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Desafio - Módulo V

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Esse não é o primeiro curso que faço de psicanálise. Me conhecer é sem dúvida o grande foco! Percebi, me analisando quando criança, que a essência permanece por toda vida, mas que o que passamos no decorrer da nossa existência nos modela e as vezes até nos deforma. Buscar ser ou voltar a ser quem realmente somos é a grande meta, evoluindo sempre!

Tive uma sensação de nostalgia e “aperto no peito” em certo aspecto, surpreso.

Acredito que poderei crescer, emocionalmente e em comportamento, à medida que me conheço mais.

Sim. É um momento em que nos encontramos com nosso silêncio, nossa voz interna, num mergulho acerca daquilo que nos inquieta, nos falta, nos completa, nos faz repensar sobre a vida constituída, e o mar a ser ainda navegado. É a vida num divã pessoal, na janela que dá para a minha solidão, solitude

A autoanálise foi extremamente importante na minha vida, ainda mais eu que passava por crises extremas de ansiedade. Eu passei a lembrar de coisas inacreditáveis que haviam sido reprimidas no meu inconsciente. E fazer auanálise é uma das coisas mais importantes em que todos devem fazer.

Tive uma sensação de desconforto, o meu pai foi muito ausente e quando estava presente era para causar confusão e agressão e teve várias agressões fisícas e isso me trouxe muito sofrimento. Minha mãe era muito dedicada, apesar de toda dificuldade que tivemos. Hoje ainda tenho problemas devido a essas agressões, embora hoje ele ser outra pessoa e perdoei. Praticamente não tive infância, me preocupava obrigações de adulto, também tínhamos dificuldade financeira.

Lembro que eu gostava muito de brincar de boneca, brinquei até 15 anos.

Nos primeiros momento senti um vazio emocional, como se alguma força psíquica impedisse uma lembrança mais apurada.

superado esse primeiro momento, intercalou-se memórias boas e não tão boas, notamente sobre os conflitos entre meu pai e minha mãe, alguns beirando o conflito físico,

A separação dos dois e a divisão dos filhos entre parentes durante muitos anos também apareceu sob uma névoa de tristeza.

o balanço, porém foi positivo, como se esses elementos formasse quem eu sou de maneira indelével.

Minha sensação é de abandono por quem deveria cuidar e dar amor a uma criança tão pequena que só pedia atenção , tentava ser boazinha para ter amor.

O ser humano é uma teia de interações porque desde o período da sua gestação, ao nascer e no decorrer de seu desenvolvimento enquanto sujeito, sofre e faz interferências no meio onde vive e com as pessoas e objetos com os quais se relaciona. Isso é algo inevitável em nosso processo de formação.

Por isso, ao refletir neste processo de como nos constituímos pude observar que muitas falas e algumas repetições de comportamento se construíram e foram reproduzidos inconscientemente, e me fizeram perceber que alguns deles me condicionaram a repetição de crenças e a pensamentos escravizadores que, de certo modo, me levaram a um certo grau de procrastinação. Ao compreender isso, através da autoanálise, num primeiro momento o sentimento foi de frustração, mas com os conhecimentos e recursos adquiridos com a Psicanálise percebi que é possível não só entender a origem de certas repetições, mas também compreendi que é possível rememorar e sublimar tais "fantasmas" a ponto dos mesmos não terem mais efeitos e controles devastadores das minhas emoções, trazendo de certo modo mais saúde e bem-estar emocional.

Quando comecei a fazer o curso ,comecei também a faz auto analise ,me surpreendi pois descobrir que estava transferindo para o meu esposo algo que sentia por meu pai ,uma resistência ao seus comportamentos ,entendi que o sentimento que ele me despertava estava ligado ao que vivi com o meu pai. foi um mix de sentimentos ,como tristeza alegria e alivio .

Eu fui muito reprimida pelos meus pais durante a infância e adolescência. Meus pais nao permitiam que eu tivesse uma vida sociável com as amigas, eu não podia frequentar passeios escolares, ir na casa de colegas. Isso na época me trazia muito sofrimento, pois eu queria ser como as outras crianças da minha idade. Além disso, as crianças me desprezavam pelo fato de eu não ter uma convivência com elas.  Foi bem difícil! Após a adolescência tudo foi melhorando, eu me graduei na faculdade e me tornei uma pessoa sociável.

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