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Desafio - Módulo V

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A experiência de autoanálise foi com bastante resistência, mas procurei lembrar primeiramente das boas lembranças e com a narrativa passando na mente acaba vindo as más lembranças também. Fui totalmente influênciada pelos meus pais, filha única e de primeira viagem de ambos, fui moldada exatamente na perspectiva do eu ideial. Sofro muito com essa análogia hoje em dia, por não continuar de certa forma o narcicismo deles.
Sobre as emoções veio leveza, felicidade, preocupações, mas em geral acredito ter sido uma boa infância, muitas brincadeiras, jogos, casa de amigas, filmes, mochilas, papelaria, viagens, Layssa, barbie. Até o ponto de ruptura da separação deles, isso me tirou da bolha completamente e me sentia/ sinto perdida no mundo. Hoje busco o autoconhecimento para saber quem eu sou, e a partir disso me posicionar no mundo.

Pra mim foi estranha demais. Jamais me imaginei relatando pra mim mesmo o ocorrido sintetizado da minha infância marcada por tristezas, dores e muito aprendizado.
Reler então foi um exercício doido demais. Mas foi uma experiência diria que fantástica.
Percebi que o peso da escrita me fez pensar em diversas vezes em maquiar a narrativa, foi quando percebi que estava escrevendo pra mim mesmo.
Hoje percebo que há muito de mim através do que vivi e não fosse essas experiências, certamente não chegaria aonde cheguei.

Para mim uma sensação de necessidade de autocuidado, mais atenção comigo mesma e menos autocobrança.

Lembrar da minha infância é como entrar em um quarto escuro, pois tenho poucas lembranças desta fase da minha vida. A algum tempo atrás eu dizia que minha infância foi tranquila e normal, meu pais não eram carinhosos, hoje consigo identificar uma realidade bem diferente, vivi em um lar disfuncional, onde meu eu era descaracterizado e sem autorização para demonstrar sentimentos e emoções, lembrar disto hoje é muito triste, pois lembro de momentos de muita dor e que não podia falar, claro que isto tem relação com quem sou hoje, encontro muitas dificuldades, principalmente em demonstrar meu sentimentos, desejos e até necessidades, não me sinto confortável ao lado de ninguém, pois lá atrás não havia segurança emocional no ambiente, eu sempre precisei pisar em ovos, tendo muito cuidado para não desagradar evitando assim dores como a de repreensões, desaprovações e comparações dolorosas.

Freud iniciou sua auto-análise de maneira ocasional e fragmentada em 1890, baseado fundamentalmente na interpretação dos próprios sonhos, lembranças, lapsos e esquecimentos. É bem isso, quando fiz me veio sentimentos e muitas outras lembranças que não imagina sentir e reviver. 

A auto análise , é extremamente importante para um olhar cuidadoso e de cuidado. É uma atenção que precisamos ter e colocar como uma importância esse momento. É dá relevância ao que é de fato relevante. Esse momento trouxe dores, lágrimas, felicidades, risos e gratidão. O olhar pra si é essencial para uma construção.

A auto análise me levou a me enxergar de forma profunda e me olhar as .unhas sombras vivenciando meus  medos de frente foi transformador

 

Foi muito interessante, pois  a medida em que eu ia me lembrando  de coisas  que  aconteceram na minha infância, vinham na minha  memória  outras  coisas  que jamais me lembrava . E essas lembranças  vinham em direção do  fundo  do tempo para  cá, chegando para o presente gradativamente . Amei  a experiência !

Minha experiência foi triste e saudosa  . Lembrei da infância pobre , das brigas familiares . Mas também dos primos brincando na casa dos meus avós e o cheiro de pão caseiro

Desde jovem, sempre me considerei uma pessoa com uma infância feliz e repleta de momentos de alegria e amor. No entanto, ao longo dos anos, tenho sido assombrado por uma sensação recorrente de melancolia. Essa sensação me levou a buscar respostas para estes conflitos internos.

Aos 43 anos, decidi embarcar em uma jornada de autoconhecimento e cura emocional através do estudo da psicanálise e do discipulado cristão. Busco compreender os complexos mecanismos da mente humana, mergulhando fundo em minhas próprias emoções e experiências passadas. Sinto-me compelido a desvendar os mistérios que estão por trás da desta melancolia, e entender por que ela persiste apesar das memórias felizes da minha infância.

Cada sessão de análise é como uma jornada rumo às profundezas da minha mente, onde confronto minhas dores e medos. À medida que mergulho nas camadas do meu inconsciente, começo a reconhecer padrões de pensamento e comportamento. Aprendo a olhar para mim mesmo com honestidade e compaixão, permitindo-me aceitar minhas fraquezas e imperfeições.

A psicanálise não apenas me oferece ferramentas para lidar com meus conflitos pessoais, mas também me proporciona um profundo entendimento do funcionamento da mente humana.

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