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Desafio - Módulo V

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Ao recordar e escrever colocando para fora as palavras, percebi o quanto deixamos para trás certos sentimentos que veem a tona para melhorar o dia apenas com o simples fato de recordar....no caso, memórias felizes.

Já fiz e me descobri as vezes com sensações de auto conhecimento sobre mim mesma situações em que agi as vezes de uma forma que poderia ter sido diferente se tivesse a maturidade emocional que tenho hj minha sensação e de vergonha as vezes das formas como agi e mais me mostra tbem que isso reflete sobre os recursos emocionais que tinha na época em questão me faz ver que hj tenho recursos emocionais bem mas sólidos e posso agir de forma diferente em determinadas situações se auto analizar sem se sabotar traz reflexão importante sobre a maturidade emocional

Eu fiz autoanalise e foi muito importante para que eu me libertasse de alguns pesos emocionais, muitas situações vividas onde eu não podia expor , hoje adulta consigo compreender alguns comportamentos.

Sou escritora publicada há mais de dez anos, e a escrita literária é uma realidade na minha vida. Por isso, a experiência da autoanálise pela escrita também já faz parte de mim — feita de lembranças, cheiros antigos e gestos guardados. Ao escrever, sinto um misto de estranhamento e familiaridade, como se a infância estivesse logo ali, me olhando do corredor.

Lido com imagens da minha mãe exausta, dos olhos do meu pai ausente, da menina que segurava firme suas bonecas achadas, como quem segura a própria dignidade. Neste exercício em especial, resgatei um desejo antigo: o de ser vista — mas não de qualquer jeito — ser vista com amor e escuta. E um medo recorrente: o de ser demais. Percebi que esse medo ainda me acompanha, embora hoje ele vista roupas mais elegantes, como a autocrítica ou a exigência constante de ser útil.

Chorei em silêncio, lembrando da primeira vez que escrevi um poema para ninguém — só pra me ouvir. Hoje, vejo que ainda escrevo pra me escutar, mas também pra me reconstruir. A escrita me revelou que não sou feita apenas do que me aconteceu, mas da forma como revisito e transformo esses vestígios.

Sim, há uma relação profunda entre a criança que fui e a mulher que sou. E a escrita é a ponte — torta, mas firme — entre essas duas.

Um filme que me marcou e me levou a um processo de autoanalise por me colocar em contradição com meu "eu" imaginariamente "normal" e "completo" foi Beleza Roubada de Bernardo Bertolucci. No filme a jovem Lucy viaja para a Itália para passar as férias com amigos da sua mãe que morreu recentemente e tentar descobrir alguma pista sobre a identidade do seu pai. Nessas férias Lucy perde a virgindade com um amigo por quem era apaixonada e trocava cartas. O que me chamou a atenção foi a maneira como se inicia a vida sexual de Lucy, de modo apaixonado, natural, sincero e verdadeiro. Para mim sexo sempre foi um tabu. Fui educada em colégio de freira, em colégio diocesano e sexo só era permitido depois do casamento. Sempre vivi minha sexualidade com um misto de culpa e medo. Na verdade sempre procurei mais me esquivar de contatos sexuais e procurei sublimar minha libido. Ocorre que adoeci gravemente, tornei-me esquizofrênica e, embora sejam muitos os fatores para o meu adoecimento, eu desconfio que a repressão sexual é algo que tem uma forte influência.

A reflexão profunda sobre a vida desde a infância desperta emoções intensas, revela feridas, padrões e potenciais esquecidos.

Eu particularmente me pego fazendo muito isso, porem nunca transformei em textos, são apenas reflexões que tenho sobre minha própria trajetória, normalmente motivada por algum ato ou situação que vivo e me faz repensar... Normalmente tenho algumas reflexões desse tipo observando o meu filho (ele tem 3 anos nesse momento), comparando algumas formas de pensar dele e a forma como ele enxerga as coisas com a minha atualmente e muitas vezes percebendo que muito da forma com que a gente percebe, interpreta as situações e consequentemente reage, dependem de como estamos no momento (mental e emocionalmente falando)... Pois em muitas vezes a gente acaba reproduzindo atitudes de forma inconsciente em que nós mesmos não aprovamos, mas muitas vezes fazemos por reflexo ou gatilho de situações vividas anteriormente na nossa vida, também me pego as vezes pensando do por quê de reagir de tal forma se no fundo não estou me sentindo de uma maneira em que justificasse aquela determinada ação... e percebo que aquela determinada ação seria o considerado "padrão" ou "normal"  pela sociedade... mesmo que muitas vezes, fazendo uma analise mais profunda, essa ação possa ser ilógica ou até absurda. (o que torna assustador  o fato disso ser considerado normal)
Ex: gritar com uma criança que fez birra, pois quando era VOCÊ que fazia, era assim que sua mãe ou pai reagia. (mesmo que você saiba a atitude correta a se tomar naquele momento, as vezes você acaba cedendo ao "padrão").

Sou filho único, e cresci com uma estrutura em que ambos os meus responsáveis trabalhavam, e eu passava a maior parte do tempo em que estava em casa, solitário, apenas com a "babá" que na verdade era uma pessoa contratada pra manter a casa em ordem e cuidar de mim era meio que a 2° função, nunca tive relações ruins porém não era de me abrir com as mesmas por quê ao longo dos anos foram várias... Estava sempre com uma babá diferente então nunca fui de criar esse vínculo, pois sabia que seria uma relação temporária. O que me levou desde cedo a estar sempre conversando comigo mesmo pra tentar me entender, apesar não saber o que estava fazendo por ser só uma criança... É um exercício que pratico desde sempre (inclusive só estou percebendo isso enquanto escrevo, então creio que o objetivo da atividade tenha sido alcançado com êxito).
Me sinto muito bem, e muito grato quando passo por esses momentos de auto análise, e pretendo fazê-las com acompanhamento profissional assim que possível ! Enquanto não é, sigo pondo em pratica comigo mesmo todo o conteúdo que aprendo... AFINAL originalmente foi pra isso que a Psicanalise foi criada, não é !?
"FERRAMENTA DE AUTO-CONHECIMENTO".

Então não tive muitas experiências boas na minha infância, mais também não tenho mais traumas pois foram tratados, mais achei muito necessário cada leitura pois nos traz meditações e lembranças automaticamente os textos nos coloca para pensar como estamos indo, como foi e como podemos ser melhor cada dia.

uma explosão de sentimentos e entendimentos cada dia mais procurar saber a mente humana e o que se passa nela me faz cada dia mais ter a certeza que estou no lugar certo.

Ao longo da escrita me entristeceu bastante ,foram momentos tristes ,difíceis ,dificuldades ao extremo ,nunca tinha feito tal façanha no caso autoanalise , me enriqueceu em quanto valores , o que me tornei ,as coisas que aprendi as dificuldades superadas .Alguns episódios de hoje ,consegui refletir que há ligações com a minha vida na infância ,  aprender a lidar com o passado é uma forma de resignificar o presente .

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