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Desafio - Módulo V

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Interessante a livre associação, os momentos importantes começam a vir em nossa mente, pata que possamos reviver os sentimentos e as emoções mais profundas. Infelizmente sensação de abandono e dor na alma, mas importante para o confrontamento e a regulação emocional, chorei por diversas vezes, anotei na cata, mas ao final, veio uma paz, uma sensação de alívio. Talvez, o parar, pensar e olhar para o passado, dar atenção ao que ficou para tras, uma boa forma de resolver os conflitos internos. Hoje, gratidão a Deus, estou aqui. Vi, vivi e venci.

Como cristãos, devemos todos os dias fazer a autoanálise. Pois devemos ser pequenos Cristos, no dia a dia. Para analisarmos nossos corações, nossas intenções e nossas emoções.

Constantemente, notamos coisas desagradáveis em em nosso interior, então precisamos limpar nossas mentes e alma.

Faço autoanálise com bastante frequência e sinto que grande parte do que sou dependente da forma como as pessoas que amo me veem. É como se minha autoestima estivesse sempre nas mãos delas e eu precisasse de aprovação constante para me sentir bem e suficiente. Mas tenho consciência disso e pretendo me livrar dessa dependência, mas ainda não sei como, pois convivo sempre com essas pessoas e essa situação está me deixando muito mal.

Revistar a infãncia pra mim é sempre bom , tive momentos muito felizes , acredito pelo fato dos  meus pais no blindarm de coflitos que eram de adultos. Consigo ver em minha adulta alguns comportamentos adquiridos nesse período e que explica muitas coisas. O que mais me impressiona é que das experiência vividas consigo extrair o que há de melhor, conseguindo também o que considero como limitadores acolher a criança que ainda existe em mim

É preciso estar aberto e sincero para escrever uma biografia e experimentar as emoções, escrever diarios é algo que pratico na terapia, me faz entender minhas escolhas, respeitar as escolhas as pessoas que encontro no caminho, me traz respostas, e mostra feridas ainda abertas, que inconscientemente evito, mas me ajuda a identificar gatilhos de ansiedade e procurar cura. A autoanalise é um instrumento terapeutico rico, mas seu poder terapeutico com um especialista é ainda mais significativo.

Fazendo um resgate geral e tentando interpretar ou traduzir em sentimentos, comento que sempre senti acolhimento por parte de pais e avós. Num dado momento, devido a vinda (nascimento) de irmãos a dinâmica da família mudou drasticamente e isso me causara algum impacto / susto. A escola sempre foi um lugar emocionalmente neutro para mim... embora muitas vezes eu dava uns "pits" de não querer mais estudar e minha mãe ficava louca da vida com minhas atitudes claramente e reconhecidamente estúpidas. O bairro que eu cresci não era 100% seguro e acolhedor, mas estava longe de ser violento e insalubre ou algo do tipo... Daquilo que eu me recordo que acontecera nesta minha fase / período de desenvolvimento pessoal (de bom e de ruim) hoje eu tento ter o olhar do entendimento... sem julgamentos ou algo do tipo... Entendo que preciso fazer esse exercício mais vezes, para abrir mais cada caixinha da memória e ir mais a dentro de cada caixinha, além de analisar as relações entre as caixinhas.

A autoanálise é a capacidade de olhar para dentro de si com sinceridade, reconhecendo pensamentos, emoções e comportamentos. Trata-se de um exercício de autoconhecimento que nos ajuda a compreender não apenas quem somos, mas também os caminhos que percorremos e aqueles que ainda desejamos seguir. Praticar a autoanálise é, acima de tudo, um ato de coragem. É olhar para dentro com honestidade, aceitar nossas fragilidades e valorizar nossas conquistas. Quanto mais conscientes estamos de nós mesmos, mais livres ficamos para agir de maneira alinhada com nossos valores e objetivos.

No começo pareceu estranho, como se eu estivesse escondendo algo de mim mesmo. Porém, no decorrer do exercício a escrita foi ficando cada vez mais livre. Notei que na minha infância havia em mim padrão de vulnerabilidade e uma série de situações de exposição da minha infância. Junto com meu psicólogo, cogitamos a existência de um transtorno neurológico que retroalimentou situações de trauma.

Minha experiência com a autoanálise me fez sentir um misto de sensações. Deu saudades da minha mãe, que faleceu quando eu tinha quatro anos e meio, senti tristeza por lembrar de outros acontecimentos desagradáveis que vivi na infância, como o Bullying sofrido na época de escola, o complexo com meu cabelo, e outras coisas. Por outro lado, senti alívio por ter crescido e realizado muitos sonhos da minha infância.

Com uma infância marcada pela miséria e por uma figura paterna preocupada apenas em atender a seus impulsos e desejos, cresci me sentindo traído pela pessoa que eu tinha a certeza que me guiaria à grandes conquistas, mas não fez. E sem entender o que seria a vida, apanhando muito para vencer e ao mesmo tempo manter meus valores cristãos, valores que minha mãe implantou em mim. Hoje sou um pai muito zeloso, e vejo o quanto evolui como pessoa e profissional.

Em meus sonhos sempre me vejo sozinho, e sei que é meu inconsciente dizendo que isso foi minha trajetória, mas tudo isso me fez melhor, não mais rico, mas melhor como ser humano.

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