Desafio - Módulo VI
Laura não gosta da ideia de ter a atenção dos pais dividida com um irmão, por conta disso ela cria um mundo imaginário, podemos dizer que é um mecanismo fantasioso, onde ela pode voltar a ser a pessoa que mas tem atenção dos pais, dessa forma podemos dizer que ela usa um pouco de sublimação para direcionar a insatisfação criando um jogo magico, uma alternativa da realidade onde qualquer coisa pode ser real, desse jeito a raiva e ansiedade não é exposto, ficando sublinhado através da criação fantasiosa dela.
Está operando o mecanismo de defesa chamado fantasia, processo psíquico em que o indivíduo concebe uma situação em sua mente, que satisfaz uma necessidade ou desejo, que não pode ser, na vida real, satisfeito. No caso, sua fantasia lhe dava a sensação de controlar o mundo. Pode ser visto como o mecanismo de sublimação também, pois esse fantasiar é aceito pela sociedade, e pode se converter em uma manifestação artística.
Anna Freud.
Livro o ego e mecanismos de defesa no segundo capítulo.
Descreve as técnicas de psicanálise a partir do ego, na hipnose que é o primeiro método que Freud trabalha o, ego é "dispensado" e o terapeuta tivesse acesso ao material do isso. Ela lembra que Freud faz a mudança do método cartatico pra associação livre, numa perspectiva que o ego precisa participar desse processo. O ego tem importância de perceber quais são os mecanismos que usa para impor ao material do inconsciente. O que é bom para o psicanalista são os mecanismos usados pelo ego pra se defender do id, no início da psicanálise Freud não tinha o conceito de id. O psicanalista lida com a resistência do ego com os mecanismos de defesa. De certa forma o analista é aliado do id, que desarma as defesas.
No caso de Laura ela tem um mecanismo de defesa, ao qual usa sua imaginação para trazer a realidade situações reversas ao que realmente ocorre, ela precisa acreditar que está certa sobre a rejeição, e alimentando o seu ego de certezas, assim trazendo a sua realidade um fato inexistente.
O recalque consiste na tentativa do Eu se furtar do desprazer, quando se diz que uma pessoa esta recalcada, significa que ela esta insatisfeita e reprimida.
Portanto Anna Freud neste caso indentificou que o Ego usava o mecanismo de inversão, deixando assim a pulsão se tornar atitude.
Laura conseguia reduzir a inveja do seu irmão praticando o jogo onde se tornava capaz de fazer mágica.
De acordo com Freud, o complexo fraternal é uma variante do complexo de Édipo e ganha volume até se converter em um "complexo de família", onde a sexualidade da criança é dirigida a um dos pais, enquanto sua hostilidade é dirigida ou ao pai do outro sexo (complexo de Édipo), ou aos irmãos (complexo fraternal), caracterizado como uma "disputa entre rivais".
Na situação de rivalidade existem, entre outros afetos, desejos e comportamentos de ciúme e de inveja. De acordo com Klein, a inveja e o ciúme estão intrinsecamente ligadas a objetos dentro de um referencial pulsional-objetal e as pulsões se expressam por meio das fantasias, sendo o fantasiar uma capacidade inata e o conteúdo das fantasias não inteiramente dependente das experiências com objetos externos, embora seja influenciado por elas.
O complexo de Édipo é seguido da ação intensa do recalcamento que inaugura um novo período do desenvolvimento psicossexual: a latência. Esse período (que compreende a faixa etária dos seis aos doze anos) se caracteriza por ser um período de defesas dinâmicas, estabelecendo esta relação entre infância e defesa.
De acordo com Freud, a latência se inicia com o declínio do complexo de Édipo e se caracteriza por uma transformação da libido do uso sexual que é voltada para outros fins, através da sublimação como um recurso para lidar com os dilemas. Está aqui o mecanismo que explica o caso Laura.
Com base no texto concluo que o mecanismo de defesa adotado por Laura é o recurso do imaginário para alivio da realidade que lhe traz angustia, no imaginário ela vive um personagem que nos momentos imaginativos deixa a mente dela mais leve, nossa imaginação é poderosa nos sonhos e na nossa imaginação podemos ser o que quisermos.
Imagino eu que nesse caso de Laura o sentimento de inveja, ciúmes que ela tinha do seu irmão estava no seu consciente, porque toda vez que ela o via ela sentia-se substituída por ele, como se ele roubasse o que era dela, no caso atenção, então a partir dai entra o impulso que lhe dá um sentimento de prazer, onde ela entra no seu inconsciente e fantasia momentos bons para sua alegria e superação.
Laura criou um mecanismo de defesa peculiar. Tenta compensar suas mágoas o máximo que pode com um universo completamente paralelo e inúmeras fantasias, antes de entender que tudo o que ela quer acontece nesse universo, ou seja, ela tenta mudar a realidade. Quando tem ciúmes do irmão, mostra insatisfação com o status quo. Laura joga um jogo imaginário, criando um mundo irreal onde apenas coisas boas podem acontecer. Neste jogo, ela é incrível e pode mudar o que quiser, então é assim que ela quer ser.
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