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Desafio - Módulo V

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A auto análise é muito enriquecidora, trás libertação, autoconhecimento, Vale a pena!

Os meu sentimentos da minha infancia foi de falta pois minha infancia foi bem dificil, poi nasci em uma familia sem estrutura, com pais ausentes ficava com meus irmãos, cresci uma pessoa fria em relação aos parentes mais muito carente na relação pessoal amorosa, tenho frustações por aquilo que não alcancei na vida e vivo ainda uma relação muito complexa com minha familia, por isso mesmo estou fazendo este curso para me tratar e tratar meus proximos.

Foi um misto de tudo, muitas sensações diferentes ao mesmo tempo.

Mas foi muito boa a experiência.

Um misto de alegria por ter tido uma infância boa mas uma tristeza por mesmo tendo uma irmã ter crescido sozinha em relação a amizade

RESUMIDAMENTE FOI UM MISTO DE SAUDADE E SENSAÇÃO DA ESCASSES, DAS SITUAÇÕES DE ALIMENTAÇÃO PRECARIA E AO MESMO TEMPO FEITA COM MUITO CARINHO POR MINHA MAE E AVÔ.

Fiz a auto análise e não tive bons sentimentos. Muita dor, angústia, tristeza. Zero saudade da infância. E tenho plena consciência que tudo que vivo hoje são reflexos dos tempos de infância e convívio com meus pais.

A auto análise é um processo de muitos ganhos, mas também muito difícil, ao mesmo tempo em que acessei memórias lindas, também acessei episódios doloroso e traumáticos de uma infância e lar conturbados de forma que se reverbera até hoje em alguns comportamentos e ações. Em alguns momentos fica explícito que são questões inconscientes que ainda não tenho acesso e que busco através de análise.

Rotineiramente faço autoanálise, isso foi amplificado quando entrei na terapia, acho muito importante, pois a partir dela comecei a me entender mais e principalmente identificar os meus limites, até onde posso ir, onde fica arriscado, perigoso, a que não me devo me submeter. algumas percepções foram dolorosas, outras, foram alegres, algumas me assustaram, mas é inegável que todas tiveram sua importância no meu processo individual de entendimento de mim

Analisar psicanaliticamente uma infância traumática como essa envolve compreender as dinâmicas emocionais e inconscientes que atravessam gerações e moldam a forma como cada indivíduo lida com o sofrimento. Na perspectiva psicanalítica, é possível observar elementos como repetição, transferência intergeracional de traumas e a formação da identidade subjetiva.

1. Alienação parental e rejeição paterna

  • A alienação parental, junto com a rejeição pelo pai, pode levar a sentimentos profundos de inadequação, abandono e desamparo. Para a criança, o pai que "não a queria" pode ser internalizado como um símbolo de rejeição fundamental, impactando a autoestima e as relações futuras.
  • Além disso, a mãe que promove essa alienação, muitas vezes sem consciência clara, pode estar tentando lidar com seus próprios sentimentos de rejeição ou desamparo, transferindo-os para a relação pai-filho.

2. Relação com a mãe

  • A mãe, ao mesmo tempo que é uma figura cuidadora, aparece como alguém que inflige dor (através de punições físicas ou castigos). Essa ambivalência cria uma base emocional instável para a criança, que oscila entre amor e ressentimento em relação a ela.
  • A repetição do trauma na relação com a mãe pode ser entendida pela noção de repetição compulsiva freudiana: a mãe, inconscientemente, revive sua própria experiência traumática ao criar o filho, talvez como uma tentativa (falha) de dominar o trauma vivido na infância.

3. Trauma intergeracional

  • A avó da mãe, que também sofreu abuso, exemplifica como as feridas emocionais não resolvidas de uma geração podem se infiltrar na próxima. Esse ciclo de trauma pode ser inconsciente, mas suas consequências emocionais são profundas e persistentes.
  • A ausência de acolhimento e reparação emocional nas gerações anteriores perpetua uma cadeia de dor, onde a capacidade de oferecer cuidado e afeto pleno é comprometida.

4. Sentir-se um "peso"

  • O sentimento de ser um peso ou uma carga pode refletir uma internalização das mensagens, diretas ou indiretas, recebidas na infância. A criança, para sobreviver emocionalmente, pode assumir que o problema está nela (em vez de no cuidador), gerando culpa e vergonha que persistem na vida adulta.

5. Ressignificação e possibilidade de cura

  • O trabalho psicanalítico em casos como esse busca dar voz às experiências traumáticas reprimidas, compreender os significados inconscientes dessas relações, e permitir que a pessoa ressignifique sua história.
  • Um ponto central é a compreensão de que o trauma vivido pela mãe não justifica os comportamentos prejudiciais, mas ajuda a entender que ela também foi vítima de um ciclo maior de sofrimento. Reconhecer isso pode ser o primeiro passo para interromper essa cadeia, promovendo perdão (não necessariamente reconciliação) e libertação emocional.

6. Terapia e auto-reparação

  • A psicanálise ou outras abordagens terapêuticas (como terapia do esquema ou EMDR, focadas em traumas) podem ser fundamentais para:
    • Trabalhar o vínculo com figuras parentais.
    • Resgatar o sentido de valor próprio.
    • Desenvolver novos padrões emocionais, mais saudáveis, nas relações interpessoais.

Essa análise evidencia como a dor emocional se enraíza profundamente nas relações familiares e nas estruturas inconscientes, mas também aponta para a possibilidade de transformação, caso se inicie um processo consciente de autocompreensão e cuidado.

Foi uma experiência enriquecedora. Descobri o quanto ainda piso no chão da minha infância, o quanto traumas passados ainda permeiam na minha vida mesmo que de forma totalmente inconsciente. Os meus sonhos que eu achava totalmente descabidos e sem sentido nenhum, pude compreender o quanto havia de informação naqueles conteúdos. Eu tinha pesadelos desde a adolescência até adulta, onde acordava apavorada e até mesmo já aconteceram acidentes comigo por causa disso, por todo conteúdo desesperador durante o sonho, mas através da análise eu consegui ressignificar muita coisa e me curei desse pesadelo que já me acompanhava a anos e anos (e que literalmente me fazia muitas vezes ter medo de dormir, pois eu sabia que sonharia), na época até pensava que poderia ser algo espiritual, mas foi a análise que deu fim ao meu problema. Além disse, relembrei de coisas que nem fazia ideia que tinha vivido.

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