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Desafio - Módulo V

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Nostalgia... raiva... mas orgulho do que sou hoje. Apesar das necessidades que passei, todo o sofrimento, fome, dificuldades, alegrias e tristezas moldou quem eu me tornei. Olhando pra trás, para o caminho que percorri, vejo que fiz as escolhas certas, mesmo sem saber que nos momentos dessas escolhas não tinha noção disso. Usei os maus exemplos, como figura condicional, as que eu não deveria seguir.

Alegria, muita coisa vem a memória, algumas lembranças tristes, muito produtiva a experiência!

A autoanálise desempenha um papel fundamental na formação do conhecimento em psicanálise. Ao se autoanalisar, o psicanalista em formação vivencia em si mesmo os processos psíquicos que busca compreender nos seus pacientes. Essa experiência pessoal e subjetiva permite uma compreensão mais profunda e empática dos fenômenos psíquicos, enriquecendo significativamente a sua prática clínica.

Escrever é uma das melhores praticas terapêuticas, tanto para liberar as emoções reprimidas quanto para analisá-las depois.

Tenho manuscritos de várias fases de minha vida, ja li e reli varias vezes e agora com mais bagagem acadêmica, consigo perceber muitas informações referentes ao meu estado interno de cada fase e os reflexos dos comportamentos atuais. Poder fazer uma análise e uma releitura da minha infância,, dos meu pais e até dos meus sonhos, me fez sentir mais gratidão pelo passado e amorosidade e orgulho de quem me tornei.

Experiência reveladora!!! Espero que todos os colegas de curso realizem!!

a auto analise nos ajuda a refletir sobre a nossa trajetória, avaliando o passado, repensando o presente durante a caminhada e planejando o futuro.

Foi uma infância muito rígida,  tudo proibido por ser pecado, quando não agia como minha vó queria ela dizia que estava com demônio,  me agredia e jogava água benta com terço em mim....apanhei várias vezes no rosto...sinto uma tristeza enorme ao pensar como fui torturada em nome da religião  e do que as pessoas iriam pensar....

Na verade uma mistura expressiva de sentimentos, otimas recordaçoes e muita saudade. Tive uma familia muito presente, pais e irmaos a casa dos avos sempre uma grande alegria, tive alguns momentos dificeis por motivos de saude, nao houve luxo na parte financeira mais que foi suprimo por amor e carinho. Muita coisa hoje vejo que sao reflexos da minha infancia, fui ensinado nos caminhos do senhor Jesus isso me poupou de muitas coisas deste mundo.

É muito bom ser analisado e principalmente quando tem noção da teoria. Eu particularmente gostei muito da experiência e percebi que tenho muito a trilhar ainda em busca de conhecimento e autoconhecimento.

Nunca conheci meu pai biológico. Desde pequeno, essa ausência foi preenchida por uma figura que, para mim, sempre foi muito mais do que um pai de criação. Acredito que a consideração não se mede pela genética, mas pelas experiências compartilhadas e pelo carinho demonstrado. Cresci em uma infância humilde, mas feliz, cercado pela natureza, que moldou minha percepção de mundo. Lembro-me das tardes ensolaradas, quando meu pai de criação e eu passávamos horas no quintal. Ele me ensinava a cuidar das plantas, a observar os pássaros que vinham beber água na pequena cacimba . Essas lições não eram apenas sobre manutenção e aprendizado; eram sobre a paciência e sobrevivência, o respeito e a beleza da vida que brota mesmo nas condições mais adversas. Ele nunca fez questão de destacar que não éramos ligados por laços de sangue; para ele, eu sempre fui seu filho.

A nossa casa, modesta, era cercada por vastos campos de cana. A natureza era nossa companheira, e os animais, eram nossas forças de trabalho. Cada estação trazia suas peculiaridades:  cada uma dessas fases me ensinou sobre ciclos e renovação, sobre a importância de valorizar o que temos e a simplicidade da vida. Minhas lembranças da infância são repletas de risos e brincadeiras ao ar livre. Juntamente com meu pai de criação, meus irmãos e minha mãe, superamos trilhas na mata branca, observávamos o pôr do sol e fazíamos piqueniques à sombra de uma grande jaqueira que se tornou nosso lugar especial. Ele contava histórias e ensinava a sonhar grande, mesmo com poucos recursos. Para ele, a riqueza estava nas experiências de vida.

Nos dias de chuva, quando não podíamos sair, a criatividade tomava conta de nossa casa. Construímos castelos de cartas, jogávamos jogos de tabuleiro e até mesmo nos aventuramos na cozinha. Ele sempre dizia que cozinhar era uma forma de amor, e assim aprendi a fazer pratos simples que se tornavam festins quando compartilhados. O cheiro do pão assando ou do bolo de fubá invadia a casa, unindo-nos em torno de uma mesa que era, para nós, um símbolo de união e felicidade. A vida no campo me ensinou a respeitar a natureza. Meu pai de criação falava sobre a importância de cuidar do que nos rodeia, sobre como tudo está interligado. Ele me ensinou que, assim como as plantas precisam de água e sol, as relações humanas também precisam de atenção e carinho para florescer. Aprendi a valorizar o pouco que tínhamos, a encontrar alegria nas pequenas coisas, e isso moldou minha visão de mundo.

Hoje, olhando para trás, percebo que minha infância foi rica em amor e ensinamentos. Não sinto falta de um pai biológico, pois o homem que me criou fez questão de me mostrar que laços familiares vão além da biologia. Acredito que, na essência, a verdadeira paternidade se constrói com dedicação e amor, e meu pai de criação foi o melhor exemplo disso. Em cada passo que dou, carrego suas lições e a gratidão por ter tido uma infância tão cheia de significado, embasada no amor e na simplicidade da vida no campo.

É uma experiência muito boa, conseguimos ver de outra forma os acontecimentos, e me fez perceber que é bom pensar um pouco antes de falar algo ou tomar uma decisão, pois tudo um dia se torna uma lembrança, sem falar que tem impactos as ações e palavras.

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