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Desafio - Módulo VII

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Do ponto de vista psicanalítico, especialmente a partir das formulações de Freud, Lacan e seus desdobramentos, a noção de "realidade" não é simplesmente aquilo que corresponde aos fatos objetivos, mas é construída subjetivamente, atravessada pelo desejo, pelas fantasias inconscientes e pelas estruturas simbólicas que organizam o psiquismo. Na perspectiva psicanalítica, uma imagem é percebida como “real” ou “mais real” quando ela ressoa com o inconsciente do sujeito. Isto é, ela toca em algo que já está estruturado dentro do psiquismo, um desejo, uma fantasia, uma angústia, um gozo. A imagem que mobiliza essas camadas profundas ganha força de verdade, ainda que não corresponda a um fato objetivo. A função do olhar, Lacan distingue o olhar como objeto pulsional, que não é apenas o ver (visão), mas algo que nos olha. Quando uma imagem "olha" o sujeito, ou seja, quando ele se sente implicado nela, ela se torna mais “real”. Identificação e projeção, quando a imagem permite que o sujeito se identifique com ela, ou projete nela seus próprios conflitos, medos ou desejos, ela é percebida como mais verídica. O registro do Real (Lacan), o "Real" em Lacan não é o "realismo". É o que escapa à simbolização, o que não pode ser totalmente representado. Uma imagem que toca o Real — que provoca angústia, horror, ou um certo fascínio inexplicável, pode ser sentida como "mais verdadeira", porque se aproxima de algo que o sujeito não consegue simbolizar, mas sente como presente. As redes sociais funcionam como comunidades simbólicas. O sujeito se identifica com determinados grupos, valores, estilos de vida, crenças. Essa identificação cria um laço imaginário (no sentido lacaniano), em que o sujeito adere não só às ideias, mas à fonte que as veicula. Assim, uma notícia ou imagem compartilhada por "alguém do meu grupo", ou por um influenciador com o qual me identifico, tem mais chance de ser considerada verdadeira, pois reforça minha posição subjetiva no laço social. O sujeito, em sua constituição, sustenta certas fantasias inconscientes — sobre o mundo, sobre o outro, sobre si mesmo. Quando uma imagem ou notícia confirma essas fantasias, ela é facilmente aceita como verdadeira, pois serve ao gozo psíquico. Nas redes sociais, algoritmos repetem imagens e narrativas que correspondem aos interesses do usuário. Isso cria um reforço simbólico constante, uma espécie de espelho ampliado, que valida o que o sujeito já acredita. Tal efeito é similar ao mecanismo de foraclusão do diferente, aquilo que é discrepante do discurso dominante é excluído ou desqualificado. Freud já mostrava que o sujeito pode, ao mesmo tempo, saber e não saber algo — acreditar e não acreditar. Assim, o sujeito pode "acreditar" em algo veiculado mesmo sabendo que pode ser falso, porque isso lhe é mais confortável psiquicamente. Esse mecanismo de desmentido preserva a fantasia e protege contra a angústia. Uma imagem é percebida como mais "real" não necessariamente porque mostra a realidade empírica, mas porque ela se articula ao desejo, à identificação, à fantasia e ao gozo do sujeito. Nas redes sociais, essa percepção é ainda mais reforçada por mecanismos de repetição, pertencimento e confirmação inconsciente.

O que caracteriza uma imagem real ou menos real é a forma que foi representada no pensamento de quem vê a imagem. Cada pessoa tem percepções diferentes uma das outras e acabam criando ilusões criadas pelo processo de simbolização.

As imagens por si só tem um forte poder de persuasão e dependendo de onde é veiculado pode gerar uma falsa credibilidade e a pessoa acaba que acreditando nela sem mesmo questionar se é o real.

A interpretação de cada um faz o julgamento da imagem e no caso ou pré-fotográfico. A realidade é vista por aproximação com base em uma figura. Já na segunda questão as pessoas do "social" se identificaram a rede social e se uniram em prol de uma idealização.

Infelizmente a sociedade hoje vive um momento de tanta revolta com diversos assuntos (politica, economia, segurança pública, etc...) que ela mesma se torna perigosa. A simples exposição de uma imagem (em seu paradigma pré fotográfico) pode ocasionar - como assim o fez - uma tragédia. Pessoas observaram um retrato falado e atribuíram um fato associado a este a uma pessoa que, talvez sendo realmente parecida, foi-lhe imputado uma responsabilidade por um ato revoltante. A imagem não era real, mas para aquelas pessoas o sentimento de revolta e vingança tornaram ela (a imagem) como uma prova real para acusar a uma pessoa. A mensagem da matéria, e todos os detalhes, foram influenciadores das atitudes da população para com uma pessoa inocente. Uma IMAGEM acabou interferindo na REALIDADE

Muitas pessoas acreditam em imagens tidas como reais que são postadas nas redes sociais, ou jornais.

O retrato falado fez com que as pessoas acreditassem que uma inocente parecida com a culpada, fosse morta. As pessoas que fizeram isso acreditam fielmente em suas convicções e agem em massa. Se um ou mais falaram aquilo se torna real e não simbólico!

Acredito que as pessoas acreditaram que aquilo era real pois agiram em massa, a convicção de várias pessoas unidas, acreditaram no parecido e mataram uma pessoa inocente, que nunca havia sequestrado ninguém. Dessa forma, o real que muitas pessoas vivem e acreditam pode ser ilusório.

o que caracteriza o real hoje em dia no ano de 2025 são duas pautas :

 

o fato de que a internet nos tornou deuses da própria  justiça -

a sensação de que estamos lidando com uma travessia muito perigosa na nossa mente através daquilo que se torna marketing ou veiculado

se fosse divulgado na intern ou num jornal qualquer em 1950, poderia ter acontecido a mesma coisa. a questão é , como somos capazes de acessar um pensamento coletivo onde tornamos real o que queremos tornar real sem nenhuma espécie de pudor ou racionalização e ponderação. estamos sedentos por justiças e por estarmos em um país muitas vezes falho nesse sentido , nos achamos heróis alheios das vidas alheias , o que mais importa estou sustentada numa imagem do real coletivo , se é pra um é pro outro e pro outro e pro outro , se fosse só pra uma pessoa séria considerado só mais um homicidio, neste caso , um surto coletivo.

a imagem ela e algo que impregna em nossa mente e quanto mais vemos mais real ela se torna, por isso temos que ter o devido cuidado ao compartilhar, além de causar revoltas nas pessoas de um fato que não e verídico, colocando inocente por culpado.

diante da imagem e também do que esta sendo relatado sobre a imagem, quanto mais polemica mais real a imagem fica e mais divulgado ela se tornara.

Hoje em dia usufruímos da internet abordando vários assuntos, momentos são compartilhados em redes sociais assuntos verdadeiros, falsos, imparciais, relevantes ou irrelevantes, com isso a gente tem que ter cuidado e verificar a fonte de cada informação do qual conquistamos é do correr da nossa vida em utilizar redes sociais, a rede social em si as informações obtidas pela internet pode ser enriquecedoras ajudar em nosso mecanismo de aprendizagem e de compartilhar ideias informações plausíveis, para o outro lado é preciso cercar alterosas para saber de fato essa informação que estamos levando para frente é verdadeira de fonte segura.

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