Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo V

PreviousPage 204 of 219Next

A autoanálise através da escrita possibilitou uma viagem ao centro do "eu". Gratidão foi a palavra chave e descoberta ao relembrar e trazer à tona momentos que estavam guardados no inconsciente e que vieram à tona com esse exercício.

Lembrar da minha infância , é muito  emocionante foi boa demais  quantos momentos bons eu tive .

Autoanálise sempre é um processo elucidador, porém, doloroso também. Olhar para o espelho e reconhecer fraquezas, defeitos e frustrações é desafiador, mas são os desafios que nos fazem evoluir caso a gente opte por usar isso à nosso favor, e não a fim de justificar uma impotência ou vitimismo frente às descobertas.

Eu tive uma infância difícil pai Alcoolotra brigas constantes não é fácil mas  tive que passar por cada etapa na vida quanto fazemos uma autoanálise e muito difícil ter que recordar isso trás todo o passado para o presente  queremos deixar pra lá e lembrar só momentos bons mas tenho que superar porque essas  lembranças ainda me deixa triste

Confeço que já havia feito esse exercício de autoanálise e ao refazê-lo vejo o quanto de sentimentos, emoções e memórias alegres e tristes nos são presentes no inconsciente e que ao acessá-los podemos perceber e entender o porque de sentirmos certos sentimentos em alguns momentos de nossa vida e acharmos conhecidos.

Senti uma profunda tristeza ao revisitar algumas lembranças. No entanto, também experimentei um sentimento de alegria, pois percebi que, apesar da dor que marcou minha infância, foi justamente essa dor que me impulsionou a romper ciclos e mudar minha trajetória. Sofri muitos abusos que sepultaram diversos sonhos, por acreditar que eu não era capaz de vivê-los. Mas, ao retornar a esse lugar dentro de mim, percebi que muitas situações já foram ressignificadas, e que aqueles sonhos, de alguma forma, ainda estão vivos. Encontrei-me com uma dor que já não dói, embora ainda traga certa tristeza.

O maior medo no medo foi reviver os medos. Quando comecei a escrever e reviver tive medo de tudo seria realidade, minha infância me trouxe males , padrões, medos, dores, angustia. Continuou na adolescência e só estendeu mais ainda, pois, não me conhecia, as pessoas não sabiam quem eu era, mas Deus por Jesus Cristo me mostrou um caminho melhor, mais fácil de viver. então reviver o meu passado foi para mim uma experiencia incrível, pois, não sentir mais medo de sentir medo, e nem de sentir dor, pois em parte, já me libertei.

Uma mistura de sentimentos e sensações! Minha infância não foi das melhores e com isso me foi gerado muitos traumas no decorrer da minha vida , onde por um tempo eu não me reconhecia , por não ser quem eu gostaria de ser e sim quem eu tinha que ser perante aos que me educaram. Cresci com medo de abrir a boca para pedir um copo de agua na casa de um "estranho" , ou tendo medo de falar o que sentia e levar uma coça até me ser tirado o "coro". Então fazer essa auto-analise , me trouxe um sentimento de alegria , medo , insegurança tudo junto , mas de orgulho de mim mesma , por mesmo ter passado por tudo isso ,por ter inumeros medos e traumas que me foi gerado por aqueles que eram pra me trazer segurança , e hoje  ter chegado onde cheguei . Por nunca ter desistido de mim e por ter escolhido ser diferente dos que me ensinaram que a vida era daquela forma difícil e dolorosa , não que ela não seja , mas podemos fazer o possível para deixar tudo mais leve!

Em alguns pontos da memória houve um "vazio" e senti que essas foram as partes mais sérias, pois quando houve tristeza ou alegria, é como se fossem assuntos claros e que mesmo sendo criança assimilei bem. Porém, os momentos que deixaram um sentimento de vazio, parecem ter sido fora da compreensão de uma criança, o que não colaborou para o desenvolvimento na fase adulta.

O processo analítico da minha infância se deu, e vem se dando, há bastante tempo. Antes mesmo de eu se quer pensar em ingressar na Psicanálise. Sempre tive uma relação boa e, até certo ponto, comum com meus pais, fazendo parte de uma familia dita como "tradicional" com os dois pais presentes e interagindo de maneira uniforme na construção do meu "ser" e educação. Na minha adolescência as coisas tomaram um rumo mais drástico, pois eu sempre quis entender os porquês das coisas, tanto internas quanto externas a mim. E com pais vindos do interior e tendo suas educações e conhecimentos formais mais simples ( do ponto de vista cultural e de instrução), eu nem sempre tinha as respostas que buscava e a minha frustração com esse fato nem sempre era bem recebida, não por falta de interesse, mas sim por inaptidão deles em lidar com certos assuntos e ou comportamentos. Hoje sou capaz de fazer essa análise de maneira assertiva por já vir observando isso em diversos momentos da minha vida com eles.

Tenho total ciência do impacto que minha educação (criação) teve na construção da minha personalidade, mas olho meu crescimento e infância com um olhar mais observacional e descritivo, entendendo o contexto que aconteceu e encarando meus pais como peças fundamentais e que fizeram o que acreditavam ser o melhor dentro do seu repertório de conhecimentos e experiências próprias.

PreviousPage 204 of 219Next