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Desafio - Módulo V

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Minha infância foi muito boa até certo período, sempre fui uma criança muito inteligente e andava muito mais com os adultos do que com outras crianças, acho que por isso me tornei uma pessoa responsável muito mais cedo do que outras da minha idade.Vivi em uma casa com fartura moderada, mas ainda assim nunca me faltou nada, hoje minha relação com dinheiro é segura e realista e quando abro um pouquinho a mão dessa segurança me sinto culpada por na infância sempre precisar esperar muito e assim também me a par do dinheiro e de suas responsabilidades desde muito pequena; isso me atrapalha e ao mesmo tempo me ajuda hoje em dia sendo adulta. Cresci em um lar agitado, cheio de pessoas a todo momento, hoje, priorizo a paz e menos pessoas possíveis. Meu antigo lar era cheio de discussões, desde os 5 anos vivenciando brigas por muito tempo e minha mãe tendo quadros frequentes de depressão fazendo-me amadurecer antes mesmo do meu irmão mais velho, eu sentia que precisava ser forte e estar bem já que ela não estava e inúmeras vezes os episódios dela me faziam deixar de lado tudo o que acontecia dentro de mim. Meu pai não era presente e quando estávamos juntos me deixava pra baixo queria que eu fosse de um jeito que eu não era, então uma época me isolei e tive perda total de autoestima mas ainda assim me levantei e decidi que precisava ter opinião forte pra sobreviver a tudo. Fui dando mais lugar para o que eu sentia ao invés das outras pessoas. Muitas vezes me cobro demais e isso devido a maturidade precoce, graças a cabeça confusa dos meus pais precisei me afastar de certa forma; mas prefiro minha vida mil vezes hoje tenho boas lembranças da infância sim mas não ao ponto de querer voltar, hoje procuro me curar e melhorar a cada dia para que um dia meus filhos não precisem de terapia (risos).

Estou nesse processo de autoconhecimento há um tempo já, mas sempre que paro para fazer uma autoanálise me deparo com coisas que vão me fazendo repensar,  e entender o porque de tantas coisas em relação aos meus sentimentos que resultaram em ações e por fim nas consequências. São uma mistura na verdade de sentimentos ao mergulhar na minha infância, a medida que mergulho vejo nitidamente abandono, negligência, irresponsabilidades da parte dos meus pais, mas isso se deu pela cultura deles, pela falta de instrução, pela imaturidade deles, enfim, como eu fui a primeira dos três  filhos que meus pais tiveram,  torna-se mais complicado, pois eu peguei a parte do início, as pessoas antigamente não olhava para certas atitudes com um olhar crítico,  não via maldade em certas ações, onde nasci no Pernambuco, em um sítio simples, imaginem quantas problemáticas em vários setores ali da vida daquelas pessoas,época que o estudo, as informações não chegava pra essas pessoas,  hoje mudou bastante graças à Deus, e eu entendo hoje que fui abusada na minha infância, e de forma explicita, mas infelizmente as pessoas não se atentavam, como um tio não tão próximo de sangue, mas era tio, ele ia na casa do meu vô onde morei com meus pais, era  um velho senhor e eu tinha uns 3 ou 4 anos mais ou menos,  ele ia lá e sempre pedia para que eu sentasse no seu colo, eu não queria, não gostavadele, nem do cheiro dele,  mas todos me pressionava para sentar alegando que ele gostava de mim, e seria desfeita não sentar, ele me punha bem no meio do colo e me pressionava sobre suas partes íntimas, ao lembrar disso me veio muitas sensações de repulsa, medo, angústia no momento da lembrança. Mas tive doces lembranças também que me fizeram fortalecer a minha fé em Cristo,  entendo que o nosso propósito tem a vercom nossa história, não passamos por certas situações e circunstâncias por nada, mas Deus tem um propósito para todas as coisas,  e hoje beirando a poucas semanas de completar meus 40 anos,  vejo o cuidado de Deus em todos os detalhes até aqui, tudo que passei me levou a querer estudar sobre pessoas porque queria entender o porque de muitas coisas ao meu respeito, e descobri, ressignifiquei muitas e esse é um processo contínuo que não para, hoje também ajudo pessoas através das minhas experiências e do conhecimento técnico que fui buscar para servir as pessoas,  ajudá-las nesse processo,  pois a vida oode sim e devemos vivê-la de forma prazerosa e com amor.

É fascinante você lembrar de tantas lembranças maravilhosas, dos brinquedos, desenhos, o herói que você tanto amava, o que eu queria ser quando crescer, a imagem do meu pai chegando do trabalho, gente é muito bo..

Ao fazer autoanálise vi o quanto tive uma infantil feliz, apesar de algumas dificuldades que passamos pois era tudo muito restrito por causa do financeiro, nunca poderei dizer que foi ruim, meu pai trabalhava 12 horas diárias, mas em minhas lembranças ele era muito presente, minha mãe apesar de ficar órfão de pai e mãe aos 9 anos, sem poder estudar, sempre lutou para que os filhos estudassem e tivessem uma vida digna, e o esforço deles fizeram com que eu e meus irmãos pudéssemos fazer as melhores escolhas. Por isso a importância do tempo de qualidade, pois muita das coisas mal resolvidas hoje, tiveram surgimento na infância e se não forem censertadas a tempo podem causar muitos estragos na vida adulta, precisamos ter muito atenção no modo como agimos e fazemos no presente, isto trará um enorme reflexo no futuro e se cuidado como deve não fará com que nos arrependemos do passado. As lembranças virão como forma de gratidão.

Eu não fiz qualquer relação com a mi há vida.

Fiz minha auto-análise e a princípio, me veio um misto de sentimentos, predominantemente a tristeza. Após a releitura, a tristeza foi dando lugar a uma pontinha de saudades e paz.

Nos levar no tempo é fazer recordar situações vividas, que está guardada é fazer sentir emoções, é viajar no tempo onde você escolhe a estação.

No

Fazer autoanálise é algo que mudou profundamente a maneira como enxergo a mim mesmo e ao mundo ao meu redor. Quando me permito olhar para dentro, explorar minhas emoções, pensamentos e comportamentos, consigo identificar padrões que, muitas vezes, passam despercebidos no dia a dia. Isso me ajuda a compreender melhor o que motiva minhas ações, minhas inseguranças e até mesmo meus sonhos.

A autoanálise me deu a oportunidade de perceber o que realmente importa para mim. Ao questionar minhas escolhas e valores, consigo alinhar minha vida às minhas prioridades, ao invés de simplesmente seguir expectativas externas. Também me ajuda a entender minhas falhas de uma forma mais compassiva, sem me culpar excessivamente, mas buscando aprender com elas.

Além disso, percebi como minhas escolhas  impactam em meus relacionamentos. Quando entendi melhor minhas emoções, consegui expressá-las de forma mais clara e saudável. Fiquei mais aberto ao diálogo e menos propenso a reagir impulsivamente. Isso fortaleceu minha conexão com as pessoas ao meu redor e cria espaço para relacionamentos mais genuínos.

Por fim, a autoanálise é, para mim, foi um exercício de crescimento contínuo. Não é sobre alcançar um estado ideal de perfeição, mas sobre estar em constante evolução, aprendendo e me ajustando conforme novas situações surgem. Ela me ajudou a encontrar equilíbrio e a construir uma vida mais autêntica e significativa.

Autoanálise deveria ser matéria obrigatória nos primeiros anos escolares. O nível de conhecimento sobre nós (autoconhecimento) alcançado através do ato de autoanálise é muito enriquecedor e transformador. Nos leva a níveis superiores na escala do desenvolvimento pessoal, na "faculdade" da vida e no papel de seres humanos diante da sociedade e também aos nossos próprios olhos.

Sempre busco fazer auto análise. Já fui em atendimento com psicólogo, para tentar buscar ajuda, quando achei que realmente eu não estava dando conta de sobreviver com tanta pressão social. Tudo isso devido a uma infância, que eu achei quer era feliz, quando na verdade eu fui privada de ter esses momentos com meus pais verdadeiros, privada de viver sem violência física e psicológica, com traumas que me transformaram numa pessoa insegura, que não consegue ter voz altiva suficiente, mas que, com tudo isso, fui me desafiando, tentando fazer da minha meia idade algo diferente. Vencer desafios e tentar deixando tudo de ruim para trás, porque eu sobrevivi. Pensar o quanto posso ser melhor e fazer o melhor, mas que não é fácil, não é. A vida deixa cicatrizes. Eu faço muito esforço para não me deixar dominar por pensamentos ruins.

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