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Desafio - Módulo V

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A auto análise trouxe entendimento a pensamentos de culpas, tristezas e aflições constantemente experimentados. Hoje, já é possível entender o que acontece, o que aconteceu e ter meios de lidar melhor com esses sentimentos e com situações que me remetem a eles.

Sempre me considerei uma pessoa de bem, mais neutra . A auto analise que venho trabalhando já algum tempo, está me mostrando o quanto preciso melhorar, me modificar, para aí sim, deixar de ser neutra. Confesso que dá medo, muitas vezes não consigo aprofundar por saber que é algo muitoooo forte e transformador. Mais acredito que realmente seja algo que leve bastante tempo.

Pois muitas coisas sabemos que não é certo e continuamos a praticar, saber é diferente de fazer.  E a auto analise mostra claramente isso: só depende de nós, se alguém tem culpa, é nós mesmos, se queremos ou precisamos de algo , nós é quem devemos fazer, somos capazes de de qualquer coisa.

Já faço uso da escrita , através de um caderno terapêutico. Há tantas emoções escritas, dores, tristezas, alegrias. Inúmeros desconfortos ocasionados por faltas na minha infância, necessidades e diversos conflitos por causa de alcoolismo. Brigas e tantos outros detalhes que ressoam tão vividos no meu inconsciente.

A auto análise é muito importante, pois através dela identificamos as razões pelas quais agimos na vida adulta, em decorrência de algo que aconteceu na infância e assim podemos curar os traumas e oassar a agir diferente daqui pra frente.

 

Sim. Sempre faço autoanálise. Tenho uma história de vida muito complexa (ou diria, interessante) desde a infância até os dias atuais...

Escrevendo sobre minha história me fez lembrar de momentos tristes que vivi, como por exemplo: a perda do meu pai com 6 anos de idade, eu considerava ele o meu protetor, depois que ele se foi ficou tudo mais difícil, as condições não eram boas, passamos dificuldade. E aos meu 19 anos perdi minha mãe, ai ficou mais difícil ainda, me lembro que ela temia morrer e me deixar sozinha, hoje não me considero mais sozinha embora me senti assim por muito tempo, hoje Deus preenche o meu vazio.

Ao escrever a auto análise sobre minha infância ,onde meu pai se tornou ausente ,e minha mãe muito  rígida , responsável em nossa criação eu e uma irmã ,minha infância foi triste ,alguns momentos outros bons ,e nessa experiência ao relembrar eu não tive saudades ,mas pude sentir alívio por n me sentir triste ,saudosa e achei estranho esse sentimento de alegria por não sofrer ao relatar por escrito, sonhos de infância que foram deixados ao longo de anos que me realizei depois ,então hoje eu sou bem agradecida e me sinto feliz .,em ser uma nova pessoa que entende  esse lado da infância sem dor ,mas com amor .

Muito bom ter uma visão positiva, a despeito das dificuldades.

Um misto de sentimentos, numa lembrança, talvez, a única de uma infância ainda muito novo, me veio a lembrança da união dos meus pais, a forma com que , meu pai brincava comigo, após o trabalho, ao mesmo tempo que me recordei de toda amorosidade de minha mãe, me ensinando a rezar a ave maria, foi bom, logo depois, em momento bem posterior, me veio a lembrança pós separação deles, e do reatamento da relação também, lembro que tomei uma certa aversão ao meu pai, um ressentimento com minha mãe, pois me sentia meio excluído,  em função das atenções dela, na época da separação, ao meu irmão mais novo, que havia ido morar com meu pai, parece que toda a frustração que ela sentia naquele momento eram descontados sobre mim, espancamento, indiferença, inclusive uma frase que carreguei comigo por anos, "como você é enjoado, você é quem deveria ter ido morar com seu pai", acho que isso, criou em mim um sentimento de inferioridade, não suficiência, foi nessa época que comecei, ali pelos sete anos de idade, a ir a igreja, católica, que ficava próxima a minha casa. A primeira imagem que tive ao visitar a igreja, num dia de sábado, quando haviam muitas crianças reunidas, sendo preparadas para a catequese, e  fui atraído até lá pelo coro do cântico das crianças, como entrei por trás da igreja, pela secretaria, que tinha uma porta que dava para o altar e de lá dava para ver toda a igreja, foi a de uma estatua de nossa senhora de Fátima, sobre uma mesa, em frente a todas as crianças que ocupavam os bancos da igreja, sentadas em direção à santa, trago essa imagem ainda hoje comigo, um sentimento de pertencimento, de proteção, logo dei jeito de entrar p catequese, me tornei coroinha, e devoto de Nossa Senhora de Fátima. Nos eventos dos dias das mães, a minha nuca ia e lembro que dava flores para ofertar para as nossas mães, quando chamavam meu nome, eu colocava a minha rosa nos pés da imagem.

Hoje vejo, com essa analise, que isso talvez tenha me influenciado a querer sempre agradar, muitas vezes me sacrificando, ao mesmo tempo que busquei estar sempre me destacando em tudo o que fiz, talvez numa tentativa inconsciente de se buscar esse olhar, esse reconhecimento, ser importante também.

O tempo foi passando, é claro, fui amadurecendo, me tornei pai, e com isso percebi que nos primeiros anos de vida dos meus filhos, eu tinha um cuidado excessivo com eles, um medo de que algo acontecesse com um deles, e eu os perder. Fui vendo que era um amor sufocante, que os limitava, fui compreendendo, com a ajuda de terapias, que temos que dar uma distancia segura, de modo a deixar que eles tivessem suas próprias experiências, agradáveis ou não, isso faz parte do desenvolvimento saudável do ser. Mas continuei com uma inabilidade muito grande em lidar com as emoções com relação a mãe dos meus filhos, hoje, minha ex-mulher, muitas coisas foram acontecendo até chegarmos ao fim do nosso casamento, O sofrimento pela ideia de eu estar distante, de eu estar abandonando, de eu estar falhando, me fez novamente voltar as terapias e finalmente perceber que aquele fato tinha muita influencia sobre toda a minha vida até aquele momento, e procurar com o auxilio do meu terapeuta e muita...muita pratica de exercícios para ressignificação de acontecimentos e sentimentos,  encarar a vida de uma forma mais leve, sendo mais empático, sobretudo, estabelecendo limites sobre o que de fato é meu, então posso mudar e o que é do outro e, se não puder contribuir com a mudança, também esta tudo bem. Logo, essa prática sugerida neste exercício aqui, me fez revisitar essas lembranças, hoje, embora tenha uma lembrança dos diferentes sentimentos de cada situação, já ficam no lugar de lembranças, e muita compreensão de que agi e agiram comigo, talvez de forma tão impulsiva, dado o momento, que não há sentimento de dor, rejeição ou culpa. Simplesmente a consciência de que a vida segue, o passado é um lugar de referencia, que pode, com a ajuda certa, ser ressignificado para a construção no hoje, de um amanha mais ameno.

Eu fiz a auto análise com uma certa saudade dos momentos vividos, as alegrias, os lugares as pessoas os momentos os desejos na infância, trazendo para os meus dias de hoje acredito que consegui trazer muitos dos momentos que vivi na infância, meus pais não tinham condições de comprar uma boneca para mim, porem meu pai tinha uma enorme plantação de milho e me recordo que eu sempre ia ao milharal e brincava com as espigas novas, imaginava muitas bonecas e dava nomes a elas, vivia uma forte emoção e alegria com as espigas de milhos, hoje eu entendo que consigo sublimar as situações que a vida me traz, para alcançar a verdadeira alegria de viver.

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