegria, frustracao, conquistas, medos etc.
Quando olho para a minha infância me recordo dos momentos de alegria com as brincadeiras mas tambem me lembro de momentos difíceis que vivi quando tive dificuldades de aprendizado, isto me marcou muito em uma epoca onde tinhamos pouco suporte emocional dos pais e professores que muitas vezes nos estigmatizavam como "burros", mas todo ponto negativo tem sua contrapartida positiva, pois tais experiências traumaticas me impulsionaram a me tornar autodidata e adquirir conhecimento em areas distintas.
Fazer esse exercício foi, no mínimo, curioso. Comecei achando que não viria nada demais, mas à medida que fui escrevendo, surgiram imagens, lembranças e sensações que estavam meio adormecidas. Me peguei lembrando de uma tarde chuvosa da infância, onde eu me sentia invisível no meio de muita gente. Foi uma memória simples, mas ela trouxe à tona uma emoção de solidão e, ao mesmo tempo, de autonomia — eu me distraía criando mundos imaginários.
Durante a escrita, senti uma mistura de saudade, leve melancolia e uma pontinha de gratidão. Foi como se eu reencontrasse partes minhas que ainda vivem em mim, mesmo que disfarçadas de “adultice”. Medos antigos, como o de não ser suficiente, apareceram junto com o desejo de ser ouvida, de ser livre, de criar.
Percebi que muitos dos meus sonhos de hoje — como o desejo de ajudar pessoas, de criar algo com propósito — têm tudo a ver com aquela criança que se refugiava nos próprios pensamentos para se sentir viva. No fundo, somos feitos desses fragmentos. E esse exercício me ajudou a lembrar que me entender é também um jeito de me cuidar.