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Desafio - Módulo V

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Sempre é bom fazer uma auto reflexão de si mesma, porém como é difícil é ao mesmo tempo satisfatório lembrar de coisas que já aconteceram, algumas são de clara lembrança, outras ficam em um bau do esquecimento

Tenho lembranças dos momentos bons e ruins do tempo de infância e adolescência, porém, procuro superá-los e já não doem mais em mim.

 

a autoanalise nos leva ao nosso intimo mais profundo e nos torna mais conscientes de nos mesmo e de quem somos. num mix de sentimentos.

Relembrar coisas dolorosas já é difícil, escrever é ainda mais doloroso. Ao abrir novamente o papel e o ler como "alguém de fora" me fez conseguir observar os dois lados, o do escritor (eu) e dos personagens (pais) e entendi que ainda que doloroso para mim, foi ainda mais para eles.

A primeira vez que senti um desejo profundo de entender minha mente foi através dos meus sonhos.

Morei, quando criança, numa casa em um bairro suburbano do Rio. Embora tenha sido uma época feliz, foi também o período em que vi meu pai mais vulnerável. Ele estava desempregado, mas nunca deixou faltar nada. Pegava trabalhos diversos, mesmo sendo um homem extremamente intelectualizado. Lembro que, certa vez, perguntei o que ele queria ser quando crescesse. Ele respondeu, sem hesitar, que queria ser vendedor, a profissão que exercia naquele momento. Achei aquilo tão nobre. Ainda que, no fundo, eu soubesse que ele só queria me proteger.

Algum tempo depois, ele passou no concurso para o TJRJ. Mudamos de casa. A vida se tornou mais próspera. Agradecíamos sempre a Deus.

Mas, já adulta, eu continuava sonhando que voltava para aquela casa antiga. O sonho acontecia quase uma vez por mês. Sempre era de dia. Mas havia algo no ar, uma sensação de aprisionamento.

Bem mais tarde, já na análise clínica, entendi que eu criança captei o sentimento da dor dele. Aquele momento remetia ao amor, sacrifício e silêncio. Muito de mim foi moldado naquela casa.

As emoções advindas da autoanálise apresentaram sentimentos algumas vezes opostos ou contraditórios, com momentos de enorme alegria, pertencimento, aconchego e propósito, contrapondo-se a sentimentos como abandono, não pertencimento, desajuste, incapacidade e vazio existencial com busca de sentido existencial. Fácil, em determinados momentos, perceber sublimação de desejos (ou expectativas não supridas) e, em alguns pontos, compreender como a frustração de anseios gerou comportamentos não saudáveis.

Lembrar da infância é trazer momentos, alegres, tristes e emoções, que corresponde a mudança de vida em sua plenitude, histórias bem guardadas , em que cada etapa da vida trago as lembranças boas ressignificando todos os dias.

tinha dificuldades de socializar pq era muito tímida. Mais essa experiência me deixou feliz pq recordei a maneira que consegui supera -los.Atraves dessa auto análise pude ver como evolui

 

A escrita para mim sempre foi terapêutica  junto com a auto análise acaba enriquecendo mais a experiência , uma catarse e um ótimo direcionamento para a vida toda, um reconhecimento ímpar de mim mesmo.

Sim, com base na autoanálise consegui perceber padrões de comportamentos que vieram da infância, como por exemplo, uma insegurança constante nos relacionamentos que me fazia oscilar entre querer e me afastar, entendi que esse comportamento vinha do medo da rejeição, quando criança, me sentia rejeitada principalmente pelo meu pai, agora adulta tinha tendência a interpretar tudo como rejeição, e estava sempre buscando validação, foi difícil entender isso, mas também foi libertador. Me sinto feliz agora.

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