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Desafio - Módulo V

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Minha  infância foi  maravilhosa.

Um misto de emoções, em alguns momentos, a felicidade por lembrar de pessoas que não estão presentes, em outros momentos ruins que infelizmente não gostaria de lembrar, como abusos psicológicos e até mesmo sexuais que vivenciei por parte de alguns "parentes distantes" e que venho suprimindo há anos e deixando de lado essas lembranças tão dolorosas. Mas em grande parte foi uma experiência legal, pois até mesmo de brinquedos, lençóis que eram colocados em minha cama e gostos e perfumes eu consegui trazer de volta com muito saudosismo.

Para ter coragem de fazer algo que mexa com seu eu é preciso coragem, é uma experiência que dá medo mais muito prazerosa, saudosa e emocionante. Ao finalizar fica um grau de reflexão bem feita, um passo para nomear cada ponto dentro de você, do meu eu.

Eu já havia feito essa experiência em outras ocasiões. Desde a adolescência escrevo sobre mim como exercício de auto conhecimento, releio depois e quase sempre altero alguma coisa na escrita, discordo de mim  mesma, me aperfeiçoo. Verifico assim a evolução no meu pensamento e na minha maneira de ver as coisas.

A experiencia de auto-análise é satisfatória e interessante, reencontramos nossa criança interior, cheia de sonhos e ilusões, em busca de consolo e acolhimento. Através da Auto-análise primeiro reconhecemos ou tornamos consciente nossos emoções e sombras e segundo fazemos ajustes necessários para melhorar nossa qualidade de vida nos tornando mais leves, compreensivos e tolerantes.

Em minha autoanálise percebo muito amor de meus pais por mim. Me recordo de uma infâcia saudável, com amparo e atenção de meus pais. Minha mãe era mais fria, mas era uma mãe muito presente e me amava. Hoje entendo porque ela era mais fria. Foi adotada e seus pais biológicos após dá-la para adoção tiveram mais filhos e ela não aceitava a história dela. Quando casou-se fez sua família, teve 7 filhos e estes foram literalmente sua família, porque não conheceu seus irmãos e demais familiares. Sempre teve o sonho de ter uma casa cheia e de fato teve. Me recordo de um trauma de infância, meus pais tinham o hábito de arrancar meus dentes de leite com o dedo de uma vez só, e isto me fazia esconder que estava com dente amolecido e quando escondia ficava tensa, nervosa e quando eles descobriam corriam atrás de mim até me pegar e arrancavam. Eu acabei ficando com ansiedade desde novinha e até hoje sou ansiosa, mas hoje, após análise compreendi o motivo e recebi tanto amor que não houve espaço para mágoa, eu não via isto como algo prejudicial, embora tenha me causado ansiedade, eu ficava confusa, muitas vezes aborrecida ou via como algo necessário. Já fiz análise antes e a autoanálise da lição me trouxe a mesma recordação já vivenciada em análise em outro momento.

Eu cresci no campo com a minha avó, e distante dos meus Pais. e ao me remeter as lembranças elas são em parte triste e em parte saudosa, porque intercalaram-se momentos de alegria e emoção. então recordo com grande nostalgia certos momentos que vivi. Saudosos porque parte dessas pessoas como a minha avó e meu irmão companheiro já partiram para eternidade. alegres porque o grande companheirismo, conselhos etc. e os momentos  vividos gostaria de repeti-los. os contos e os sonhos as advertências as fantasias, algumas dessas coisas ainda as vivo hoje embora que alguns dos sonhos foram transformados em realidade mas existem coisas que ainda se ensombram nos medos daquilo que fomos educados no campo como certos mitos.

As lembranças da infância não são muito agradáveis, diria nefastas. Conforme fui crescendo, foi ficando um pouco pior. Quando me tornei adulta, muitos dos estigmas estavam latentes. Após ser mãe, consegui me libertar de muitos deles, pois, fiz o contrário do que vivi.

Foi uma experiência muito alegre,  pois quando eu era criança meu avó  me levava para a roça onde plantava melancia e eu gostava muito e também lembrei de um cachorro que sempre nos acompanhava,  vivi muitas aventuras que me trouxe saudade , não me lembro de nenhuma situação traumática , minha família sempre foi estruturada.

triste, no minimo.

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