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Desafio - Módulo V

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Eu sempre fui uma pessoa de me auto analisar diariamente.

Toda vez em momentos que estou sozinha (dirigindo, no banho ou antes de deitar) eu repasso meu dia na minha cabeça, às vezes sou gentil comigo mesma e às vezes sou severa.

Fui filha única durante 6 anos e minha infância foi construída por adultos que trabalhavam muito, por uma mãe que teve uma maternagem péssima e precisou me deixar com minha avó para que pudesse trabalhar. Minha avó só se certificava que eu estivesse viva. Carinho, atenção, abraços, nunca tive. Creio que por isso desde pequena, aprendi a resolver meus problemas sozinha e a não contar com ninguém para me entreter e me distrair.

Mas apesar de tudo tive uma infância ok. Eu brincava, tinha amigos na escola e meus pais cuidavam para que eu tivesse tudo o que eu precisava, não o que eu queria, o que acho que foi um grande acerto deles. Mas depois vieram meus primos e minha irmã, sempre com muita diferença de idade e acabei tendo que ser a irmã mais velha, prima mais velha, o exemplo... nunca tive tempo para saber o que realmente gosto e seguir minhas vontades pois eu precisava ser o exemplo: boa aluna, estudiosa, formada na faculdade, trabalhando, ganhando meu dinheiro, me casando... acho que de tanto dar bons exemplos eu cansei um pouco e decidi não ser mãe.

Hoje tenho a felicidade de ser uma pessoa terapeutizada, que está no processo de cura de sua criança interior, e que pode estudar e ajudar mais pessoas no mesmo processo.

Sempre faço autoanálise. Na verdade, ainda quando eu desconhecia a psicanálise, eu já fazia. Entendo que sempre foi meu instinto, sempre fui muito reflexiva e me recordo bem de momentos da minha infância onde eu mesma me questionava, eu tinha dificuldades para dormir, e na década de 80 nem se falava sobre ansiedade. Eu conversava comigo mesma, um exemplo foi aos 5 anos de idade, de madrugada querendo entender o porquê tínhamos que respirar, qual era a finalidade de estarmos aqui, por que existia o mundo, qual era o sentido. Por mais estranheza que possa gerar quando eu conto essa passagem, para mim todas as ações e memórias contribuem muito para as minhas decisões e atitudes hoje. Até mesmo pela dificuldade financeira que tínhamos na época e eu sempre dizia que eu iria conquistar o material... conquistei, mas acabei perdendo o lugar de filha... e só agora aos 40 anos estou recuperando o meu lugar, posso dizer que através da autoanálise está sendo possível eu ser filha novamente.

A auto análise , e primordial é nossas vidas, até por é uma junção de sentimentos experiências vividas, onde podemos analisar o que podemos melhorar em nossas vidas.

É onde podemos superar traumas vividos em nossa infância, aperfeiçoar tudo aquilo que se faz necessário para uma vida melhor.

Bom sobre a auto análise sempre estou a fazer lo...perdi meus pais com 14 de forma trágica cresci de lar em lar minhas irmãs e eu ..até então me achava uma coitada e que o mundo devia algo tinha muitos bloqueiios mais com o decorrer do s anos e várias experiências,que hoje não digo nem boas nem ruins apenas um processo de aperfeiçoamento digo que me encontro cada vez mais com meu "EU" verdeiro e todos os dias ao deitar me faço uma auto análise sobre oque aprendi oque melhorei e oque ainda preciso melhorar mais e continuo , constante e necessário fazer lo para domar nosso id mais primitivo.

Ao refletir sobre minha trajetória de vida, percebi como a ausência emocional de meus pais, que estavam frequentemente ausentes devido ao trabalho, moldou profundamente minhas dinâmicas psíquicas. Este cenário remete ao conceito freudiano de experiência de privação, em que a falta de uma figura materna ou paterna presente e emocionalmente disponível pode gerar sentimentos de abandono e ansiedade.

Minha babá, que assumiu o papel de cuidadora principal, foi fundamental na minha formação emocional, atuando como um "outro" significativo. Este vínculo pode ser analisado à luz do conceito de imago de Lacan, que se refere às imagens internalizadas das figuras parentais ou substitutas que moldam nosso inconsciente. A presença constante e o afeto da minha babá ajudaram a criar uma base emocional relativamente segura, apesar da ausência parental.

Meus avós, por outro lado, desempenharam um papel formativo no desenvolvimento do meu superego. Ao estabelecerem expectativas elevadas e um ideal de desempenho, contribuíram para a formação de um superego rígido, caracterizado por altos padrões e perfeccionismo. Essa dinâmica também pode ser interpretada sob a lente lacaniana como parte do discurso do mestre, onde a autoridade e as demandas externas influenciam fortemente a formação do sujeito.

Durante a adolescência, a sensação de vazio pode ser compreendida pela teoria das estruturas lacanianas, especificamente a ideia de uma falha na completude do eu. Lacan sugere que o sujeito está sempre em busca de algo que falta, uma incompletude fundamental que impulsiona o desejo. Essa fase de vazio e busca por identidade reflete a tentativa de encontrar um lugar no Outro, ou seja, uma busca por reconhecimento e validação externa que nunca é totalmente satisfatória.

O diagnóstico tardio de TDAH pode ser visto como um elemento perturbador na estruturação do meu ego. Na psicanálise, o ego é responsável pela mediação entre os desejos inconscientes e a realidade externa. O TDAH, ao interferir na capacidade de concentração e organização, exigiu o desenvolvimento de mecanismos de defesa, como a formação reativa — a transformação de uma emoção ou impulso indesejável em seu oposto — manifestando-se como extrema organização e controle sobre as tarefas diárias.

Os 15 anos de análise psicanalítica foram um espaço onde pude trabalhar essas questões inconscientes, compreender as transferências e contratransferências que surgiam em relação ao meu analista, e elaborar as fixações e repetições que dominavam minha vida. A análise me permitiu revisitar minhas fantasias inconscientes e entender como elas moldaram minha relação com o mundo, facilitando a formação de um eu mais sólido e integrado, consciente de suas neuroses e defesas.

Estudar psicanálise agora é um passo natural na minha jornada de autoconhecimento e desejo de ajudar os outros a navegar em suas próprias complexidades psíquicas. A prática psicanalítica, com seu foco no inconsciente e na escuta profunda, me permite devolver à sociedade o que aprendi: que a análise é uma ferramenta poderosa para descobrir as raízes das nossas angústias e trabalhar na reconstrução de um eu mais saudável e autêntico.

Pra mim foi um misto de emoções, eu tive uma primeira infância muito feliz apesar das dificuldades financeiras, porém em determinados momentos tive algumas perdas que me marcaram muito como mudanças de casas e amigos, o afastamento brusco que meu pai provocou entre eu e minha avó materna, vivenciei algumas perseguições na escola quando tinha uns 10 anos que fez com que eu me fechasse bastante para o mundo me tornando uma pessoa mais introspectiva, insegura, tímida e calada.

Resumindo minha infância foi marcada por muitos momentos bons, mas minha pré-adolescência, adolescência e vida adulta já foi um pouco mais conturbada marcada por muitos desafios, mas também foi marcada pela realização do meu maior sonho de menina que foi ser mãe.

Sou grata a Deus por tudo que passei em minha vida, tanto pelos momentos bons quanto pelos ruins pois foram eles me moldaram e me  fizeram ser a pessoa forte, resiliente, empática e uma mãezona  que sou hoje.

Muitos sentimentos, alegria por esta vivo e ter sobrevivido naquele tempo de muita dificuldade, pouca comida, onde meu pai trabalhava se noite em uma metalúrgica e descansava de dia, onde minha mãe é que nos ensinava os princípios que uso até os dias de hoje: Seja honesto, não queira nada que é de outra pessoa, trabalhe, estude muito, valorize a quem te valoriza e se alguém te desprezar, abençoe e siga em frente fazendo sempre o bem sem olhar a quem; Hoje faço uso de todos os conselhos que recebi de minha mãe e ficou comprovado na minha vida que os resultados das minha ações chegam e me fazem ter um comportamento diferenciado em relação a muitas pessoas nos dias de hoje.

Analise é necessário para evolução e entendimento de todo o processo analítico que iremos atender.

Essa atividade sem dúvidas mexeu muito comigo, foi triste, estranho, muitas descobertas.

tem muita relação com quem me tornei atualmente, traumas, medos, ansiedade.

A autoanalise leva a saber o que somos de fato.

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